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sábado, 24 de dezembro de 2011

Bom Natal...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

PRÓTOIRO junta-se ao projecto Tauromaquia UNESCO

A Federação Portuguesa de Associassões Taurinas - PRÓTOIRO (da qual faz parte a Tertúlia Tauromáquica Terceirense) assinou um protocolo com a Cordinadora Internacional por la Tauromaquia (CIT), tendo em vista um trabalho conjunto na defesa dos toiros, permitindo coordenar as actividades que possibilitem uma melhor defesa da Tauromaquia em toda a sua abrangência.

A Coordinadora Internacional (CIT) trabalhará em conjunto com a PRÓTOIRO para que seja possível alargar o Projecto Tauromaquia-UNESCO em Portugal, a partir de onde a PRÓTOIRO intensificará, em conjunto com associações e aficionados, as actividades necessárias para estimular e colocar em marcha o processo de declaração da Tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Portugal, trabalho este já iniciado através da declaração da "Capeia Arraiana" como Património Cultural Imaterial de Portugal.

Texto adaptado de Burladero.com

sábado, 3 de dezembro de 2011

"Faltam idade e varas aos toiros na Terceira"

Entrevista ao ganadeiro José Baldaya do Rego Botelho

A ganadaria Rego Botelho, na qual tem responsabilidades, acaba de arrecadar dois dos mais cobiçados prémios nacionais - a melhor ganadaria e o melhor toiro. Para chegar aqui, foi necessário um percurso. Quais os principais passos dessa caminhada?
Os principais passos foram: a ganadaria que existia ficou somente destinada à tradicional tourada à corda; tentamos criar uma base sólida para o toiro de lide e assim adquirimos a uma das ganadarias mais importantes do mundo, a Ganadaria de Jandilla, 55 vacas apuradas e vários sementais; a construção de um novo tentadero com melhores condições de maneio e num lugar mais resguardado, o que nos facilitou, ao longo dos anos, uma seleção muito mais criteriosa. Pensamos que o incremento pecuário do nosso efetivo é um motivo de valorização das nossas explorações pecuárias, o que constitui um regozijo ao nosso trabalho enquanto ganadeiros e aficionados. A responsabilidade que estas distinções nos trazem são um incentivo para continuarmos no trilho das nossas escolhas.

Estas distinções poderão abrir as portas da vossa ganadaria às praças portuguesas. É vosso objetivo apostar nessa oportunidade?
Não, não é nosso objetivo, aliás porque as portas nunca estiveram fechadas, apenas decidimos apostar nesta altura porque tínhamos uma camada maior e condições para tal, não defraudando os compromissos que temos nos Açores. No entanto, o toiro bravo não conhece limites geográficos e é gratificante observarmos que o nosso trabalho é apreciado por outros locais onde somos solicitados. Uma coisa é certa: estas distinções não alteram em nada os nossos critérios. Selecionamos com o mesmo rigor de sempre...

A temporada taurina na Terceira faz-se sobretudo com corridas à corda, modelo que exige um tipo específico de toiro. Essa realidade pode limitar o vosso trabalho no apuro dos animais para as exigências da praça?
Não, porque nós temos a ganadaria dividida em duas linhas completamente definidas. Entenda-se que o toiro de lide e o toiro de corda divergem na grande maioria dos seus caracteres. Diferenciam-se na sua morfologia, no comportamento e na sua atitude combativa. Isto não significa que os animais não tenham um fundo de bravura "pura" semelhante; a pedra de toque entre as duas modalidades ganadeiras é a seleção, substancialmente diferente entre o toiro de corda e o toiro de lide, mas de exigência semelhante com vista à obtenção de resultados positivos.

A época de praça nos Açores ameaça todos os anos com um "boom", mas nunca acontece. O que nos falta para dar o salto?
Do ponto de vista estritamente ganadeiro e no que a nós diz respeito, sou da opinião que esse "boom" já se deu. Na realidade, os resultados apresentados em praça, sobretudo nos últimos anos, julgo serem reveladores que a nossa ganadaria atravessa um bom momento, o que nos deixa muito contentes pelo contributo que essa realidade tem vindo a transmitir ao espetáculo. No entanto e para que o referido "boom" seja completo, é importante realçar que existem outras condicionantes sem as quais dificilmente conseguiremos por inteiro tal objetivo, como sejam lidar os toiros com idade (quatro anos) nas corridas apeadas, submetendo-os necessariamente à sorte de varas. Só assim conseguiremos trazer figuras de primeiro plano à ilha Terceira. Reunidas estas condições, a nossa festa poderá passar a ter a tão desejada relevância no circuito mundial do toureio.

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