A praça encheu para assistir à
última Corrida da Feira de S. João 2014. O cartel era aliciante: Juan José
Padilla, Miguel Angel Perera e Juan Leal, para lidar exemplares de Rego
Botelho. Na generalidade, o curro da divisa azul e branca não serviu. Os
exemplares que vieram da Caldeira do Guilherme Moniz revelaram comportamento
que foi indo a menos.
Padilla encerrou-se com o pior lote da corrida. O seu primeiro (nº24, 495Kg) foi revelando uma investida curta pela direita, saindo solto dos lances. O Matador recebeu-o de joelhos com uma Larga Afarolada. Ainda o provou por Parons, antes de inicias o tércio de Bandarilhas. Cravou um par traseiro e depois, após alguma dificuldade em colocar o toiro, cravou um par de violino, a chegar às bancadas. Com a Muleta desenhou duas séries pela direita, mas sem grande ligação. Procurou testar o oponente por Naturais, mas este saía desinteressado da sorte. Lide possível com alguns (poucos) pormenores a assinalar. A história da lide do segundo do seu lote (nº17, 435Kg), é quase inexistente. Tentou iniciar por Verónicas, no entanto abreviou, dando lugar a um tércio de Bandarilhas executado sem nexo por parte dos seus subalternos. O toiro rachou cedo e o Matador não quis arriscar, mostrado não estar a gosto. Uns tímidos Derechazos e alguns passes de castigo encerraram a prestação de Padilla que foi sonoramente contestada.
Perera desenhou a lide possível diante de um exemplar (nº18, 465Kg) que se foi empregando de início, para depois vir a menos e a procurar a querença natural. Lanceou por Verónicas e ao quite saiu Juan Leal que por Gaoneras, mostrou que estava em praça para agarrar o triunfo. Fez soar a primeira ovação da tarde. Com a Muleta, Perera traçou alguns passes soltos, não tendo conseguido séries ligadas. Procurou dar vantagens ao toiro e lidou-o junto á querença. Foi uma lide sem muitas possibilidades. Com o quinto da tarde (nº26, 480Kg), já conseguiu bordar algum do seu toureio. Lanceou por Verónicas, por vezes prejudicadas pelo vento e ao quite, Juan Leal saiu de novo para, com Tafarellas, novamente mostrar ao que vinha. O toiro foi-se empregando e mostrou nobreza de investida, apesar de não ter durado até ao fim da lide. Destaque para 3 boas séries de Derechazos com profundidade e temple, aguentando por vezes alguns pequenos derrotes. Ainda tentou pela esquerda, mas o Naturais resultaram desligados. Não se livrou de uma voltareta, que o deixou tocado na perna direita. Boa lide a superar a sua primeira prestação.
O Matador Juan Leal debutava na Feira de S. João e cedo mostrou que estava por tudo. Se deu sinais de querer agarrar o triunfo, quando saiu ao quite de Capote durante as lides de Perera, com os seus toiros, denunciou este facto ainda mais. Arrimou-se com o Capote e iniciou a função, ante o primeiro exemplar (nº9, 505Kg), por Zapopinas (Lopecinas) rematadas com Revolera. Nas Bandarilhas, destaque para João Pedro Silva. Com Passes Cambiados iniciou a faena de Muleta. O toiro ia ficando em curto e por vezes cortava-se por dentro. Uma vez mais, o diestro francês a arrancar aplausos com Circulares invertidos. Por Bernardinas encerrou uma lide de entrega onde deu tudo de si e fez mais do que parecia ser possível. A encerrar a corrida, lidou o toiro que apresentou melhores condições (nº11, 460Kg). O toiro entregava-se e teve duração, no entanto, fica a sensação que após as duas voltaretas que deu, em resultado de ter ficado com os pitons presos na arena, perdeu um bocado da nobreza de investida e começou a defender-se mais. Leal recebeu-o de joelhos com Porta Gaiola. Continuou por Parons e Chicuelinas, bem cingidas. Nas Bandarilhas, o segundo e terceiro par, cravados respectivamente por Diogo Coelho e João Pedro Silva, foram de muito bom nível. Leal Iniciou a faena de Muleta com os joelhos em terra. Lidou com quietude, procurando conduzir o hastado por ambos os lados da flanela rubra. O toiro foi ficando em curto, mas o Matador esteve trabalhador, andando sempre entre os pitons. Sacou tudo o que havia naquele exemplar e foi levando a àgua ao seu moinho. Lide de muita entrega e valor. No final, duas voltas à arena.
Dirigiu Carlos João Ávila, que esteve pouco criterioso na atribuição de música, tendo sido assessorado pelo Dr. Vielmino Ventura. Abrilhantou a Banda da Sociedade Filarmónica Rainha Santa Isabel das Doze Ribeiras.
Bruno Bettencourt
Padilla encerrou-se com o pior lote da corrida. O seu primeiro (nº24, 495Kg) foi revelando uma investida curta pela direita, saindo solto dos lances. O Matador recebeu-o de joelhos com uma Larga Afarolada. Ainda o provou por Parons, antes de inicias o tércio de Bandarilhas. Cravou um par traseiro e depois, após alguma dificuldade em colocar o toiro, cravou um par de violino, a chegar às bancadas. Com a Muleta desenhou duas séries pela direita, mas sem grande ligação. Procurou testar o oponente por Naturais, mas este saía desinteressado da sorte. Lide possível com alguns (poucos) pormenores a assinalar. A história da lide do segundo do seu lote (nº17, 435Kg), é quase inexistente. Tentou iniciar por Verónicas, no entanto abreviou, dando lugar a um tércio de Bandarilhas executado sem nexo por parte dos seus subalternos. O toiro rachou cedo e o Matador não quis arriscar, mostrado não estar a gosto. Uns tímidos Derechazos e alguns passes de castigo encerraram a prestação de Padilla que foi sonoramente contestada.
Perera desenhou a lide possível diante de um exemplar (nº18, 465Kg) que se foi empregando de início, para depois vir a menos e a procurar a querença natural. Lanceou por Verónicas e ao quite saiu Juan Leal que por Gaoneras, mostrou que estava em praça para agarrar o triunfo. Fez soar a primeira ovação da tarde. Com a Muleta, Perera traçou alguns passes soltos, não tendo conseguido séries ligadas. Procurou dar vantagens ao toiro e lidou-o junto á querença. Foi uma lide sem muitas possibilidades. Com o quinto da tarde (nº26, 480Kg), já conseguiu bordar algum do seu toureio. Lanceou por Verónicas, por vezes prejudicadas pelo vento e ao quite, Juan Leal saiu de novo para, com Tafarellas, novamente mostrar ao que vinha. O toiro foi-se empregando e mostrou nobreza de investida, apesar de não ter durado até ao fim da lide. Destaque para 3 boas séries de Derechazos com profundidade e temple, aguentando por vezes alguns pequenos derrotes. Ainda tentou pela esquerda, mas o Naturais resultaram desligados. Não se livrou de uma voltareta, que o deixou tocado na perna direita. Boa lide a superar a sua primeira prestação.
O Matador Juan Leal debutava na Feira de S. João e cedo mostrou que estava por tudo. Se deu sinais de querer agarrar o triunfo, quando saiu ao quite de Capote durante as lides de Perera, com os seus toiros, denunciou este facto ainda mais. Arrimou-se com o Capote e iniciou a função, ante o primeiro exemplar (nº9, 505Kg), por Zapopinas (Lopecinas) rematadas com Revolera. Nas Bandarilhas, destaque para João Pedro Silva. Com Passes Cambiados iniciou a faena de Muleta. O toiro ia ficando em curto e por vezes cortava-se por dentro. Uma vez mais, o diestro francês a arrancar aplausos com Circulares invertidos. Por Bernardinas encerrou uma lide de entrega onde deu tudo de si e fez mais do que parecia ser possível. A encerrar a corrida, lidou o toiro que apresentou melhores condições (nº11, 460Kg). O toiro entregava-se e teve duração, no entanto, fica a sensação que após as duas voltaretas que deu, em resultado de ter ficado com os pitons presos na arena, perdeu um bocado da nobreza de investida e começou a defender-se mais. Leal recebeu-o de joelhos com Porta Gaiola. Continuou por Parons e Chicuelinas, bem cingidas. Nas Bandarilhas, o segundo e terceiro par, cravados respectivamente por Diogo Coelho e João Pedro Silva, foram de muito bom nível. Leal Iniciou a faena de Muleta com os joelhos em terra. Lidou com quietude, procurando conduzir o hastado por ambos os lados da flanela rubra. O toiro foi ficando em curto, mas o Matador esteve trabalhador, andando sempre entre os pitons. Sacou tudo o que havia naquele exemplar e foi levando a àgua ao seu moinho. Lide de muita entrega e valor. No final, duas voltas à arena.
Dirigiu Carlos João Ávila, que esteve pouco criterioso na atribuição de música, tendo sido assessorado pelo Dr. Vielmino Ventura. Abrilhantou a Banda da Sociedade Filarmónica Rainha Santa Isabel das Doze Ribeiras.
Bruno Bettencourt
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