As ganadarias da ilha são verdadeiras "reservas biológicas", defende o biólogo e professor da Universidade dos Açores, João Pedro Barreiros. A ideia é explorada num dos vídeos disponíveis numa página da Internet criada no portal SIARAM, dedicada ao toiro bravo da Terceira.
Do ponto de vista de João Pedro Barreiros as ganadarias são espaços onde existe todo o interesse em estudar e monitorizar a vida selvagem.
O biólogo considera que há uma relação importante entre os lugares onde são criados toiros de lide, com a vegetação espontânea, endémica, da ilha Terceira: "A preservação de manchas florestais endémicas, uma vez que estas ilhas foram colonizadas no século XV, resulta de dois acasos. Sobraram regiões de difícil acesso, como Caldeira de Santa Bárbara, ou lugares, como as ganadarias, onde se produziram animais que se adaptaram a locais menos desejáveis para a agropecuária. Sem contar com os lugares altos, estou convencido que, se não houvessem toiros, não estava preservada grande parte da vegetação endémica que ainda sobrevive".
Pode-se ficar também a conhecer as visões de personalidades como Francisco Maduro-Dias, historiador, José Parreira, arquiteto e aficionado, ou Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
De acordo com o portal, Artur Machado, professor da Universidade dos Açores responsável pelo Centro de Biotecnologia dos Açores, sustenta que "quase tudo o que é hoje o interior da Terceira deve-se ao touro bravo" e que "a preservação destes animais é fundamental na proteção da natureza e ao mesmo tempo ajuda-nos a definir a nossa identidade".
"Ver um grupo de touros, ao longe, na paisagem, sobretudo naquelas montanhas mais escalavradas que temos no interior da Terceira é sempre uma imagem de que gostamos, que nos consola, que nos faz sentir identificados, localizados e estabilizados", afirma, por seu turno, Francisco Maduro-Dias.
José Parreira acredita que "preservar este animal nesta ilha é também garantir a preservação de um determinado ecossistema ambiental onde ele está integrado".
Arlindo Teles defende que o "culto ao touro dá-se na Terceira como em mais nenhum lugar do mundo".
Do ponto de vista de João Pedro Barreiros as ganadarias são espaços onde existe todo o interesse em estudar e monitorizar a vida selvagem.
O biólogo considera que há uma relação importante entre os lugares onde são criados toiros de lide, com a vegetação espontânea, endémica, da ilha Terceira: "A preservação de manchas florestais endémicas, uma vez que estas ilhas foram colonizadas no século XV, resulta de dois acasos. Sobraram regiões de difícil acesso, como Caldeira de Santa Bárbara, ou lugares, como as ganadarias, onde se produziram animais que se adaptaram a locais menos desejáveis para a agropecuária. Sem contar com os lugares altos, estou convencido que, se não houvessem toiros, não estava preservada grande parte da vegetação endémica que ainda sobrevive".
Pode-se ficar também a conhecer as visões de personalidades como Francisco Maduro-Dias, historiador, José Parreira, arquiteto e aficionado, ou Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
De acordo com o portal, Artur Machado, professor da Universidade dos Açores responsável pelo Centro de Biotecnologia dos Açores, sustenta que "quase tudo o que é hoje o interior da Terceira deve-se ao touro bravo" e que "a preservação destes animais é fundamental na proteção da natureza e ao mesmo tempo ajuda-nos a definir a nossa identidade".
"Ver um grupo de touros, ao longe, na paisagem, sobretudo naquelas montanhas mais escalavradas que temos no interior da Terceira é sempre uma imagem de que gostamos, que nos consola, que nos faz sentir identificados, localizados e estabilizados", afirma, por seu turno, Francisco Maduro-Dias.
José Parreira acredita que "preservar este animal nesta ilha é também garantir a preservação de um determinado ecossistema ambiental onde ele está integrado".
Arlindo Teles defende que o "culto ao touro dá-se na Terceira como em mais nenhum lugar do mundo".
Consciência ambiental Para Eduardo Dias, professor da Universidade dos Açores e responsável pelo GEVA (Grupo de Ecologia Vegetal Aplicada), o toiro acaba por ser o catalisador de uma cultura ligada à natureza na ilha. "Dá-se uma determinada leitura, através do toiro, da própria natureza. Sendo o toiro o símbolo da natureza e tendo um conjunto de propriedades de nobreza e de valentia, então esses valores passam a ser, simbolicamente, projetados sobre o resto da natureza. Há uma relação de respeito e seriedade na sociedade terceirense face aos elementos naturais", argumenta.
Os vídeos podem ser consultados em "http://siaram.azores.gov.pt/patrimonio-cultural/touro-bravo/_intro.html".
Fonte: Diário Insular
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