Publicado a 06 de Fevereiro de 2011
A península Ibérica foi o palco de confronto de 2 escolas de equitação: A monta “à jineta”, introduzida no Andalus a partir da vinda de berberes para o exercito Califal, e a monta “à brida” identificada com o exercito cristão nortenho. Cada tipo de monta exige diferentes tipos de apetrecho para o cavalo e diferentes proteções para o cavaleiro, implicando também diferentes técnicas de combate. A monta à Jineta saiu vitoriosa e ficando posteriormente associada ao toureio a cavalo e aos jogos da alta escola de equitação. O tipo de Sela Portuguesa tradicional teve origem na Sela Jineta dos Mouros estando a sua decoração, com cravos metálicos, ligada às marcas obrigatórias nos jaezes califais dos sec. X. Utilizada desde o século XVIII por reis e príncipes, a sela barroca tem vindo a guardar os seus traços principais até os dias de hoje. Encontrando ao longo dos tempos apaixonados adeptos que tem feito dela a sua principal montura pelas suas vantagens de conforto no simples passeio a cavalo, na segurança que proporciona aos principiantes e jovens cavaleiros e pelo seu equilíbrio geral no doma de cavalos. Outras vantagens e aplicações se podem adequar à sela portuguesa onde é posta a prova da forma mais extrema na arena no tradicional toureio a cavalo.
Recentemente a base da sela tradicional portuguesa tem dado origem a varias evoluções e modelos. A mais conhecida sela portuguesa tem um design que evoluiu a partir da sela usada em Portugal no século XVIII. De todas as selas portuguesas este é sem dúvida o modelo de sela mais tradicional e por isso é conhecida como a "Sela à Portuguesa".
Esta sela é uma peça importante na divulgação e na preservação da tradição equestre portuguesa. A "Sela à Portuguesa" existe em várias cores tanto na camurça do coxim como no couro usado. Da mesma forma vários tamanhos são possíveis de forma a procurar um melhor ajustamento entre o cavaleiro e o cavalo.
Podem ser utilizadas para quase todos os fins (Toureio, Passeio, Aulas de Equitação). Para o seu fabrico é utilizado o couro de porco ou de boi e tiras de metal que estão ao comprido sobre a armação de modo a dar mais elasticidade.
Na foto pode ser observada uma sela do séc. XVIII (formando conjunto com xairel, gualdrapa e estribos de caixa) que pertenceu a D. Pedro de Alcântara e Meneses, 4º Marquês de Marialva e Estribeiro - Mor de D. José I. O Marquês deixou o seu nome ligado ao tipo de equitação que se designa por "Arte de Marialva".