Publicado a 05 de Dezembro de 2010
O Pónei da Terceira "carece de ser registado como raça autóctone". A ideia é defendida por José Veiga Maltês, presidente da Câmara Municipal da Golegã, Capital do Cavalo, que esteve recentemente em Angra do Heroísmo, aquando da criação da Associação de Criadores e Amigos do Pónei da Terceira.
O autarca, que também é criador de cavalos, é ainda Presidente da Associação Feira Nacional do Cavalo.
José Veiga Maltês considera que os Açores e em particular a Terceira "têm um diamante por burilar".
Para o autarca, o interesse está sobretudo na utilidade do animal para o ensino na equitação, por parecer um Puro Sangue Lusitano em ponto pequeno, ao contrário dos póneis comuns.
Por isso, José Veiga Maltês não tem dúvidas das potencialidades da raça na exportação para outras zonas do país. "Tem características únicas", salienta.
De passagem pela ilha, o criador de cavalos diz ter chamado à atenção da autarca de Angra do Heroísmo para a importância do Pónei da Terceira.
José Veiga Maltês defende que a nova raça tem de ter "apoio e gestão muito rigorosa". "Tem de haver reconhecimento técnico", sublinha.
O Pónei da Terceira esteve o ano passado representado na Feira Nacional do Cavalo, na Golegã e segundo o autarca da cidade quem lá esteve ficou "encantado" com o animal. O criador de cavalos notou, no entanto, que poucas pessoas conheciam a raça.
José Veiga Maltês sublinha, por isso, a necessidade de promover o Pónei da Terceira. "Eu vou fazer todos os possíveis para sensibilizar as autoridades", frisa.
O próprio autarca diz-se "encantado" com este novo pónei. "Eu acho extraordinário como se conseguiu preservar a raça", aponta.
Reconhecer a raça
A Associação de Criadores e Amigos do Pónei da Terceira (ACAPT) foi apresentada na passada sexta-feira.
Tem como objetivo tornar o pónei da Terceira num elemento ativo e participante de atividades lúdicas, desportivas e turísticas.
Artur Machado é um dos mais de 30 sócios que compõem a associação.
A primeira ação do grupo será, de acordo com o professor da Universidade dos Açores (UAç), o envio dos estudos biométricos e genéticos já realizados para o Ministério da Agricultura, para que sejam depois re-encaminhados para a fundação com poder para reconhecer a raça.
Segundo Artur Machado, para além de sensibilizar as instituições para o reconhecimento do Ponéi da Terceira como raça, a associação terá como funções também o registo dos animais.
Neste momento, só a Universidade dos Açores já tem 40 póneis, um número que permite já garantir a sua sobrevivência. Estão criadas, portanto, as condições para que a raça seja reconhecida, segundo o investigador da UAç.
Falta de apoios
A manutenção dos animais revela-se, contudo, uma ação difícil para os investigadores da academia açoriana.
O efetivo tem vindo a aumentar todos os anos e faltam os meios para os alimentar.
Artur Machado sente que não há interesse pela raça. O Governo Regional cede apenas um terreno dos Serviços Florestais, que já se torna insuficiente.
Os investigadores já receberam propostas de fora da ilha para aquisição de animais, mas neste momento, salienta Artur Machado, "ainda não é conveniente" exportá-los.
Para o professor da Universidade dos Açores, para além da conservação da espécie, o reconhecimento da raça pode também ser um contributo importante para o desenvolvimento económico da ilha.
"Um pónei, hoje em dia, na Europa, vale tanto como um bom cavalo", salienta.
O autarca, que também é criador de cavalos, é ainda Presidente da Associação Feira Nacional do Cavalo.
José Veiga Maltês considera que os Açores e em particular a Terceira "têm um diamante por burilar".
Para o autarca, o interesse está sobretudo na utilidade do animal para o ensino na equitação, por parecer um Puro Sangue Lusitano em ponto pequeno, ao contrário dos póneis comuns.
Por isso, José Veiga Maltês não tem dúvidas das potencialidades da raça na exportação para outras zonas do país. "Tem características únicas", salienta.
De passagem pela ilha, o criador de cavalos diz ter chamado à atenção da autarca de Angra do Heroísmo para a importância do Pónei da Terceira.
José Veiga Maltês defende que a nova raça tem de ter "apoio e gestão muito rigorosa". "Tem de haver reconhecimento técnico", sublinha.
O Pónei da Terceira esteve o ano passado representado na Feira Nacional do Cavalo, na Golegã e segundo o autarca da cidade quem lá esteve ficou "encantado" com o animal. O criador de cavalos notou, no entanto, que poucas pessoas conheciam a raça.
José Veiga Maltês sublinha, por isso, a necessidade de promover o Pónei da Terceira. "Eu vou fazer todos os possíveis para sensibilizar as autoridades", frisa.
O próprio autarca diz-se "encantado" com este novo pónei. "Eu acho extraordinário como se conseguiu preservar a raça", aponta.
Reconhecer a raça
A Associação de Criadores e Amigos do Pónei da Terceira (ACAPT) foi apresentada na passada sexta-feira.
Tem como objetivo tornar o pónei da Terceira num elemento ativo e participante de atividades lúdicas, desportivas e turísticas.
Artur Machado é um dos mais de 30 sócios que compõem a associação.
A primeira ação do grupo será, de acordo com o professor da Universidade dos Açores (UAç), o envio dos estudos biométricos e genéticos já realizados para o Ministério da Agricultura, para que sejam depois re-encaminhados para a fundação com poder para reconhecer a raça.
Segundo Artur Machado, para além de sensibilizar as instituições para o reconhecimento do Ponéi da Terceira como raça, a associação terá como funções também o registo dos animais.
Neste momento, só a Universidade dos Açores já tem 40 póneis, um número que permite já garantir a sua sobrevivência. Estão criadas, portanto, as condições para que a raça seja reconhecida, segundo o investigador da UAç.
Falta de apoios
A manutenção dos animais revela-se, contudo, uma ação difícil para os investigadores da academia açoriana.
O efetivo tem vindo a aumentar todos os anos e faltam os meios para os alimentar.
Artur Machado sente que não há interesse pela raça. O Governo Regional cede apenas um terreno dos Serviços Florestais, que já se torna insuficiente.
Os investigadores já receberam propostas de fora da ilha para aquisição de animais, mas neste momento, salienta Artur Machado, "ainda não é conveniente" exportá-los.
Para o professor da Universidade dos Açores, para além da conservação da espécie, o reconhecimento da raça pode também ser um contributo importante para o desenvolvimento económico da ilha.
"Um pónei, hoje em dia, na Europa, vale tanto como um bom cavalo", salienta.
Fonte: Diário Insular
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