Espectáculo Misto a encerrar a Feira de S. João 2021.
A cavalo, Luís Rouxinol Jr. lidou
dois exemplares de João Gaspar (nº49 e nº45). O primeiro da ordem foi cumpridor
e entregou-se à luta. O Cavaleiro esteve a bom nível, lidando de forma correcta.
Na parte final, a montada escorrega e o conjunto sofre uma queda ficando à
mercê do toiro. Momentos de alguma tensão que, felizmente, resultaram sem
consequências para ambos. O segundo do seu lote foi o melhor toiro da feira. O
toiro andou sempre metido na lide, fixo nas sortes e entregando-se com ímpeto. O
de Pegões tirou partido do oponente e rubricou a lide triunfadora da feira. Abriu
praça com um vibrante ferro “à porta gaiola” e foi crescendo com uma lide a
gosto que chegou às bancadas. Fechou a presença nesta feira com um par de
bandarilhas. No final, volta arena para o ganadero.
Róman toureou o nº150 da Casa Agricola José Albino Fernandes (JAF) que era nobre, mas veio a revelar pouca duração nas viagens. Destaque para a série de Chicuelinas e o quite de David Miranda por Tafalleras. Boa nota para o primeiro par de bandarilhas cravado por João Pedro Silva “Açoriano”. Na muleta a lide resultou agradável com bons momentos artísticos. O segundo do seu lote era de Rego Botelho (RB). O utrero nº76 andou desligado no início da lide. Nota para os lances por Verónicas do Matador que vestia de branco e prata, e para as Chicuelinas cingidas de Miranda. Com a Muleta e após conseguir fixar o oponente, lidou-o nos médios para agarrar o triunfo. Mostrou recursos e profundidade, baixando a mão a cada passagem por Derechazos. Toureando em redondo, explorou o melhor lado do Jabonero RB que foi crescendo em comportamento, mostrando nobreza, duração e distância de investida. Terá prolongado a contenda além do desejado, levando a que o oponente rachasse.
David Miranda teve um lote
heterogéneo de comportamento. O nº74 RB tinha poucas
condições de lide, perdendo vontade a cada passagem pela flanela do Matador. Uma lide sem grande
interesse onde se destacou o par cravado pelo bandarilheiro Gonçalo Toste. O nº128
de JAF mostrou bons modos, humilhando até ao limite em investidas profundas e
nobres. Novamente destaque para o bandarilheiro terceirense Gonçalo Toste.
Jorge Silva viria a ser colhido, sem gravidade, durante o tércio de
bandarilhas. Miranda arrimou-se com a Muleta e brindou os presentes com o
temple do seu toureio, cada vez mais prolongado a cada passagem. Lide de
entrega, baseada essencialmente na mão direita, a agradar a assistência. Arriscou e daí resultaram 3 momentos de apuro,
sem consequências de maior.
Nas pegas estiveram a solo os
Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense. Foram à cara Carlos
Vieira e Alexandre Vieira. Resolveram à primeira tentativa, de forma correcta e
sem dificuldades, sendo bem ajudados pelo grupo.
Nota final: Foi encontrada uma (feliz!) solução em relação à banda de música que abrilhantou os dois espectáculos. Designada por Banda Filarmónica da Feira de São João, a banda era composta por elementos de todas as bandas filarmónicas do concelho de Angra do Heroísmo. Estiveram em grande nível sob a regência do Maestro Durval Festa.
Bruno Bettencourt
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