Três quartos
de praça assistiram à Corrida de Toiros que encerrou a Feira de S. João 2013. O
cartel era composto por nomes de peso, de onde sobressaía Enrique Ponce, a quem
se juntava Javier Castaño e Jimenez Fortes. O curro era de Rego Botelho.
Houvera
sorte de varas (sorte que já existiu nos Açores e bastou uma assinatura para a
fazer desaparecer. Por enquanto!) e teríamos toiros a ser lidados. Para já
foram novilhos. Os exemplares vindos da Caldeira do Guilherme Moniz eram de
comportamento desluzido. O primeiro e segundo da ordem foram lidáveis, sendo o
quinto aquele que proporcionou melhores condições de lide. A corrida começou com o Paseillo a que se seguiu um minuto de silêncio em memória do recentemente falecido José Maria Cortes, cabo dos Amadores de Montemor.
Ponce esteve
trabalhador na sua primeira faena. Foi-se confiando no decorrer da lide e soube
contornar, de forma sábia, os problemas que o novilho tinha. A pouco e pouco
foi-lhe tapando os defeitos e obrigou o oponente a investir e a prolongar essa
mesma investida. Provou-o por ambos os lados e traçou passes com bastante
temple e cada vez mais profundos, ainda que as séries resultassem com pouca
ligação e ritmo. O segundo do seu lote apresentava ainda mais dificuldades.
Novamente, o Matador valenciano procurou dar-lhe a volta mas a lide resultou
mais apagada do que a anterior. Não conseguiu contornar as muitas dificuldades
e falta de interesse do hastado.
Javier
Castaño mostrou na Monumental “ilha Terceira” o porquê de, nesta temporada, trazer
atrás de si um rasto de triunfo. Coube-lhe em sorte o lote mais capaz. O
Matador ligou-se ao novilho e, numa lide de entrega e raça, enfrentou a
brusquidão do oponente. Foi conseguindo moldar a investida do novilho saindo
por cima deste. O segundo do seu lote trazia melhores condições. Recebeu-o de
joelhos com uma vistosa Larga Cambiada em terrenos de dentro. Com a muleta
bordou toureio pelo lado direito com Derechazos de muito nível. Apesar do pouco
recorrido do novilho, o Matador de Salamanca foi-lhe ensinando a percorrer o trajecto
da sua flanela vermelha. Mesmo quando parecia já não haver novilho, Castaño
conseguia tirar um pouco mais. Uma lide de labor que chegou de forma sonora aos
sectores da praça de toiros angrense. Estava encontrado o triunfador da tarde.
Duas voltas para o Matador.
A Jimenez
Fortes calhou a fava. Destaque para as Verónicas bem desenhadas e profundas com
que recebeu ambos os novilhos do seu lote. E cingidas até ao limite foram as
séries de Chiquelinas que se lhes seguiram. O malaguenho mostrou querer nesta
presença na Feira de S. João. Procurou tirar todo o sumo a um primeiro novilho que
parecia seco desde início. Com a muleta lidou a todo o perímetro da arena. Insistiu
por ambos os lados, mas o seu oponente saia desligado virando a cara à luta. O
último do seu lote não tinha condições de lide. Após um primeiro aviso, saltou
a trincheira e depois de regressar à arena foi-se refugiando em tábuas. O
Matador insistiu e foi colhido com uma voltareta sem consequências. A lide
resultou sem história. De referir, pela negativa, a incompreensível volta à
arena dada após esta segunda lide.
Uma nota final para os bons pares de bandarilhas cravados, em especial pelo terceirense João Pedro Silva e por David Adalid.
Conduziu o espectáculo Carlos João Ávila assessorado pelo Dr. José Paulo Lima.
Uma nota final para os bons pares de bandarilhas cravados, em especial pelo terceirense João Pedro Silva e por David Adalid.
Conduziu o espectáculo Carlos João Ávila assessorado pelo Dr. José Paulo Lima.
Bruno Bettencourt
0 comentários (Dê a sua opinião):
Enviar um comentário