O “Gallito” (nº775, 574Kg) foi-se parando no centro da arena defendendo-se e cortando-se nas reuniões. António Telles empregou-lhe uma lide de paciência e, fazendo uso de toda a sua maestria, mexeu-lhe com os terrenos e foi consentindo as investidas na colocação dos ferros. A destacar o 4º ferro curto a aguentar a investida áspera do toiro. A lide possível, mercê das condições do oponente. O segundo do seu lote (nº767, 522Kg) pedia que lhe pisassem os terrenos, indo a menos ao longo da lide, investindo pela certa e com arreões. Apesar das complicações apresentadas pelo toiro, o Mestre da Torrinha possibilitou o vislumbre de alguns momentos interessantes de toureio equestre.
Tiago Pamplona esteve em plano de
triunfo. Com um lote de toiros cumpridores, conquistou a assistência da
Monumental “Ilha Terceira”. O primeiro (nº798, 530Kg) carregava pouco na
reunião, no entanto não comprometeu a contenda. O Marialva do Posto Santo
recriou-se nas bregas, andando cingido numa lide de entrega que resultou e
deixou vontade de perceber o que viria na sua segunda aparição. As espectativas
não saíram goradas. O toiro (nº788, 565Kg) foi crescendo ao longo da lide, indo
ao cite com ímpeto e nobreza. O Cavaleio entendeu-o e ajudou-o a crescer em
termos de comportamento. Tirou partido das condições do hastado que tinha pela
frente e rubricou a lide da tarde, com grande correcção na preparação e
cravagem dos ferros.
Francisco Palha teve pela frente
aquele que terá sido o lote menos luzidio. Com o seu primeiro (nº803, 566Kg),
procurou ligar-se e interessar o toiro, no entanto não conseguiu dar-lhe a
volta por completo. Não se livrou de alguns toques na montada com o desenrolar
da função. O toiro foi-se degradando em comportamento, até se fixar em terrenos
de tércios, saindo só pela certa e desligando-se em seguida. Fechou praça
diante de um exemplar (nº 777, 597Kg) que mostrou bons modos, inicialmente,
vindo depois a ficar cada vez mais curto nas viagens. Lide esforçada, mas pouco inspirada quanto à
escolha de terrenos.
Em ano dourado, o GFATTT saiu
triunfador, com quatro pegas efectuadas à primeira e um desempenho muito coeso
nas ajudas. Para inaugurar as celebrações, o Cabo João Pedro Ávila, fez as
honras da casa. Após
duas tentativas em que o grupo não ajudou da melhor forma e findas as quais
saiu em maca, com um olho maltratado, decidiu dar o exemplo. Voltou de imediato
à arena, consumando à terceira com ajudas carregadas. Carlos Vieira esteve muito bem na cara, arrancando uma grande pega com a preciosa ajuda do grupo.
João Silva resolveu sem dificuldades e com ajudas um pouco carregadas. Tomás
Ortins arrancou uma pega vistosa, estando o grupo em destaque nas ajudas.
Francisco Matos esteve valente ao consumar uma grande pega. Bernardo Belerique
fechou com uma boa pega à segunda, tendo para isso contribuído a excelente
intervenção do primeiro ajuda Fernando Ferreira “Mangueira”. Nota para muitos
forcados já retirados que integraram as formações para as pegas.
Dirigiu a corrida, com acerto, o Director
Mário Martins, com assessoria do médico veterinário Vielmino Ventura. Abrilhantou
(bem!) a Banda da Feira de S. João.
Bruno Bettencourt
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