Publicado a 24 de Agosto de 2010
Paulo Magalhães, homem ligado desde cedo à Festa Brava, inaugurou um Museu Taurino no passado fim-de-semana na freguesia do Posto Santo. Desde fotografias a cartazes e cabeças de afamados touros, Paulo conserva um verdadeiro tesouro taurino da ilha Terceira.
Começou a juntar coisas relacionadas com a tauromaquia em 1979, ano em que aderiu ao Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, tinha ele 17 anos, já com a ideia de um dia inaugurar um Museu Taurino.
A trabalhar na sua constituição há muito tempo, Paulo Magalhães decidiu inaugurar o Museu no passado fim-de-semana, depois do presidente da comissão das Festas de Santo António do Posto Santo, António Alves, lhe ter proposto inseri-lo no programa das festividades.
Composto por um conjunto de elementos que marcam grandes momentos da tauromaquia na ilha Terceira, nomeadamente, fotografias, cartazes e bilhetes de touradas que remontam ao século passado, prémios, cabeças de touros, capotes, pinturas e muito mais, o homem aficionado pela festa brava mantém uma verdadeira relíquia e história da tauromaquia que só vista para se perceber a sua verdadeira riqueza e esplendor, onde Paulo lembra perfeitamente a data de todas as peças assim como das imagens e fotografias que compõe o museu. Fala com um brilho nos olhos de todas as ocorrências, dos melhores momentos que viveu enquanto forcado e das grandes amizades que fez durante esses anos.
Quando questionado sobre o que o levou a guardar todas esta relíquias e recordações, Paulo Magalhães admite que não sabe explicar mais do que a sua grande paixão pela Festa Brava.
Para além de tudo o que constituiu este aglomerado de história tauromáquica, o proprietário admite que tem muito mais e que o museu ainda não está terminado.
“Tenho guardados num dossier recortes de todos os artigos publicados nos jornais locais, a União e Diário Insular, sobre tauromaquia desde o ano de 1979. Penso que nunca me falhou nenhum. Esses artigos ainda não estão expostos no museu, ainda falta muito mais”, revela o homem.
Admitindo que o seu trabalho e a sua colecção não vão ficar por aqui, o aficionado pretende adquirir muito mais do que tem, aumentando a sua colectânea sistematicamente, especialmente fotografias mais recentes do grupo de forcados dos dias de hoje, do qual não tem nenhuma recordação.
Tudo fruto do seu trabalho de longo prazo, nomeadamente a própria estrutura, a decoração e tudo o resto que o compõe, fazem Paulo Magalhães sentir grande orgulho no seu trabalho.
Paulo admite que dentro daquelas paredes está uma fortuna que nem sabe ao certo quanto será, uma vez que foi feita aos poucos ao longo dos anos e conforme as suas possibilidades.
“Não faço a mínima ideia do que será feito disto no futuro. Agora é que as pessoas tomaram conhecimento disto e até já me falaram em colocar o museu no roteiro turístico da ilha ou dos Açores, mas a verdade é que não me preocupo muito com isso, sinto-me feliz com o meu trabalho, quando as pessoas estiverem interessadas em ver é só falarem comigo e venho cá mostrar. Por enquanto é assim que irá funcionar, depois com o passar do tempo logo se verá”, assume.
Paulo fala com orgulho não só do seu tempo de forcado como de tudo o que circunda a vida da tauromaquia. Lembra com emoção a sua última pega, aos 30 anos de idade, no dia 4 de Agosto de 1991, onde um forcado do grupo do Montijo, António Gouveia, que lhe dedicou a pega, faleceu na Praça. Paulo revela ter sido um momento muito marcante, tendo também em exposição no seu museu a cabeça da mãe do touro que matou esse forcado, e imagens da tragédia. “Foi o único forcado a ter esse triste fim na ilha Terceira”, diz Paulo Magalhães.
“Na altura era muito mais complicado ser forcado, pois eram muito poucos os que queriam assumir tal papel. Hoje em dia existem muitos mais elementos nos grupos e muitos outros com vontade de aprender. Se fosse hoje em dia talvez tivesse ficado mais tempo no grupo”, confessa Paulo, acreditando que 13 anos passados no grupo de forcados não é muito tempo.
Nos últimos anos, Paulo afastou-se um pouco e de certa forma de tudo o que está ligado à festa Brava devido à sua incapacidade física, mas confessa que vai acompanhando as coisas ao longe, pois não esquece aquilo que mais gosta.
Por tudo isto, mais do que um verdadeiro tesouro e uma preciosidade da tauromaquia terceirense, este Museu Taurino criado por Paulo Magalhães é um verdadeiro desejo pessoal de longa data que merece todo o valor pela sua impressionante colecção e riqueza taurina que ligam o homem à sua verdadeira paixão.
Fonte e Foto: A União (Ana Isa Cabral)
Começou a juntar coisas relacionadas com a tauromaquia em 1979, ano em que aderiu ao Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, tinha ele 17 anos, já com a ideia de um dia inaugurar um Museu Taurino.
A trabalhar na sua constituição há muito tempo, Paulo Magalhães decidiu inaugurar o Museu no passado fim-de-semana, depois do presidente da comissão das Festas de Santo António do Posto Santo, António Alves, lhe ter proposto inseri-lo no programa das festividades.
Composto por um conjunto de elementos que marcam grandes momentos da tauromaquia na ilha Terceira, nomeadamente, fotografias, cartazes e bilhetes de touradas que remontam ao século passado, prémios, cabeças de touros, capotes, pinturas e muito mais, o homem aficionado pela festa brava mantém uma verdadeira relíquia e história da tauromaquia que só vista para se perceber a sua verdadeira riqueza e esplendor, onde Paulo lembra perfeitamente a data de todas as peças assim como das imagens e fotografias que compõe o museu. Fala com um brilho nos olhos de todas as ocorrências, dos melhores momentos que viveu enquanto forcado e das grandes amizades que fez durante esses anos.
Quando questionado sobre o que o levou a guardar todas esta relíquias e recordações, Paulo Magalhães admite que não sabe explicar mais do que a sua grande paixão pela Festa Brava.
Para além de tudo o que constituiu este aglomerado de história tauromáquica, o proprietário admite que tem muito mais e que o museu ainda não está terminado.
“Tenho guardados num dossier recortes de todos os artigos publicados nos jornais locais, a União e Diário Insular, sobre tauromaquia desde o ano de 1979. Penso que nunca me falhou nenhum. Esses artigos ainda não estão expostos no museu, ainda falta muito mais”, revela o homem.
Admitindo que o seu trabalho e a sua colecção não vão ficar por aqui, o aficionado pretende adquirir muito mais do que tem, aumentando a sua colectânea sistematicamente, especialmente fotografias mais recentes do grupo de forcados dos dias de hoje, do qual não tem nenhuma recordação.
Tudo fruto do seu trabalho de longo prazo, nomeadamente a própria estrutura, a decoração e tudo o resto que o compõe, fazem Paulo Magalhães sentir grande orgulho no seu trabalho.
Paulo admite que dentro daquelas paredes está uma fortuna que nem sabe ao certo quanto será, uma vez que foi feita aos poucos ao longo dos anos e conforme as suas possibilidades.
“Não faço a mínima ideia do que será feito disto no futuro. Agora é que as pessoas tomaram conhecimento disto e até já me falaram em colocar o museu no roteiro turístico da ilha ou dos Açores, mas a verdade é que não me preocupo muito com isso, sinto-me feliz com o meu trabalho, quando as pessoas estiverem interessadas em ver é só falarem comigo e venho cá mostrar. Por enquanto é assim que irá funcionar, depois com o passar do tempo logo se verá”, assume.
Paulo fala com orgulho não só do seu tempo de forcado como de tudo o que circunda a vida da tauromaquia. Lembra com emoção a sua última pega, aos 30 anos de idade, no dia 4 de Agosto de 1991, onde um forcado do grupo do Montijo, António Gouveia, que lhe dedicou a pega, faleceu na Praça. Paulo revela ter sido um momento muito marcante, tendo também em exposição no seu museu a cabeça da mãe do touro que matou esse forcado, e imagens da tragédia. “Foi o único forcado a ter esse triste fim na ilha Terceira”, diz Paulo Magalhães.
“Na altura era muito mais complicado ser forcado, pois eram muito poucos os que queriam assumir tal papel. Hoje em dia existem muitos mais elementos nos grupos e muitos outros com vontade de aprender. Se fosse hoje em dia talvez tivesse ficado mais tempo no grupo”, confessa Paulo, acreditando que 13 anos passados no grupo de forcados não é muito tempo.
Nos últimos anos, Paulo afastou-se um pouco e de certa forma de tudo o que está ligado à festa Brava devido à sua incapacidade física, mas confessa que vai acompanhando as coisas ao longe, pois não esquece aquilo que mais gosta.
Por tudo isto, mais do que um verdadeiro tesouro e uma preciosidade da tauromaquia terceirense, este Museu Taurino criado por Paulo Magalhães é um verdadeiro desejo pessoal de longa data que merece todo o valor pela sua impressionante colecção e riqueza taurina que ligam o homem à sua verdadeira paixão.
Fonte e Foto: A União (Ana Isa Cabral)
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