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terça-feira, 28 de junho de 2011

Corrida Goyesca...

Publicado a 28 de Junho de 2011
O clarim tocou e, por momentos, parecia que se tinha viajado no tempo e no espaço… Cinco horas da tarde, praça cheia… Pela porta das quadrilhas, da Monumental “Ilha Terceira”, saíram os dois “Aguacilles” que comandaram o tradicional “Paseillo” daquela que foi a primeira Corrida Goyesca realizada em território português. No cartel os nomes de Uceda Leal, Julian Lopez “El Juli” e Leandro. Curro da ganadaria de Rego Botelho.

O nº43 (490Kg) coube em sorte a Uceda Leal. O toiro revelou-se, desde cedo, brusco na investida. Com o desenrolar da lide foi-se parando e descaindo para as tábuas. O Matador levou o oponente até ao centro da arena com duas séries de Verónicas bem desenhadas.
Antes do tércio de Muleta, referência para o bom par cravado pelo bandarilheiro João Pedro Silva. Com a flanela vermelha, o madrileno traçou duas séries de Derechazos, bem ligados, aos quais se seguiu uma tentativa de ajudados pela esquerda. Apesar do decréscimo nas condições do novilho, a lide resultou sem risco, ficando a noção que poderia ter sido feito um pouco mais. O segundo do seu lote (RB nº 52, 480Kg) teve comportamento similar ao seu irmão de camada. Apesar de alguns momentos positivos quando trazido pelo lado direito, derrotava bruscamente pela esquerda indo a menos. Com o Capote viram-se Paróns templados seguidos de série de Verónicas. Uma vez mais, destaque para João Pedro Silva nas bandarilhas. Grande forma e grande noção dos tempos de lide tem este terceirense. Nesta segunda lide, Leal arrimou-se e mostrou um pouco da sua arte. Após boa série pela direita, seguiram-se Naturais profundos com a mão baixa a conduzir a violência do oponente. Lide esforçada e de entrega a deixar boa nota.

Na retina de todos ainda pairava o triunfo redondo alcançado por El Juli na Feira e S. João de 2009. Grande era a expectativa quanto à sua prestação. Primeiro por Verónicas plenas de temple e depois, no centro da arena, por Chicuelinas rematadas com vistosa Larga, o Matador recebeu o RB nº47 (450Kg). O toiro entregou-se à lide e mostrou fome pelo engano, no entanto a visível falta de força limitou bastante a sua entrega. Nas bandarilhas, destaque para os pares cravados por Álvaro Rodrigues. De Muleta, Juli armou taco e arrancou os primeiros “Olés!” com uma poderosa série pela direita. Pelo lado esquerdo esteve igualmente a gosto. Nota grande para a primeira série de Naturais rematados com Passe de Peito e Trincherazo. Durante a lide foi ajudando o oponente a vencer as suas limitações de força. Encerrou, já com a assistência rendida, por Circulares invertidos, trocando de mão pelas costas e rematando com poderoso Passe de Peito. O segundo do seu lote (RB nº 55, 475Kg) revelou-se pobre em nobreza e em condições de lide. Após um tércio de bandarilhas paupérrimo, o Matador procurou sacar alguma coisa com a Muleta. Nem mesmo pela esquerda, aquele que parecia ser o melhor lado, foi possível vislumbrar ligação na investida. Por vezes, nem mesmo os dotados conseguem tirar água de um poço vazio. Restou simular a Sorte Suprema.

Leandro surgia em praça, talvez, como o menos conhecido dos integrantes do cartel. Cedo começou a deixar boa conta de si através da boa série de Verónicas, templadas, com que recebeu o RB nº 53 (480Kg). O novilho foi cumprindo o que lhe era pedido e foi bandarilhado. Destaque para Jorge Silva, que no dia em que celebrava 10 anos de alternativa de bandarilheiro profissional, enfeitou o hastado com um grande par de bandarilhas. O seguidor de Montes desenvolveu uma boa lide, com entrega a sacar tudo o que havia no oponente, lidando ao longo de todo o perímetro do redondel. Esteve profundo a citar pelo lado direito e melhor a provar o novilho pela esquerda, desenhando cingidas séries de Naturais. O segundo do seu lote (RB nº33, 450Kg) cedo se mostrou distraído e andarilho, saindo das sortes. O Matador ligou-se e fez com que se fossem verificando melhorias de comportamento ao longo da lide. Novamente com o Capote, assistiu-se ao temple das Verónicas de Leandro. Após séries de muletazos por ambos os lados, com contínua saída das sortes por parte do oponente, concordou em trazê-lo para junto das tábuas. Em terrenos de dentro e na jurisdição do novilho, sacou duas séries de Derechazos, com muita plasticidade, às quais se seguiram outras duas pela esquerda, igualmente de fino recorte. Espremeu tudo o que havia na rês da divisa azul e branca. A lide resultou em crescendo, com o de Valladolid a arriscar, não se livrando de uma colhida sem consequências no final da lide.

Dirigiu a corrida Carlos João Ávila, que esteve demasiado rigoroso quanto à atribuição de música durante as lides. É facto que, para mandar a banda tocar, os toureiros têm que fazer por o merecer, não se caindo nos facilitismos a que normalmente se assiste. No entanto, a segunda lide de Leandro e o seu labor mereciam que se tivesse feito ouvir a Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio dos Artistas.

Bruno Bettencourt

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Corrida Goyesca - Video

Publicado a 27 de Junho de 2011

domingo, 26 de junho de 2011

Corrida Goyesca - Fotos

Publicado a 26 de Junho de 2011

Corrida à portuguesa com chuva à terceirense...

Publicado a 26 de Junho de 2011
A chuva insistiu em marcar presença durante a anunciada Corrida à Portuguesa, 3º festejo da Feira de S. João 2011. Após alguma ponderação inicial, fruto da degradação do piso da arena, os intervenientes decidiram prosseguir com o espectáculo, para gáudio da assistência que completava mais de metade das bancadas.
Terminadas as cortesias, foi dado a conhecer aos presentes o novo pasodoble da Banda da Sociedade Filarmónica Rainha Santa Isabel das Doze Ribeiras “Grupo de Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense”. Uma peça que homenageia o referido grupo e que foi composta por Durval Festa.

Apesar das condicionantes ao nível da arena, assistiram-se a bons momentos de toureio equestre. Exemplo disso foi a boa lide ministrada por Vítor Ribeiro ao primeiro do seu lote. O exemplar de Ortigão Costa (OC, nº3, 520Kg) mostrou boas condições de lide, empregando-se na luta. O Cavaleiro da margem sul rubricou uma lide de qualidade tirando partido da matéria-prima que tinha pela frente. Dobrou-se com o oponente e colocou-o para deixar ferros frontais com muita verdade. Com o nº281 de Veiga Teixeira (VT, 410Kg) teve que andar mais diligente, no entanto, mostrou que estava ali para o triunfo. Não suplantou a sua primeira prestação mas ainda assim esteve uma vez mais por cima do opositor. Encerrou com um Violino que se fez ouvir em todo o perímetro do redondel.

João Moura Jr teve pela frente um lote complicado. O nº247 (455Kg) de VT mostrou-se muito reservado investindo de curto dando a sensação que era “mal visto”. O de Monforte empregou-se e através da brega foi procurando interessar o toiro. Cravagens correctas numa lide com pouca história, sem comprometer. Com o nº60 de OC (480Kg) Moura Jr andou sóbrio. O cavaleiro foi tirando as distâncias ao hastado recorrendo a sortes à meia volta. Lide possível frente a um toiro que transmitia pouco, fazendo transparecer alguma mansidão.

Dúvidas ainda houvesse, tal como nas corridas anteriores, a cavalaria terceirense mostrou que é capaz de estar ao nível do que de bom se faz a nível nacional. Rui Lopes ajudou, novamente, a confirmar a regra. Frente ao bom exemplar de OC (nº79, 425Kg), que lhe coube em primeiro lugar, lidou com muito acerto e determinação. Arrimou-se e cravou com a cadência certa, sempre em crescendo. Esteve muito bem o ginete da Ribeirinha. O nº 82 de OC (490Kg), segundo do lote, foi crescendo ao longo da lide e colaborou com o que lhe era pedido. Lopes rubricou mais uma boa lide, fazendo esquecer o lamaçal que se havia formado na arena. Correu bem esta prestação onde foi vencendo, com inteligência, as adversidades.

Os Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (GFATTT) pegaram a solo. Em alguns momentos a falta de coesão do grupo, no momento da ajuda, fez com que muitas das pegas não fossem concluídas ao primeiro intento. Álvaro Dentinho fechou-se à 3ª tentativa na cara de um forte OC que entrava pelo grupo dentro sem pedir licença. Nota para a boa intervenção de um dos companheiros, fulcral para o concretizar da pega. César Fonseca efectuou uma grande pega à primeira tentativa. Aguentou-se com determinação e fez o difícil parecer fácil. Helénio Melo, em dia de aniversário, chamou o toiro e agarrou-se bem ao segundo intento. Marco Fontes fechou-se à segunda, com boa ajuda dos seus companheiro, na tarde em que se despediu do grupo. Volta em ombros, plena de emoção, de um dos forcados que muito deram à jaqueta da Tertúlia Terceirense. Jorge Santos saltou a trincheira para pegar à segunda, com muito querer, o quinto toiro da ordem. Tomás Ortins fechou com chave de ouro a participação do GFATTT. Grande pega ao primeiro intento.

Bruno Bettencourt

Corrida à Portuguesa - Video

Publicado a 26 de Junho de 2011

sábado, 25 de junho de 2011

Prémios não entregues...

Publicado a 25 de Junho de 2011
A comissão organizadora da Feira de S. João 2011 optou por não proceder à entrega dos prémios que estiveram em disputa no Concurso de Ganadarias realizado ontem, dia 24 de Junho. Esta decisão resultou de todas as situações anómalas que pautaram o festejo do dia de S. João e que marcaram a corrida de forma pesarosa.

Bruno Bettencourt

Concurso de Ganadarias - Fotos

Publicado a 25 de Junho de 2011

Concurso com final amargo...

Publicado a 25 de Junho de 2011
O infortúnio selou uma tarde em que o triunfo estava em disputa. A corrida caminhava para o seu final e a praça, cheia até às bandeiras, aguardava de forma vibrante a cravagem do último ferro de João Moura Jr Já com o toiro colocado em sorte, o cavaleiro desmontou e o “Belmontim” caiu sobre a arena “colhido” por um ataque fulminante…

Anunciado o Concurso de Ganadarias, o público acorreu em massa à Monumental “Ilha Terceira”, como é habitual. Em discussão os prémios para Melhor Lide a Cavalo, Melhor Pega, Melhor Apresentação e Melhor Toiro.

Vitor Ribeiro abriu praça diante de um complicado toiro Palha (nº218, 490Kg). O produto da divisa azul e branca mostrou-se andarilho, desligado da lide e procurando as tábuas desde cedo. O Cavaleiro desenvolveu uma lide com mérito ligando-se ao toiro e a conduzir as bregas de forma inteligente, procurando sempre embeber o oponente na garupa da montada. Espremeu todo o sumo que havia no toiro e encerrou a sua prestação com um Violino que chegou às bancadas. O segundo do seu lote ostentava o ferro da Casa Agrícola José Albino Fernandes (JAF, nº273, 475Kg). O da divisa verde rubra mostrou-se colaborante e de investida pronta, no entanto foi perdendo qualidades com o decorrer da lide. Ribeiro conseguiu recriar-se de outra forma e lidou com mais brilho. Desempenho marcado por cravagens frontais, ao seu estilo, pisando muitas vezes terrenos de compromisso buscando o oponente.

O melhor lote da corrida coube em sorte a Tiago Pamplona. Tinha bons modos o exemplar de Rego Botelho (nº25, 450Kg), a proporcionar bom jogo e a crescer de comportamento ao longo da contenda. O Cavaleiro da Quinta do Malhinha desenvolveu uma lide de nível elevado, a cravar de frente e a medir bem as distâncias. Encerrou com 2 bons ferros de palmo que fizeram com que se ouvisse forte ovação. O Murteira Grave (nº91, 500Kg), 5º da tarde, também proporcionou boa peleja, empregando-se e a cumprir o que lhe era pedido. Apesar de não suplantar a sua primeira prestação, o Marialva esteve novamente por cima do oponente, ligando-se mais com a assistência. Mostrou entendimento e critério na escolha de terrenos, no entanto, mostrou menos precisão nas cravagens. Rubricou a sua prestação com dois Violinos bastante sonoros.

O exemplar de João Gaspar (ferro Irmãos Toste, nº 106, 545Kg), lidado por João Moura Jr, vinha bem apresentado mas parco de energia. Apesar de acolher ao cite, o toiro transmitiu pouco e foi-se defendendo, mercê da aparente falta de força. Moura Jr desenhou uma lide de muito agrado suplantando o adversário. Cravou com acerto e bregou, fiel à linha da casa de Monforte. Apesar da entrega, a lide não resultou com a emoção pretendia, virtude do fraco empenho do toiro. Para encerrar a corrida, saiu dos curros o nº 255 de Veiga Teixeira (525Kg). Bonita estampa a deste toiro que cumpriu, no entanto, com o desenrolar da luta foi-se mostrando reservado e com alguma dificuldade no membro posterior direito. A lide foi sempre em crescendo por parte do Cavaleiro. Destaque para o segundo ferro curto a consentir a investida do toiro e a cravar no momento exacto. Após a cravagem dos curtos rematou com um ferro de palmo que agarrou em definitivo todos quantos assistiam nas bancadas. Repetiu com novo palmito que, ao bater na cravagem já colocada, caiu por terra. Na emenda e, quando ia iniciar o cite, a tragédia aconteceu e a montada, o “Bemontim” desfaleceu. Muitos foram os que ocorreram em auxílio na tentativa de reanimação do cavalo, mas nenhum do esforço efectuado resultou como pretendido. Acabava assim, com sabor amargo, a corrida.

No plano da forcadagem, abriu praça José Vicente, dos Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (GFATTT), que com muito querer efectuou a pega da tarde. Pelo Aposento de Turlock (GFAT), Darren Moutain efectuou uma boa pega ao primeiro intento. César Pires dos Amadores do Ramo Grande (GFARG), com ajudas carregadas concluiu à 3ª tentativa, frente a um toiro que pediu contas aos forcados. Álvaro Dentinho (GFATTT) foi derrotado à primeira tentativa e viu-se impossibilitado de repetir, uma vez que o exemplar JAF sofreu o primeiro revés da tarde partindo a haste direita após violenta investida na trincheira. Fernando Machado Jr (GFAT) fechou-se na cara do 5º da tarde, sem dificuldade, ao primeiro intento. Mercê do sucedido com a montada de Moura Jr., o último toiro da corrida, que cabia ao GFARG, ficou por pegar. Pelo mesmo motivo, a entrega de troféus ficou adiada para a terceira corrida da feira.

Bruno Bettencourt

Concurso de Ganadarias - Video

Publicado a 25 de Junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Corrida Mista - Fotos

Publicado a 23 de Junho de 2011

Fandiño e Lopes triunfam na abertura...

Publicado a 23 de Junho de 2011
Tarde de sol a brindar a Corrida Mista que abriu a Feira de S. João 2011. A Monumental “Ilha Terceira” acolheu cerca de ¾ de espectadores que puderam assistir a um bom espectáculo.

Imposições contratuais, aeroportuárias e contingências insulares levaram a que, ao contrário da ordem natural do espectáculo, fosse Alejandro Talavante a lidar os dois primeiros novilhos da tarde. O primeiro do seu lote (Rego Botelho) entregou-se à lide mostrando recorrido pela direita, no entanto quando conduzido pelo lado esquerdo, o hastado cortava-se por dentro.
Na sua estreia em Angra do Heroísmo, Talavante recebeu por Delantales e Chicuelinas, dando assim início a uma lide agradável mas sem deslumbre. Com a Muleta provou o oponente por ambos os lados. Destaque para a última série de Derechazos que resultaram vibrantes e foram o culminar da crescente profundidade que foi sendo conseguida ao logo das séries.
Recebeu o segundo da tarde por Verónicas. Ivan Fandiño, ao quite, lanceou com um misto de Gaoneras por trás e Chicuelinas que fizeram com que o agrado das bancadas se fizesse ouvir. Com a muleta teve pouca história. Após uma primeira série de Derechazos, e quando se vislumbrava um crescimento comportamental do exemplar de Rego Botelho, este lesiona-se no membro anterior esquerdo e é recolhido. Após saída do novilho pela porta dos curros, Talavante abandonou a arena angrense sob uma mistura de assobios e palmas. A sorte (ou o azar) teima em marcar a relação entre o Matador extremenho e a aficion terceirense.

Ivan Fandiño debutou em terras atlânticas vestindo Espuma do Mar e Ouro. O exemplar de Rego Botelho que lhe coube em sorte galopava ao cite e, apesar de mostrar uma investida áspera, foi bem conduzido pelo Matador. Após bonita série de Verónicas, deu lugar aos bandarilheiros que cumpriram o segundo tércio. Destaque para o par cravado por João Pedro Silva. Já com a flanela vermelha, Fandiño baixou a mão e foi templando a brusquidão do oponente. Levou o novilho até ao centro da arena e foi desenhando pela direita. Com a muleta ao natural fez-se ouvir “La Virgen de La Macarena”. Em sintonia com o solista da Banda da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete, foi-se bordando toureio na arena numa lide profunda e de entrega a trazer aroma de triunfo.
O sexto da tarde foi recebido com vistosas Cordobinas e Chicuelinas. No tércio de bandarilhas destacou-se novamente João Pedro Silva. Reparo para a prestação negativa de Nuno Boga que prestava provas para Bandarilheiro Profissional. O exemplar da divisa Azul e Branca cumpriu apesar da pouca largura de investida. Fandiño foi lanceando de uma forma menos fluida em relação ao que tinha feito na sua primeira prestação. Com Manoletinas, fechou uma lide de labor onde tentou espremer todo o sumo do oponente. Merecida a ovação e ambas as voltas à arena com que foi agraciado.

Tiago Pamplona lidou um bom exemplar da Casa Agrícola José Albino Fernandes. O toiro por vezes parava-se ao longo da lide mas, sempre que solicitado pelo Cavaleiro, mostrava bravura na investida. O Marialva desenvolveu uma lide acertada e sóbria que, apesar de não chegar em pleno às bancadas, foi pautada pelo entendimento sobre as exigências do oponente. A destacar a cravagem do seu 3º ferro curto, citando de praça a praça e cravando com raça e de acordo com as regras.

Rui Lopes rubricou a mais completa lide da tarde. Cedo se ligou ao exemplar de João Gaspar (ferro Irmãos Toste) mostrando entrega e coração. O toiro saiu com gás e investia de pronto, no entanto, em alguns momentos, demonstrou uma investida curta no momento da reunião, mas sem dificultar. O Cavaleiro da Ribeirinha andou ligado com o oponente e foi cravando a gosto. A cravagem curta foi indo em crescendo, fazendo ouvir-se a ovação após o seu 3º ferro. Encerrou com um palmito e agarrou em definitivo a assistência. Ao contrário do que já se havia visto esta temporada, a ligação de Lopes com as montadas e o entendimento dos tempos de lide estão num patamar de acerto elevado.

João Pamplona lidou o último exemplar da tarde, pertença de João Gaspar (ferro Irmãos Toste). Apesar de bem apresentado, este novilho-toiro (nº124, 545Kg) revelou-se mau de comportamento. Cedo procurou tábuas e um pouco desligado da lide. João mostrou que também estava em praça para competir e andou sempre por cima do oponente. Ao longo das cravagens foi-se arrimando e mostrou a sua característica arte e irreverência. Não só andou ligado com o toiro, através de bregas bem executadas, mas também se ligou às bancadas. Encerrou com um bom e sonoro ferro curto.

As pegas estiveram a cargo do Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande. Abriu as hostes André Parreira que efectuou a pega da tarde, fechando-se à barbela e não mais largando. Miguel Pires efectuou rija pega à 2ª tentativa e Nuno Pires pegou à 1ª tentativa sem comprometer.

Nota final para todos aqueles Velhos do Restelo que franziram o nariz quando viram uma corrida da Feira de S. João composta “apenas” pelos Cavaleiros locais:
Aos que foram à Corrida simplesmente para ver Talavante, a sorte trocou-lhes as voltas. A verdade é que o viram, ver o seu toureio é que foi outra história… Por outro lado, assistiram a três cavaleiros que desenvolveram lides sérias e de entrega, dignas de qualquer praça de toiros deste nosso país e capazes de ombrear com qualquer dos nomes mais sonantes da cavalaria tauromáquica nacional.
Aos que não foram: resta-lhes ouvir quem foi…

Bruno Bettencourt

Corrida Mista - Video

Publicado a 23 de Junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Festival para Crianças e Idosos - Videos

Publicado a 22 de Junho de 2011

Festival para Crianças e Idosos - Fotos

Publicado a 22 de Junho de 2011

Corrida Mista

Publicado a 22 de Junho de 2011



terça-feira, 21 de junho de 2011

“¿Por qué Morante?” apresentado em Angra do Heroísmo

Publicado a 21 de Junho de 2011


A obra “¿Por qué Morante?”, da autoria do jornalista e escritor Paco Aguado, é apresentada pelas 11h00 do dia 23 de Junho na sede da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
A obra, que tem como protagonista Morante de la Puebla, relata a evolução do toureio deste matador sevilhano, desde os primórdios da sua carreira até aos dias de hoje.
Segundo o autor, esta obra procura “explicar e analisar a técnica de Morante, as suas motivações mentais e artísticas que moldam a sua personalidade dentro da arena, partindo de um ponto de vista taurino, mas que possa ao mesmo tempo ser compreendido em todo o mundo.”
Ao longo de 200 páginas, além das palavras do escritor, podem ser encontradas bonitas fotografias captadas por vários fotógrafos ao longo das diferentes épocas de Morante de la Puebla.

Feira de S. João 2011 em directo

Publicado a 21 de Junho de 2011
A VITEC irá transmitir em directo as quatro corridas de toiros que compõem a Feira de São deste ano. Assim acedendo ao site www.azorestv.com poderá assistir com qualidade à Melhor Feira Taurina de Portugal. Os comentários serão da responsabilidade de Duarte Bettencourt, Pedro Correia e Adão Rocha, com entrevistas da jornalista Andreia Pereira.


Relembrando os cartéis, poderá assistir a partir das 18 horas e 30 minutos, do dia 22 de Junho, à lides de Tiago Pamplona, Rui Lopes e João Pamplona no toureio a cavalo e às lides de Alejandro Talavante e Ivan Fandiño no toureio a pé, as pegas estarão a cargo do Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande. Lidam-se toiros de Rego Botelho, Casa Agrícola José Albino Fernandes e João Gaspar.


No dia 24, dia de São João, à mesma hora, teremos em cartel os cavaleiros Victor Ribeiro, Tiago Pamplona e João Moura Jr, num concurso de ganadarias com as casas de bravo de Palha, Murteira Grave, Veiga Teixeira, Rego Botelho, Casa Agrícola José Albino Fernandes e João Gaspar, pegam os Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, Aposento de Turlock e Ramo Grande.


No dia seguinte pelas 18 horas e 30 minutos, lidam-se toiros das ganadarias continentais de Veiga Teixeira e Ortigão Costa pelos cavaleiros Victor Ribeiro, João Moura Jr. e Rui Lopes. Pegam em solitário o Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.


No dia 26 de Junho, pelas 17 horas, a lide dos toiros de Rego Botelho estarão a cargo dos matadores de toiros Uceda Leal, Julian Lopez "El Juli" e Leandro.


Estão misturados todos os ingredientes para que as transmissões da VITEC sejam um sucesso, por isso se se encontra fora da ilha e deseja acompanhar em directo ao desenrolar da Melhor Feira Taurina de Portugal, aceda a www.azorestv.com.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Espectáculo para idosos e crianças adiado

Publicado a 20 de Junho de 2011

Devido ao mau tempo, o Espectáculo para Crianças e Idosos será realizado amanhã, dia 21 de Junho, pelas 11h, na Praça de Toiros Ilha Terceira.
O jovem toureiro Juan Pedro Garcia «Calerito», de 10 anos de idade, natural de Aznalcollar (Sevilha), é considerado uma das grandes promessas do mundo taurino.
O espectáculo contará também com a presença de João Pamplona na lide a cavalo e com o Grupo de Forcados Juvenis da Tertúlia Tauromáquica Terceirense. As reses serão da ganaderia Rego Botelho.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Exposição "Terceira, Terra de Toiros"

Publicado a 15 de Junho de 2011

A Sala de Destaques do Museu de Angra do Heroísmo acolhe, de 16 de Junho a 09 de Outubro, a exposição "Terceira, Terra de Toiros".

Aqui fica a sinopse do evento:

"A população da ilha Terceira mantém, nos dias que correm, uma relação tripla com o toiro absolutamente distintiva e única.

De facto, nesta ilha, vamos a uma toirada de praça, temos toiradas à corda e, porque no fundo é disso que se trata, enfeitamos o bezerro para o sacrifício nas festas do Espírito Santo, destinado às esmolas de carne e à função.

Diversão, festa e sacrifício convivem aqui, com raízes conhecidas desde a antiguidade mais remota, e deles a comunidade obtém, do ponto de vista social e anímico, efeitos diferentes.

É a ideia de que o animal, parceiro do quotidiano e do divertimento, é, também, o animal que se consome – no tempo do Espírito Santo, de forma claramente ritualizada.

Assim, talvez se possa concluir que, entre nós, se resolveu aquela aparente oposição entre o Boi, que é, símbolo de sacrifício, abnegação e castidade, e o Toiro, símbolo da força e do poder fecundador da vida renovada."

Foto do Mês - Junho de 2011

Publicado a 15 de Junho de 2011
Cortesias - Angra do Heroísmo, primeira metade do séc. XX

domingo, 5 de junho de 2011

Touradas à Corda em Junho

Publicado a 05 de Junho de 2011

Quinta-feira, 02 de Junho
Largo de São João, Lajes
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues (bezerrada)

Sexta-feira, 03 de Junho
Ladeira Branca, Santa Luzia
Nelson Toste

Largo de São João, Lajes
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Sábado, 04 de Junho
Ladeira Branca, Santa Luzia
Humberto Filipe
Nelson Toste

Largo de São João, Lajes
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Domingo, 05 de Junho
Canada Nova, Santa Luzia
Humberto Filipe

Segunda-feira, 06 de Junho
Pico da Urze, São Pedro
Humberto Filipe

Terça-feira, 07 de Junho
Espigão Velho, Posto Santo
Humberto Filipe
Casa Agrícola José Albino Fernandes

Sexta-feira, 10 de Junho
Bairro do Corpo Santo, Conceição
Casa Agrícola José Albino Fernandes

Sábado, 11 de Junho
Caminho Velho de Sto. Amaro, Ribeirinha
Casa Agrícola José Albino Fernandes

S. João de Deus, Santa Luzia
Humberto Filipe

Terreiro, São Mateus
Casa Agrícola José Albino Fernandes

Domingo, 12 de Junho
Bairro Joaquim Alves, Santa Cruz
Humberto Filipe

Segunda-feira, 13 de Junho
Terreiro, Terra-Chã
Eliseu Gomes

Ao Lugar, Altares
Casa Agrícola José Albino Fernandes

S. João de Deus, Santa Luzia
Humberto Filipe (bezerrada)

Terça-feira, 14 de Junho
Largo da Igreja, São Bartolomeu
Daniel Nogueira

São Luís, São Bento
Francisco Sousa

Quarta-feira, 15 de Junho
Terreiro do Paço, Ribeirinha
Manuel João Rocha

Terreiro, São Mateus
Casa Agrícola José Albino Fernandes

Quinta-feira, 16 de Junho
Rua do Rossio, Santa Cruz
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues (bezerrada)

Sexta-feira, 17 de Junho
Rua Dr. Aníbal Bettencourt, Conceição
Humberto Filipe

Caminho D’Além, Terra-Chã
Eliseu Gomes

Rua do Rossio, Santa Cruz
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Sábado, 18 de Junho
Outeiro, Conceição
Eliseu Gomes
Manuel João Rocha

Prainha, Sé
Rego Botelho (bezerrada)

Rua do Rossio, Santa Cruz
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Domingo, 19 de Junho
Porto das Pipas, Conceição
Casa Agrícola José Albino Fernandes
João Cardoso Gaspar
Gabriel Ourique
Manuel João Rocha

Segunda-feira, 20 de Junho
São João de Deus, Santa Luzia
Humberto Filipe

Largo da Igreja, São Bartolomeu
Rego Botelho
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues
Humberto Filipe
Nelson Toste

Terreiro, Raminho
João Cardoso Gaspar
Gabriel Ourique

Terça-feira, 21 de Junho
Terreiro, São Mateus
Eliseu Gomes

São Luís, São Bento
Rego Botelho

Largo da Fonte, São Sebastião
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Rua de São João, Sé
Francisco Sousa (bezerrada)

Quinta-feira, 23 de Junho
Cantinho, São Mateus
Rego Botelho
Humberto Filipe
João Cardoso Gaspar
Gabriel Ourique

Terreiro do Paço, Ribeirinha
Casa Agrícola José Albino Fernandes

Sexta-feira, 24 de Junho
Alto das Covas e Rua de S. Pedro
Eliseu Gomes (espera de gado)

Sábado, 25 de Junho
Porto de São Fernando, Porto Martins
Humberto Filipe

Domingo, 26 de Junho
Avenida Infante D. Henrique, Conceição
Rego Botelho
Casa Agrícola José Albino Fernandes
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues
Humberto Filipe

Segunda-feira, 27 de Junho
Bicas de Cabo Verde, São Pedro
Eliseu Gomes

Terça-feira, 28 de Junho
Rua da Igreja, Ribeirinha
Casa Agrícola José Albino Fernandes
João Cardoso Gaspar

Porto de pescas da Vila Nova
Gabriel Ourique

Quarta-feira, 29 de Junho
Terreiro, São Mateus
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Nossa Senhora da Ajuda, Vila Nova
Gabriel Ourique

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