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sábado, 30 de junho de 2007

2ª Corrida das Sanjoaninas 2007

Dia 29 de Junho de 2007, o cartaz anunciava um curro da Casa Agrícola José Albino Fernandes para ser lidado por Tiago Pamplona e João Telles Jr., na lide equestre e o matador Lopez Cháves na lide apeada. Na cara dos toiros, Real Grupo de Forcados Amadores de Moura e Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, capitaneados respectivamente por Pedro Acabado e Adalberto Belerique.
A corrida dirigida por José Carlos Valadão, assessorado pelo Dr. Vielmino Ventura, contou com ¾ de praça na assistência, numa tarde, que apesar dos chuviscos antes do início da função, se revelou de sol (ou não estivéssemos nos Açores).

Após cerca de 5 minutos, de uma espera interminável, surge pela porta dos sustos o primeiro da ordem para ser lidado pelo cavaleiro terceirense Tiago Pamplona. O marialva da Quinta do Malhinha deixou boa nota na cravagem dos três ferros compridos com que iniciou a sua lide. Após troca de montada, mostra pouco entendimento quanto à investida do seu oponente, claramente debilitado de força nos membros anteriores e carregando pouco no momento da reunião. O primeiro curto é cravado após duas passagens em falso, originadas por uma abertura em demasia do quarteio, aquando do quiebro efectuado pela montada. Novamente, a falta de força do hastado aliada a uma abertura em demasia por parte do cavaleiro, fazem com que o terceiro curto da tarde seja cravado no pescoço, após o toiro ter escorregado. Este “Ninfeu” com o ferro JAF demonstrou-se voluntarioso na investida, desprovido de crenças, mantendo-se sempre nos médios ao longo da lide. Para a cara o forcado Luís Monge do Grupo de Moura, que após brindar ao Grupo Terceirense se fecha à primeira tentativa sendo muito bem apoiado pelo grupo. Volta para o forcado, o cavaleiro, em atitude correcta, agradeceu os aplausos nos médios.

O segundo da tarde coube em sorte a João Telles Jr. O cavaleiro inicia a sua actuação com um ferro cravado de forma pouco ortodoxa. Após uma brega bem efectuada, crava o primeiro comprido à meia-volta. O jovem da Torrinha deixa dois bons ferros curtos ao estribo, para depois cravar um terceiro ferro algo traseiro. João troca de montada para rematar a lide a este toiro, que tal como o seu antecessor cumpriu, revelando no entanto um défice de força. Para este final estava guardado um par de bandarilhas, sorte sempre do agrado do público, que foi cravado de forma muito aberta, tendo um dos ferros ficado colocado extremamente atrás. A pega foi realizada à primeira tentativa de forma muito eficiente por Jorge Ortins, dos Amadores da Tertúlia Terceirense: após o toiro ter ensarilhado, o forcado advinha-lhe a trajectória sendo levado para fora do grupo, que de pronto interveio, após este se ter fechado.

Para o capote de Lopez Cháves saiu o nº184 da ganadaria da Quinta do Leão. Diante um exemplar que se revelou muito distraído e despegado o diestro procurou aplicar a lide possível recorrendo a Verónicas, sendo desarmado aquando de uma passagem pelo lado esquerdo. Tal como na primeira corrida da Feira, os bandarilheiros estiveram ineficazes na cravagem. Com a muleta, Cháves desenhou duas séries de bom nível, com alguma profundidade e temple, conseguindo agarrar o toiro, que se revelou de má índole quando toureado pela esquerda. O toureiro de Salamanca pisou os terrenos do toiro e demonstrou raça, mandando e templando frente a um toiro desprovido de nobreza. Com uma lide superior, Cháves teve o condão de tornar bom o que era mau.

O quarto da tarde, também para lide apeada, revelou-se melhor que o seu irmão de camada. O matador recebe-o com duas Largas de joelhos, ligadas a uma boa série de Verónicas, arrancando alguns “olés” das bancadas. Pela primeira vez, na feira deste ano, foram cravados mais do que um par de bandarilhas completo. Boa nota para o terceiro par deste segundo tércio. Com a muleta, este “Marco” JAF é recebido de joelhos seguindo-se duas séries de Derechazos bem desenhados. Tal como no seu primeiro, o toureiro pisa terrenos de compromisso, arriscando e trazendo ao de cima tudo o que o adversário tinha para dar. Faz tocar a Banda Sociedade de Instrução e Recreio dos Artistas. Obriga o toiro a humilhar, recorrendo a boa série de Naturais, revelando uma investida traiçoeira do animal, quando citado por este lado. A sua arte chega às bancadas agarrando assim o triunfo pretendido. Volta merecida.

Fazendo jus ao ditado, o 5º da tarde revelou-se como o melhor dos seis provenientes do Tentadero de Santo Antão. Tiago Pamplona decide, de forma acertada, não trocar de montada após a cravagem dos compridos. Inicia a segunda parte da lide com dois ferros traseiros, mercê de um mau cálculo da investida do seu oponente. Recorre a um violino, para depois rematar a lide com um bom ferro de palmo que faz agitar a assistência. Este produto da ganaderia de divisa verde rubra, mostrou que tinha mais para dar, ficando sensação que melhor lide poderia ter sido aplicada. O terceirense César Fonseca, que alinha nos Amadores de Moura, salta a trincheira para pegar à primeira, naquela que seria a pega da tarde. Com brio e galhardia, o forcado fecha-se e aguenta duro derrote, para depois ser bem ajudado pelo resto do grupo. Volta para cavaleiro e forcado.

O mais pesado da tarde, 500kg nº186, saiu em 6º lugar, proporcionado uma lide sem história ao mais novo membro da Dinastia da Torrinha. Após dois ferros compridos, João Jr. Crava dois curtos permitindo toques na montada na saída da sorte. Fazendo uso da imagem de marca de seu pai, crava dois violinos a este exemplar que se demonstrou distraído e com alguns raios de mansidão. O artista encerra a lide com dois ferros de palmo. Marco Sousa da Tertúlia Terceirense fecha-se bem à 3ª tentativa, com um animal que derrotava muito por alto. Nota negativa para a acção do primeiro ajuda aquando da segunda tentativa, tendo contribuído para a sua não consumação. Volta para o forcado.

Desta segunda corrida ficam as lides magistrais de Lopez Cháves, que sem sombra de dúvida foi o triunfador da tarde. Ambos os cavaleiros estiveram regulares sem darem no entanto profundidade artística às suas actuações. Quanto ao gado, esteve regular, notando-se alguma falta de força e de cara em alguns dos exemplares. De salientar o quinto da ordem de seu nome “Nato”, nº 181.
Bruno Bettencourt

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Sanjoaninas 2007 - "Espectacular Corrida Mista"


quinta-feira, 28 de junho de 2007

Forcados Terceirenses de regresso ao Campo Pequeno









No próximo dia 12 de Julho realizar-se-á no Campo Pequeno a "IX Grande Corrida TVI"". Esta corrida que será transmitida pelo referido canal de televisão conta com duas aliciantes. Como primeiro chamariz estará a confirmação da alternativa do rojoneador espanhol Leonardo Hernández (filho), presentemente entre nós, que será apadrinhado por João Moura (pai), tendo como testemunha João Salgueiro.
O outro aspecto da corrida que será alvo de atenção, em especial pela aficion terceirense, será o regresso do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense à Catedral do Toureio Equestre Mundial. Em competição com os terceirenses, capitaneados por Adalberto Belerique, estarão os Amadores de Vila Franca de Xira, que celebram as suas “Bodas de Diamante” e os Amadores de Alcochete, pela primeira vez capitaneados no Campo Pequeno pelo seu novo cabo, Vasco Pinto.
Serão lidados seis exemplares da ganadaria de Vinhas.
A par desta corrida, os Amadores Terceirenses pegam a 15 de Julho na 2ª Grande Corrida da Revista Ruedo Ibérico, em Moura. O cartel será aqui anunciado em data próxima.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

"Corrida de S. João" - 1ª corrida da Feira de 2007

Dia de S. João, 24 de Julho 18h30. Monumental Praça de Toiros Ilha Terceira, tarde calma, brisa persistente, céu nublado e praça cheia. Estava assim montado o cenário para a anunciada “Majestosa Corrida de S. João”, primeira corrida da Feira com o mesmo nome. O cartaz anunciava João Moura (filho) e Leonardo Hernandez (filho), na lide equestre, El Capea na lide apeada. Pegas a cargo do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense capitaneados por Adalberto Belerique. Toiros das ganaderias terceirenses Irmãos Toste (IT) e Rego Botelho (RB) (linha Jandilla). A balança acusou uma média 465kg. A dirigir a corrida Carlos João Ávila, assessorado pelo médico veterinário Dr. Vielmino Ventura.

João Moura (filho) saiu a lidar o primeiro da tarde, que ostentava o nº. 73 da casa IT, pesou 487kg e dava pelo nome de “Dançarino”. O cavaleiro cumpriu bem a sua função perante um oponente distraído, que veio crescendo ao longo da lide, sem no entanto demonstrar bravura plena. Após a série de ferros compridos, o cavaleiro troca de montada, vindo a cravar um primeiro curto algo traseiro, fruto de uma má medida da investida do toiro, que por vezes faltava no momento da reunião. Seguiram-se três ferros curtos ao estribo, que formaram uma boa série que foi rematada por um bom ferro de palmo, após primeira passagem em falso. Rija pega, à primeira, de João Pedro Ávila sem grandes dificuldades, dando assim início a uma boa exibição do grupo da Tertúlia.
A Leonardo Hernandez (filho) coube em sorte o “Pirata”, nº77, 455kg, IT. O toiro revelou-se mais cumpridor do que o anterior, no entanto não apresentava uma investida franca, não carregando no momento da cravagem. Após um primeiro ferro comprido de boa nota, o rejoneador espanhol cravou um segundo bastante recuado, como que fazendo antever o que se passaria aquando da cravagem dos curtos. Uma má compensação da, por vezes, branda investida do toiro, resultou numa série de três cravagens traseiras que culminaram num ferro de péssima execução cravado no pescoço deste segundo da tarde. Uma vez mais os forcados pegam à primeira numa boa pega em que as ajudas estiveram bem.
El Capea recebeu o Hechizo, nº446, 450kg, RB, com uma boa série de Verónicas à qual se seguiu um conjunto de Chicuelinas bem ligadas, vindo a rematar com uma Revolera. O segundo tércio foi marcado por um desastroso desempenho dos intervenientes. Não foi cravado um único par de bandarilhas completo. Este foi sem dúvida um dia mau para os subalternos. Com a muleta o diestro espanhol desenhou uma primeira série de Derechazos, permitindo assim uma melhor percepção do melhor piton do seu adversário. A uma segunda série, novamente com a mão direita, seguiu-se um conjuno de Naturais muito bem ligados. Talvez pela brisa que se fazia sentir na arena, Capea fez pouco uso da sua mão esquerda, optando por uma maior utilização da muleta armada com o estoque, conduzindo o hastado nem sempre da forma mais ortodoxa. A este Hechizo faltou a intervenção de um picador, facto flagrante pela aspereza e pouca fixação no início do terceiro tércio.
A segunda parte abriu com Moura (filho) a receber o toiro nº76, IT, que acusou 415kg (este não era o animal anunciado inicialmente, no entanto, segundo se conseguiu apurar, o nº74 da ganaderia do Cabo da Praia, que estava previsto, ter-se-á inutilizado nos curros antes do início da corrida). Este toiro, que apresentava uma pelagem capirote mosqueada, foi o melhor do lote que coube em sorte ao cavaleiro português. Após dois ferros compridos, o marialva troca de montada para dar início à segunda parte da lide onde mostrou claramente que queria triunfar. Embebendo o toiro na garupa da montada, deu uma volta completa à arena, interessando o oponente e trazendo ao de cima o que este tinha para dar. Pela forma como esteve nas bregas, João Moura mostrou que o toureio a cavalo não se resume à colocação do toiro e posterior cravagem dos ferros. Há que adequar a lide ao toiro e “sacudir” a (pouca) bravura que este tem dentro de si. Se assim o tentou melhor o fez, deixando um segundo ferro curto de muito boa estampa, fazendo esquecer o anterior e porteriormente o quarto, colocados de forma traseira. E como quem procura o triunfo tem que agarrar a assistência, Moura Filho troca novamente de cavalo e crava um violino de palmo que fez vibrar a praça, repetindo a dose de forma ainda mais eficiente e agarrando assim o público com as duas mãos. Uma vez mais a forcadagem esteve na mó de cima, Marco Fontes fechou-se à primeira tentativa numa pega sem dificuldades.
O toiro mais pesado da corrida, 515kg, nº68, Macaco, igualmente ostentanto divisa amerela e azul, tal como os restantes do lote que saiu para as lides a cavalo, saiu para Hernandez Filho. Com este exemplar, o toureiro espanhol complicou o que parecia fácil, desenrolando uma lide que foi decrescendo. Uma vez mais notou-se pouca intuição na medida da investida do toiro, daí resultando passagens em falso e ferros demasiado traseiros. Apesar das duas trocas de montadas efectuadas e à excepção de um primeiro ferro curto de boa imagem, Leonardo limitou-se a cumprir um guião que trazia ensaiado, limitou-se a “pescar” as cravagens, não tirando partido do toiro nem procurando aplicar-lhe uma lide adequada e precisa. Por menos do que isto outros não deram volta à arena, no entanto Hernandez deu volta perante um público algo permissivo a perante este gesto. Apesar de alguma insistência do público, não foi concedida música durante esta lide. José Vicente, dos Amadores Terceirenses, aguentou um duro derrote e fechou-se à primeira tentativa naquela que foi a pega da tarde, contribuindo para o sucesso da mesma a boas ajudas prestadas por parte do grupo.
O “Descoronado” (nº451, 470kg), que veio das pastagens da Caldeira, foi recebido com duas Largas de joelhos, junto às tábuas, por El Capea. Seguiu-se uma série de Verónicas muito bem desenhadas que apenas foram interrompidas por um pino efectuado pelo toiro, mercê da conformação das hastes. O segundo tércio iniciou-se da pior forma possível, em vez de se limitar a não cravar o par que lhe tinha sido incumbido, o bandarilheiro??? põe-se em fuga e ao mesmo tempo atira literalmente uma bandarilha, para cima do toiro, que viria a ficar cravada sobre a pá da mão direita, afectando visivelmente o animal nesse membro, ficando por momentos a sensação que o nº451 teria ficado inutilizado. O único par completo de bandarilhas foi cravado em seguida pelo terceirense Rogério Silva. Com a muleta, Capea foi desenhando sequências de Derechazos a seu belo prazer, notando-se que a força do animal, pelo lado direito, terá sido prejudicada pela acção do subalterno espanhol. No entanto este RB viria a recuperar durante a lide, trazendo ao de cima muito boas condições de toureio. Com séries de Naturais bem templados, o matador vai levando a sua intenção avante, armando novamente a flanela para deliciar os presentes com passes bem desenhados terminando com desplante em frente à cara do oponente.

Apesar de não se ver muita bravura durante a corrida, poder-se-á afirmar que os toiros de ambas as ganaderias cumpriram. Realce para o nº451 de divisa Azul e Branca, segundo do lote de El Capea. Nota positiva para João Moura, triunfador da tarde, pela entrega e competência. Nota negativa para Leonardo Hernandez que, perante o melhor lote de toiros, se demonstrou desprovido de querer e de saber. El Capea deixou boa imagem, proporcionando bons momentos de toureio e deixando vontade de repetição. Por último uma palavra para os homens das jaquetas enramadas, está demonstrado que a renovação do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense está a ser feita com jovens de muito valor, não defraudando as apostas que neles são feitas. Os quatro caras estiveram poderosos, assim como as primeiras ajudas. Demonstraram coesão e que são um grupo na verdadeira acepção da palavra.

Bruno Bettencourt

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Touradas à Corda para os próximos dias

24 de Junho

Sanjonaninas 2007
Portões de São Pedro - Alto das Covas
13H00 - Espera de Gado
Elizeu Gomes

25 de Junho

Sanjonaninas 2007
18H00 - Avenida dos Celeiros
Humberto Filipe

27 de Junho
Sanjonaninas 2007
Rua de São João
12H00 - Espera de Gado Infantil
Francisco Sousa

28 de Junho

Sanjonaninas 2007
18H00 - Porto das Pipas
João Cardoso Gaspar

FORCADOS - As origens

A CASA DA GUARDA

"Os peões de lança que até ao século XV, também acompanhavam os cavaleiros afim de lhes fornecerem as armas de lide e ajudá-los na mesma, alinhavam-se contra uma das barreiras ou paredes que formavam a arena. Se ameaçados, defendiam-se de arma em riste, com as pontas das lanças dirigidas, em conjunto, contra o atacante o que, muitas vezes, tinha o resultado funesto de abortar o espectáculo, por estropiarem irremediavelmente os touros.

Quando o Rei e a Corte assistiam às touradas, num dos cantos da praça, então de forma quadrangular, armava-se um palanque a que uma rampa que começava no próprio terreiro, dava acesso. Durante os séculos XVII e XVIII, a técnica militar de defesa colectiva utilizada pelos peões de lança, foi adoptada pelos alabardeiros que, colocados à entrada da rampa, impediam que o touro subisse e pusesse em perigo o Rei e os nobres que o acompanhavam.
Chamou-se a esta atitude casa da guarda. No reinado de D. Miguel, feita por cavaleiros fidalgos ou pessoas chegadas ao soberano pela distinção dos seus cargos.

De principio porém, nas touradas, tanto os monteiros das chocas como os mancornadores, como já foi dito, só eram utilizados para aumentar o séquito dos fidalgos, vestindo as librés dos lacaios o que, para estes homens, era uma frustração. Arranjavam compensação nas ferras. Também nas tentas (exercícios a que se sujeitam as reses, feitos em pequenos redondéis existentes nas herdades dos ganadeiros, para se estudar o seu grau de agressividade e qualidade de investida. Existe igualmente a tenta em campo aberto, iniciada pelo Conde de Vistahermosa em 1780, quando fundou a sua ganadaria) que, para seleccionar os exemplares mais bravos para as touradas, se começaram a fazer. Era a ocasião de aplicar as técnicas de mancornar que utilizavam nas ferras, em reses de maior envergadura que apareciam nas tentas. O que fazia crescer a sua auto estima e confiança, e lhes foi bastante útil quando a sua hora chegou.
Ora na casa da guarda a cargo dos alabardeiros, sucedia que as lâminas das alabardas, quando o touro investia, ainda os inutilizavam mais que as lanças dos peões de lança que estes tinham substituído. Havia pois que evitar tal massacre. Dando-se a circunstância de serem os monteiros das chocas mancornadores, homens habituados a lidar com gado bravo, houve quem se lembrasse deles para tomarem o lugar dos alabardeiros.

(..)Os animais que apareciam nas touradas eram diferentes dos que costumavam enfrentar. Eram mais corpulentos e com outra idade. Para minorar as dificuldades que estes apresentavam, introduziram alterações nas técnicas de mancornar que costumavam utilizar, afim de tornar mais exequível a sua actuação, que passou a ser conhecida por pegar touros à unha. Mais tarde, simplificando, por pegar e por pega. Também deixou de ser um acto isolado como é o mancornar.
A pega passou a ser feita pelos oito que formavam a casa da guarda. Ao primeiro que agarrava no bicho e que para isso se destacava do conjunto, passou a chamar-se pegador de caras ou cara. A seis dos outros, ajudas. Ao sétimo, rabejador. Os primeiros com a incumbência de ajudar o cara a manter-se nos cornos do touro até este se render. Ao que deram o nome de rabejador. o mais forte e mais pesado, competia agarrar o rabo do touro, procurando travá-lo, prejudicando-lhe a progressão, evitando assim que corresse com os colegas pendurados pela arena fora. Sendo igualmente, mais um factor dissuasivo da vontade do touro em reagir. Depois de feita a pega, é o ultimo a sair, a largar o touro, dando assim oportunidade aos seus companheiros de se resguardarem na trincheira. Quem dá a ordem para largarem o touro é o cara, por ser quem comanda a pega e está em mais difícil situação.

A pega surge no fim da lide do cavaleiro e após este ter abandonado a arena. Então os peões de brega que acompanharam o seu labor, tratam de preparar o touro para a actuação dos forcados. O Cabo (o elemento que chefia o grupo de forcados) vigia o trabalho do peão de brega e as condições do touro para a pega de caras. Designa em seguida o forcado que lhe parecer mais apto para a executar, indicando a posição que os outros, os ajudas, devem tomar. Certezas no comportamento do touro não há, embora nos nossos dias, com a subida de qualidade do gado bravo, a pega de caras passasse a ser mais correcta e técnica. (..) O então chamado touro da terra, criado a pasto que nessa altura abundava e há vontade, era normalmente incerto, defeituoso, com investidas violentas e irregulares. Daí os pegadores desse tempo formarem normalmente quase em leque, com o cara adiantado, por ignorarem para que lado se dirigiria o touro depois do primeiro derrote."
Fonte: Carlos P. Alves, “JAQUETA DE RAMAGENS” – “CHAUBET" 15/04/2006

Começa hoje a contagem decrescente!!


quarta-feira, 20 de junho de 2007

Dressage (2ª parte)

Nuno Oliveira foi reconhecido e aclamado em todo o mundo como o último grande Mestre da Equitação Clássica. Dizia-se que ele personificava a passagem duma era: uma idade de ouro da equitação académica e artística que começou com De la Gueriniére e que no século IXX teve como expoente máximo François Baucher, que era quem ele mais admirava.
Nuno de Oliveira não era apenas um grande instrutor, cavaleiro e treinador, era também uma pessoa extraordinária. Verdadeiramente excepcional no que à equitação dizia respeito era altamente considerado no nosso país e foi duas vezes condecorado pelo Governo Português. Era também aceite e reconhecido por Chefes de Estado, políticos e diplomatas em todo o mundo.

Por puro talento, total autodisciplina e genuíno amor pelos cavalos, juntamente com uma compreensão e visão do seu potencial, Nuno de Oliveira atingiu a excelência.

Era difícil imaginar Nuno de Oliveira sem ser a cavalo. Apesar da passagem dos anos, Mestre Nuno nunca alterou a sua rotina espartana de trabalho. O seu dia começava com os cavalos novos às 05H30 da manhã; depois seguiam-se infindáveis lições com alunos internos e estrangeiros com as correspondentes sessões de ensino concentrado. Ao anoitecer tinha concluído mais trabalho do que a maior parte das pessoas consegue executar durante uma semana. No entanto, depois de tudo isto, com um copo de whisky e o inevitável cigarro, o Mestre ainda tinha tempo para conversar e discutir o seu trabalho com extremo encanto e cortesia.

A cavalo, Nuno de Oliveira, apresentava uma inconfundível silhueta que lhe era muito própria. Nas suas lições falava de "um dorso superior alargado" com o assento absolutamente em bloco único com o cavalo. A sua cabeça posicionava-se duma maneira ligeiramente inclinada, como se penetrasse na parte de trás do cérebro do cavalo com o seu intenso, quase pensativo olhar - no entanto os alunos eram aconselhados a não o imitarem.

Com uma majestosa presença, ele parecia elevar-se acima da sela como um rochedo, orgulhoso, sólido e principalmente tranquilo. Desmontado, esperava-se ser confrontado pela força física de um homem muito grande e era quase um choque quando uma bem delineada e artística mão morena nos era estendida por uma figura alta, mas relativamente magra e seca.
A leveza nas mãos era constantemente repetida pela leveza das pernas, e a única concessão que o Mestre fazia à força visível era a da linha arqueada das suas costas e do proeminente peito de cavaleiro clássico.
A gentileza era usada sem restrições com todos os seus cavalos e frequentemente, especialmente se merecida, com os seus alunos que ele tratava como fiéis amigos. O alheamento estava muitas vezes presente durante os períodos de instrução ou quando se entregava a reminiscências. O olhar frio podia surgir rápido, quando, estando a dar lições era interrompido por comentários intempestivos e em voz alta por ocasionais visitantes, ou numa discussão sobre contacto. Isto pode talvez ser melhor resumido pela citação seguinte do livro do Mestre ‘Reflexões da Arte Equestre’. "Eu não consigo controlar a minha raiva quando oiço dizer que o cavalo deve ser permanentemente pressionado contra o ferro".

Nuno de Oliveira não era, nem condescendente nem superior, e encorajava a humildade. Gostava de falar da sua vida e dos seus cavalos com todos os seus triunfos e ocasionais desilusões. E acima de tudo, ele era na verdade um admirador do papel de "écuyer", como aliás enfatizou no livro "Princípios Clássicos da Arte de Treinar Cavalos". O verdadeiro "écuyer" não deve nunca, escreve ele, ter "a estupidez dum complexo de superioridade" ou "a vaidade de se julgar um génio".

Para o Mestre, o conceito de praticar e ensinar a equitação clássica deve ser baseado em leveza, liberdade, beleza e harmonia. "O cavaleiro que constantemente segura o seu cavalo com um forte contacto não pode nunca progredir; só o cavaleiro que sabe como trabalhar o seu cavalo em liberdade descobrirá a arte de montar."

Falava da sua crença em Deus e de que para ele a coisa mais importante era ajudar as pessoas. "Se temos um talento também temos um dever. O meu dever na vida é mostrar às pessoas e ensiná-las a montar cavalos como Deus quer."

Para quem visse os cavalos novos de Nuno de Oliveira trabalhando na sua escola para ele, a diferença entre os seus métodos e tantos outros métodos que estavam em moda na Europa, tornava-se inequivocamente clara.
Em primeiro lugar, os seus cavalos eram suaves e lindamente equilibrados. Trabalhados primeiro à guia, e depois montados com uma ligeira concentração através de exercícios cuidadosamente desenhados em circulo, depressa aprendiam a suavidade e o arredondamento. Este trabalho assegurava que os curvilhões ficassem suficientemente por debaixo deles para produzirem um excelente alongamento em linha recta quando necessário. No entanto durante esta primeira fase de treino, Nuno de Oliveira era cuidadoso e não pedia muita extensão. "Isto prejudicaria mais tarde a capacidade de ginástica do cavalo se for exigida demasiado cedo" explicava ele.

"O nosso objectivo é fazer o cavalo redondo, depois ele pode transportar-nos confortavelmente e aprender a ser ginasticado. Não se pode esperar que um cavalo seja atlético se constantemente o derrearmos".

Dentro deste trabalho de reunião, grande importância era dada em deixar o cavalo descontrair com uma rédea longa entre exercícios, e recompensá-lo com elogios e ocasionais recompensas. Nuno de Oliveira era muito rigoroso no trabalho a direito e consistentemente examinava os cavalos e alunos pedindo-lhes que seguissem pela linha do centro depois de trabalharem em círculo ou em movimentos laterais.

Paragens bem executadas e o recuar sem restrições eram também muito importantes. Nuno de Oliveira gostava de todos os cavalos, mas tinha preferências óbvias... "Amo o meu País e amo o nosso Lusitano", dizia com um sorriso. "Ele tem o mais gentil temperamento do mundo e é o mais bem equilibrado. Torna simples o trabalho do cavaleiro porque aceita melhor as mãos e pernas. Mas também gosto do Puro Sangue Inglês. É um cavalo maravilhoso, uma criatura de grande vivacidade, brilho e beleza. Talvez entre todos, o mais brilhante para dressage, se se encontrar um bom. Mas tem que ser mesmo muito bom. Não do tipo errado, com uma garupa fraca e um pescoço invertido, mas bem inserido no corpo. "Por implicação, lamentava a moda dessa época, no mundo de dressage, dos grandes meio sangues europeus. "Eles não são sensíveis ou fogosos como os puro sangue, nem são doces e prestáveis como os lusitanos. São grandes máquinas, excelentes no seu trabalho, eficientes como poder motorizado. Usam a força e as pessoas montam-nos com força. E isso é triste, não há arte nisso. A arte não pode nunca ser forçada."Os alemães criaram o aspecto desportivo da dressage que tem sido seguido pelas outras nações do mundo para se encaixar convenientemente no molde competitivo dos Jogos Olímpicos. "Os alemães são altamente organizados", admitia Nuno de Oliveira "não fizeram somente o desporto ser o que é, mas controlam-no, vivem para ele e trabalham para ele. São extremamente dedicados, temos de o reconhecer."

Entre os cavaleiros de competição internacional de dressage, do seu tempo, segundo dizia, admirava "Schultheis, provavelmente o melhor, e Klimke obviamente também muito bom." Acrescentava. "A maneira de pensar dos juizes devia ser alterada. Como podemos ter juizes julgando em provas de nível Grand Prix que nunca, eles próprios, montaram a este nível? Nunca esquecerei uma das minhas alunas na Bélgica que me mostrou a sua folha da prova depois de não ter conseguido atingir uma boa pontuação numa competição de dressage. O comentário subscrito era: "Não cruza atrás!!!"

"Se queremos influenciar o mundo, temos de mostrar ao mundo a arte de montar. Exponham beleza! Façam as pessoas sentarem-se e notarem. O público não é parvo, eles sabem reconhecer quando vêm qualquer coisa que brilhe."Com o Mestre Nuno e o seu filho João para ilustrar essa arte na sua quinta em Portugal os sonhos pareciam ser de fácil alcance. Faziam tudo o que podiam para espalhar os seus métodos e os seus ideais de perfeição. Centenas de alunos desde a Suíça até à Suazilândia, faziam a peregrinação até à colina onde se situa a sua quinta, todos os anos, e ganhavam o privilégio de montar os seus garanhões de alta escola.
Profundamente devotado aos seus alunos de todo o mundo, o Mestre nunca os desapontaria faltando à sua longa lista de compromissos. À pergunta, quem o substituirá um dia? Quem sabe o suficiente para transmitir no futuro, esta arte? Nuno de Oliveira contava com o seu filho João, que, segundo dizia. "Sabe mais do que qualquer outra pessoa. Há também os meus alunos espalhados por esse mundo e a minha nora, Sue Cromarty Oliveira, na Bélgica. Há muita gente a conhecer os meus métodos, e há também os meus livros."De facto, os livros do Mestre Nuno de Oliveira são o grande legado que ele deixou ao mundo equestre.

O que é que distingue este grande senhor, de todos os outros cavaleiros seus contemporâneos?Teria sido porque deu aos seus cavalos, neste século de rápidos resultados e instantâneos sucessos, um nível de ensino nunca atingido por outros?

Teria sido puramente a sua presença magnética e o toque especial que dava aos seus cavalos?Teria sido a sua abordagem artística e o que parecia ser a herança das antigas coudelarias reais investida num só homem?

Ou era a sua retentiva e investigadora mente que lhe permitia não apenas tirar partido das suas experiências mas também aprender a partir delas antes de começar a trabalhar com cada novo cavalo?

É difícil dizer.

Talvez a combinação de todas estas qualidades e acima de tudo a sua capacidade de sentir, o que fazia dele um ser à parte.

Sentir o que está certo para cada indivíduo no tempo e lugar certo - é um raro dom em qualquer esfera - muito especialmente com cavalos e cavaleiros.

Fonte: Loch, S. - Nuno de Oliveira, o Mestre - Um Génio entre Cavaleiros

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Touradas à Corda para os próximos dias

16 de Junho

Vila das Lajes
Humberto Filipe

Largo da Boa Hora
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Cinco Ribeiras
Humberto Filipe

Caminho Velho - Feteira
Humberto Filipe

17 de Junho

Vila das Lajes
Humberto Filipe

Corpo Santo
Casa Agrícola José Albino Fernandes

Doze Ribeiras
Humberto Filipe

18 de Junho

Largo da Boa Hora
Casa Agrícola José Albino Fernandes
Humberto Filipe

19 de Junho

Vila Nova
Casa Agrícola José Albino Fernandes

FESTA NA ILHA - mais um número já nas bancas


Editada pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense, a Revista Festa na Ilha tem já disponível, para os aficionados e não só, mais um número. Este número 11 não foge à regra das últimas edições, e traz como título “Sanjoaninas 2007 – A Feira da Renovação”, fazendo assim referência às figuras de Cartaz da Feira de São João 2007. Esta revista, que tem sido alvo de coleccionismo, conta com artigos de opinião, crónicas, entrevistas e muitos outros assuntos referentes à Festa Brava Açoriana. Mais um exemplar de consulta obrigatória e a juntar à colecção!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Dressage

Poder-se-á dizer que a Dressage teve a sua origem há milhares de anos, quando o homem começou a utilizar o cavalo, uma vez que a palavra Dressage deriva d o verbo francês "dresser", que significa "adestrar". Mas a arte da equitação sofreu uma grande evolução há cerca de 2400 anos, com os gregos. Com efeito, Simão de Atenas e Plinius, escreveram sobre equitação e, embora ambos os escritos tenham desaparecido, Xenofonte, outro equitador grego da antiguidade, presumivelmente nascido no ano de 430a.c., refere-se a eles nas suas obras, os mais antigos tratados de equitação conhecidos.

Os antigos gregos foram os primeiros a preocuparem-se com o ensino dos seus cavalos na preparação para a guerra. Era esta a cultura que acreditava que nada podia ser obtido correcta e harmoniosamente sem a restrita obediência às leis do universo, sujeitando o cavalo alegremente e com orgulho à vontade do cavaleiro, sem qualquer prejuízo para os seus andamentos naturais. Não usavam arreio de dorso ou estribos, mas os historiadores estão convencidos que usaram bridão articulado.
Os homens de Xenofonte, em combate, montavam garanhões por estes demonstrarem serem mais corajosos e de maior aptidão para as piruetas, para saltar, para voltar, e para se deslocarem sobre movimentos laterais.
Xenofonte não aprovava a colocação em sela adoptada pelas tribos nómadas da Ásia, tendo, no entanto, sofrido influência de várias culturas, pelo facto de, dado o tempo que permaneceu em combate, ter tido contacto com muitos estilos de monte. Extraordinariamente, muito do que Xenofonte escreveu, mantém-se actualizado.
Os romanos conquistaram a Grécia em 146a.c., e herdaram muito do seu amor pela beleza estética e simetria, demonstrados na cerâmica, mosaicos, estátuas equestres, pontes e aquedutos. Infelizmente, nada que tenha sido publicado, que referencie com exactidão os antigos equitadores romanos, chegou aos nossos dias. No entanto, sabe-se que inicialmente apenas utilizavam o cavalo para tracção, e que depois de os soldados apeados terem sido seriamente derrotados pelos cartagineses, montados em cavalos ibéricos, e pelos exércitos de Anibal, montados em cavalos norte africanos, adoptaram o estilo de combate Ibérico, tendo a transição da infantaria para cavalaria sido obtida com um enorme sucesso, pela mão dos principais percursores: o general romano Cipião (202a.c.) e o imperador romano Marco Aurélio (161-180 a.c.).

A forma de combate Celtibérica adoptada pelos romanos, incluía o uso de cavalos similares montados com freio e barbela e armamento ligeiro. Assim como os gregos, utilizaram uma colocação em sela bastante clássica, procurando uma boa ligação ao movimento do cavalo bem sentado sobre os curvilhões. É interessante notar que os grandes mestres do nosso tempo, ainda se referem à escola romana como referência a uma elevada concentração e ágil forma de montar, baseada na ligeireza.

O ensino clássico passou por um grande interregno quando os romanos caíram nas mãos dos bárbaros em 410d.c.. Durante os anos negros da Idade Média, os europeus procuraram utilizar cavalos de grande massa, frios e compactos, transportando pesado armamento, na procura de supremacia. Foi usada toda e qualquer tipo de embocadura imaginável, que aumentasse o controlo sobre o cavalo. Naturalmente, a manoberalidade do cavalo foi perdida, e não havia tempo para ensinar adequadamente os cavalos.
Apesar das invasões dos cavaleiros árabes e da subsequente ocupação de Espanha e de Portugal, a influência da escola romana nestas regiões, permaneceu intacta. Os conflitos, que duraram cerca de sete séculos, não afectaram a monte à gineta (tronco direito, joelhos dobrados, e uma posição em equilíbrio), que é hoje adoptada nas modernas pistas de Dressage.
A mais notável influência da escola romana na Península Ibérica é a tradição das corridas de toiros, e o ensino de alta escola demonstrado pelos cavalos na arena das praças de toiros.

O período renascentista, originado em Itália e expandido por toda a Europa, devolveu ao ensino o seu merecido valor. Com a introdução das armas de fogo ligeiras, os chefes de cavalaria tiveram que repensar a forma de conseguir uma eficaz aproximação ao inimigo. Em 1502 os espanhóis, ao invadirem toda a região de Nápoles, Sicília e Sardenha, levaram consigo os seus cavalos e, cerca de cinquenta anos depois, o cavalo napolitano tornou-se mais leve, agradável, e mais dócil.

Com a influência dos espanhóis, veio também a monte à gineta. Assim, em detrimento de outras raças, foram preferidos os cavalos espanhóis, berberes e lusitanos, pela sua habilidade para os ares altos. O piaffer proporcionava as condições ideais de impulsão para um arranque repentino; a levada, uma paragem de elevada concentração, em equilíbrio sobre os posteriores, para voltar ao chão com um golpe de sabre, ou o disparo de uma pistola, ou ainda como táctica de evasão; a pirueta podia ser usada para voltar contra o inimigo ou para fugir dele; a curveta , que projecta o cavalo bem alto no ar, podia facilmente dispersar a tropa apeada; a capriola, um enorme salto gigante para o ar, seguido de uma distensão enérgica dos posteriores, era uma forma eficaz de escapar às frentes compactas da infantaria. As passagens de mão eram de absoluta necessidade para garantir a mobilidade e o equilíbrio do cavalo no campo de batalha. A escola romana tinha completado o círculo, e estava de volta a casa.
Nessa época, Frederico Grisone , um nobre Napolitano, estudou os ensinamentos de Xenofonte e nele se baseou bastante para a elaboração dos seus escritos. Em 1532 cria, em Nápoles, aquela que se considera ser a primeira academia equestre civil. No entanto, usou a força para sujeitar o cavalo, e inventou muitas embocaduras severas para pôr os seus princípios em prática.

A Grisone sucede Pignatelli na direcção da Academia de Nápoles, o qual teve diversos alunos de renome, tais como Pluvinel , La Brove e Sto. Antoine , em França, Vargas em Espanha, e Lohneysen na Alemanha.Felizmente para todos os cavalos (e cavaleiros), os métodos cruéis de Grisone e dos seus pupilos foram ultrapassados pelos ensinamentos de Pluvinel. Foi Pluvinel (1555-1620) que defendia, no seu livro 'Manege du Roi', que cada cavalo era um caso, e que o seu ensino deveria ser mais humano. O seu livro foi inicialmente ridicularizado, mas após algum tempo, os seus princípios acabaram por ser adoptados por muitos.
Entretanto, no início do século XVIII a equitação era quase exclusivamente influenciada pelos franceses. A Escola de Versalhes foi o nome dado à equitação da Corte Francesa, promovida, em todo o seu esplendor, por Luís XIV. Durante o seu reinado, os seus mestres, conhecidos como “ecuyers”, publicaram grandes obras. De todos esses mestres, o mais notável foi Francois Robichon de La Gueriniere (1688-1751), cuja obra “Ecole de Cavalerie”, foi publicada em 1729.No seu livro, La Gueriniere preconizava o uso da espádua-a-dentro na linha direita, como forma de levar o cavalo a fazer a abdução da perna de dentro, e o uso da meia-paragem com a elevação e cedência da mão do cavaleiro, por forma a conseguir o aliviar do ante-mão do cavalo e manter a boca do cavalo em constante descontracção.Foi o primeiro livro de fácil leitura, tornando acessíveis os princípios e os ensinamentos para qualquer cavaleiro. Os seus ensinamentos são a base fundamental para aquilo que é hoje a equitação clássica, e são aplicados, sem alterações, na Escola Espanhola de Viena, devido à influência de Max Ritter von Weyrother , equitador chefe da Escola no princípio do Século XIX.
Um contemporâneo de La Gueriniere, o inglês William Cavendish , Duke de Newcastle (1592-1676), contribuiu para o desenvolvimento da equitação clássica no seu país, executando uma equitação de elevada concentração, tanto dentro do picadeiro, como no exterior.
O lugar de “ecuyer en chef” da Escola de Cavalaria de Saummur, fundada em 1771, era bastante cobiçado, e a principal causa de conflitos e divergências entre o Conde D'Aure e Francois Baucher. A posição foi concedida ao Conde d'Aure (1799-1863), o primeiro a preconizar o trote médio e largo, o salto, e outros trabalhos de Dressage no exterior. A filosofia de Baucher era a de uma equitação de maior concentração, como a da Escola de Versailles, e mais virada para a alta escola demonstrada no circo. Escreveu diversos livros influentes sobre equitação, e foi o mentor das “passagens de mão a tempo”.É Interessante o facto de James Fillis , um aprendiz inglês de um dos alunos de Baucher, que também se dedicou ao circo, ter ambicionado o mesmo cobiçado lugar em Saummur, e o mesmo ter-lhe sido recusado. Tanto Baucher como James Fillis, foram ainda autores dos mais artificiais andamentos, tais como o “ galope retrógrado”, o “passo espanhol” e o “galope sobre 3 membros”. Os seus seguidores eram cativados pelas suas actuações, e muitos tentaram aplicar os seus métodos nos seus cavalos militares. A influência dos dois ainda persiste nos dias de hoje em algumas escolas de equitação europeias que ensinam estes exercícios.Durante a sua estadia na Rússia, James Fillis impressionou de tal forma o Grand Duke Nicholas, que lhe foi oferecido uma cargo para instruir a Cavalaria Russa, o que provavelmente contribuiu largamente para o sucesso dos Russos nos Jogos Olímpicos dos anos sessenta.
Infelizmente, para os franceses praticamente tudo se perdeu aquando da revolução francesa. De qualquer forma, as várias Cortes e Academias de Equitação europeias sofreram diversas influências dos mestres daquele tempo, como Baucher e Plinzner na Alemanha, que dava ênfase à encurvação dos seus cavalos.
A forte herança clássica da Escola germânica estava intrinsecamente ligada à da Áustria e da Hungria, uma vez que foram regidos pela mesma Coroa Imperial. A Alemanha esteve sob convulsão política durante a Guerra dos Trinta Anos (1618-48), e a necessidade de um cavalo superior para o combate inspirou os alemães a usar mais sangue quente no seu processo de selecção. No final do Século XVIII, os alemães decidiram que os requisitos do cavalo de Guerra eram os seguintes: velocidade, para as cargas a galope; obediência, para a concentração e agilidade no combate individual frente-a-frente; e segurança no galope sobre o terreno variado. Foi este compromisso com as necessidades da equitação para a guerra, que fez com que os alemães, influenciados por Gustave Steinbrecht (1808-1885), desenvolvessem uma bem organizada e sistemática abordagem da equitação, à qual se deve o seu enorme sucesso competitivo nas pistas de Dressage nos dias de hoje.

No início do Século XX, as chefias militares chegaram à conclusão ser necessário adoptar um novo método de equitação de exterior por forma a instruir um grande número de novos cavaleiros e cavalos, pois o ensino clássico consumia muito tempo. A solução surgiu com o Oficial italiano Frederico Caprilli (1868-1907), que demonstrou ser vantajoso encurtar os estribos e avançar o tronco, aliviando o peso do assento sobre o arreio. Criou-se uma grande confusão nos países de língua inglesa, tendo sido a Inglaterra e a Irlanda os últimos dois países a aceitar esta monte, dada a grande paixão que nutriam pela caça e pelas corridas, nas quais era utilizada ainda uma monte de assento recuado.

Na história moderna, o desenvolvimento da Dressage e do concurso completo de equitação ficou a dever-se, não só à necessidade que a cavalaria teve, de levar os seus cavalos a percorrerem grandes distâncias em circunstâncias adversas, e ainda utilizarem-nos em cerimónias militares, mas também ao facto de os carros terem deixado de ser puxados por cavalos, e os carros de combate terem substituído os cavalos, o que levou a substanciais desenvolvimentos dos eventos equestres.

O Salto de Obstáculos foi a primeira modalidade a ser incluída nos Jogos Olímpicos, em Paris, em 1900. Em 1906, no Comité Olímpico Internacional (IOC) em Atenas, o Conde Clarence von Rosen, “Master of the Horse” do Rei da Suécia, sob as orientações do Presidente do IOC, Pierre De Coubertin, propôs formalmente que se incluíssem as três disciplinas equestres nos Jogos Olímpicos. O IOC aceitou a proposta de Rosen, mas só 12 anos depois, em 1912, nos Jogos Olímpicos Estocolmo, a Dressage e o Concurso Completo de Equitação foram incluídos. Desde então, estas três disciplinas fizeram parte dos Jogos Olímpicos, sofrendo algumas modificações. As reprises das provas de então consistiam em transições de andamentos concentrados e alargamentos, recuar, voltar sobre o post-mão, quatro passagens de mão sobre uma linha direita, e saltar cinco pequenos obstáculos, um dos quais era um barril a rolar em direcção ao cavalo. Em 1932 foi introduzida, nos Jogos Olímpicos, a pista de 20X60 metros com letras a servirem de marcas.

É de mencionar que até 1952, só cavaleiros masculinos, Oficiais de Cavalaria, participavam nos Jogos Olímpicos. A partir de 1952, por decisão do IOC, estas restrições foram levantadas e foi dada a oportunidade de participação, tanto a cavaleiros civis como a mulheres, sujeitos às mesmas regras e critérios de avaliação.

A primeira participação olímpica portuguesa em Dressage deu-se nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948, e contou com a participação de Fernando Pais com Matamás, Francisco Valadas com Feitiço (cavalo que participaria em mais dois Jogos Olímpicos), e Luís Mena e Silva com Fascinante, tendo sido obtida a classificação de 10º, 11º e 15º lugares respectivamente, e a medalha de bronze por equipas.
A Federação Equestre Internacional (FEI), fundada em 1921, é o órgão regulador do desporto equestre, constituída por 135 países membros.

A arte da Dressage é muitas vezes comparada com o ballet. Como desporto de competição, desafia o cavalo e cavaleiro a procurar um elevado nível de precisão e harmonia. Ambos executam exercícios em todos os andamentos, amplitudes de passada, e níveis de concentração. Estes exercícios requerem um enorme esforço e energia. O objectivo é o desenvolvimento harmonioso das capacidades físicas do cavalo, resultando num cavalo calmo, confiante, suple e flexível longitudinal e lateralmente. O cavalo tem que estar em perfeita confiança e entendimento com o cavaleiro.

A competição desenrola-se numa pista de 20 x 60 metros, com 12 letras a marcar pontos específicos ao longo da vedação, indicando o local preciso no qual o cavalo inicia ou termina um determinado exercício. Quanto mais finura tiver o cavaleiro, mais discretas serão as ajudas transmitidas ao cavalo. Alguns cavaleiros parecem estar em telepatia com o cavalo. A classificação final é dada em percentagem, e o cavalo com a maior percentagem será o vencedor. Um a cinco Juizes avaliam o desempenho do conjunto. As pontuações vão de zero, se o exercício não for executado, a 10 se o exercício for executado de forma excelente. Alguns exercícios são multiplicados por factores de 2, 4, ou 6. Os Juizes também dão notas às chamadas “notas de conjunto” para os andamentos, impulsão, submissão e posição do cavaleiro. Estas notas, geralmente são baseadas na impressão geral da execução da reprise.
No entanto, seria interessante, para os actuais cavaleiros de Dressage, reflectir sobre o facto de que Alois Podhajsky e Nuno de Oliveira, dois grandes mestres do Século XX, terem estado profundamente preocupados com a possibilidade de a estrutura das reprises para a competição, o sistema subjectivo de julgamento das provas, e a pressão sobre a o rigor das notas, relevasse para segundo plano a ARTE, no seu sentido mais clássico.

As importantes vozes de Xenofonte, La Gueriniere, e Baucher e tantos outros ecoam por 2500 anos de experiência e arte, como única forma de atingir a ligeireza, o equilíbrio, e a harmonia, para progredir metódica e humanamente, e manter o cavalo alegre e orgulhoso do seu trabalho.

Bibliografia:
- Sylvia Loch, Adaptação de Leslie A. Neumann: DRESSAGE, THE ART OF CLASSICAL RIDING. 1990. North Pomfret , Vermont , Trafalgar Square Publishing.
- Horse Previews Magazine website. Posted on 4/2/98
- VIRTUALLY HORSES. Dressage – The history of Classical Riding

Maneio de Gado no Campo - Casa Agrícola José Albino Fernandes

segunda-feira, 4 de junho de 2007

FEIRA AÇORES 2007

No próximo dia 6 de Julho, pelas 15 horas, a Feira Açores 2007 tem a sua Abertura Oficial na Vinha Brava, em Angra do Heroísmo. O certame, que este ano promete ser o maior de sempre, conta com 150 expositores. Apesar da "abertura de portas" ocorrer apenas na próxima Quarta-Feira, hoje já decorrerão algumas actividades ligadas ao evento, como se pode constatar no programa abaixo.

Segunda- Feira, 4 de Junho
18h30 - Prova Oficial do Concurso de Queijos Açorianos.
Local: Clube Musical de Angra do Heroísmo- Vinha Brava.

Terça-Feira, 5 de Junho
15h00 - Estágio da Selecção Regional de Dressage - Associação Regional do Desporto Equestre dos Açores.
Local: Picadeiro ao ar livre.
19h00 - Estágio para Monitores de Equitação - Associação Regional Desporto Equestre dos Açores.
Local: Picadeiro ao ar livre.

Quarta- Feira 6 de Junho
8h00 - 13h00 - Entrada de Equinos Fêmeas.
9h00 - 13h00 - Entrada de Bovinos, Holstein Frísia (Gado Alfeiro), Ramo Grande e Bovinos de aptidão de carne.
10h00 - 12h00 - Entrada de Caprinos.
14h00 - Assinatura de Protocolo entre a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas e a Universidade dos Açores, com a presença de Sª. Ex.ª O Secretário Regional da Agricultura e Florestas e de Sª. Ex.ª O Magnífico Reitor da Universidade dos Açores.
Local: Pavilhão da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
15h00 - Abertura Oficial.
15h30 - Estágio da Selecção Regional de Dressage - Associação Regional Desporto Equestre dos Açores.
Local: Picadeiro ao ar livre.
15h30 - Entrega do Certificado das Normas ISO (Projecto Germobanco).
Local: Pavilhão da SRAF.
16h30 - Concurso de Hortoflorifruticultura, Produtos Biológicos e Doçaria.
Entrega de Troféus.
Local: Pavilhão da SRAF.
18h00 - Tourada à Corda com toiros das Ganaderias: Rego Botelho; Casa Agrícola José Albino Fernandes; Herdeiros de Ezequiel Rodrigues; Humberto Filipe, com animação do Grupo Folclórico da Casa do Povo de São Sebastião e da Escola do Jogo do Pau da Casa do Povo das Quatro Ribeiras.
Local: Vinha Brava, junto ao recinto da Feira.
19h00 - Estágio para Monitores de Equitação - Associação Regional Desporto Equestre dos Açores.
Local: Picadeiro ao ar livre.
20h30 - Actuação da Banda da Sociedade Filarmónica Recreativa Musical União Sebatianense.
Local: Coreto da Feira.
21h30 - Bailinho de Carnaval “Memórias do Séc. Passado”- Cabo da Praia.
Local: Palco da Feira.
22h30 - Actuação do Grupo “Ciganos de Ouro”.
Local: Palco da Feira.
00h30 - “Professor Xavier” do Curto-circuito.
Local: Palco da Feira.
02h00 - Fecho da Feira.
Quinta–Feira, 7 de Junho
10h00 - Abertura
10h00 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
10h30 - Concurso de Modelo e Andamentos de Equinos – Fêmeas.
Local: Picadeiro Coberto.
10h30 - Animação Infantil e insufláveis para crianças.
Local: Parque Infantil
10h30 - Concurso de Arranjos Florais.
Entrega de troféus.
Local: Pavilhão da SRAF.
11h00 - Concurso de Méis.
Entrega de troféus.
Local: Pavilhão da SRAF.
14h30 - Assinatura de Protocolo entre a DRDA/SRAF e a DGV/MADRP que institucionaliza o Registo Zootécnico da Raça Bovina “Brava dos Açores”, seguido da apresentação do “Projecto Gado Bravo”.
Local: Pavilhão da SRAF.
14h45 - Concurso de Queijos Açorianos das Categorias- Queijo de São Jorge e Queijo Ilha.
Local: Pavilhão da SRAF.
15h00 - Estágio da Selecção Regional de Dressage - Associação Regional Desporto Equestre dos Açores.
Local: Picadeiro ao ar livre.
15h00 - Mostra de vinhos no Stand da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores.
15h00 - Concurso Canino.
Entrega de troféus.
Local: Picadeiro coberto.
15h00 - Animação da Feira durante o período da tarde pelo Grupo “Kumpania Algazarra”.
19h00 - Estágio para Monitores de Equitação - Associação Regional Desporto Equestre dos Açores.
Local: Picadeiro ao ar livre.
19h30 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
20h30 - Actuação da Banda da Sociedade Filarmónica Recreio dos Lavradores da Ribeirinha.
Local: Coreto da Feira.
21h30 - Bailinho de Carnaval “O Mundo dos Pinóquios”- Agualva.
Local: Palco da Feira.
22h30 - Actuação do Grupo “Kumpania Algazarra”.
Local: Palco da Feira.
00h30 - Fecho da Feira.
Sexta- feira 8 de Junho
7h30-12h00 - Saída de Equinos Fêmeas e Entrada de Equinos Machos.
10h00 - Abertura
10h00 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
10h30 - Animação Infantil e insufláveis para crianças.
Local: Parque Infantil
10h30 - Passeios de charrete para crianças.
10h30 - Visita das Escolas da Ilha Terceira.
10h45 - Desfile Etnográfico Infantil.
10h45 - Assinatura de Protocolo entre a DRDA/SRAF, a DGV/MADRP e a FAA para a instituição em Portugal do Livro Genealógico da Raça Bovina “Angus”.
Local: Pavilhão da SRAF.
11h00 - Volteio para crianças no Picadeiro Coberto – Centro Equestre o Ilhéu.
14h30 - Avaliação para inscrição no Livro de Adultos de Equinos do Puro Sangue Lusitano.
Local: Picadeiro ao ar livre.
15h00 - Apresentação do “Manual de Boas Práticas Sanitárias”.
Local: Pavilhão da SRAF.
15h00 - Mostra de Vinhos no Stand da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores.
15h30 - Concurso de Queijos Açorianos das Categorias- Flamengo Prato, Bola e Barra.
Local: Pavilhão da SRAF.
16h00 - Provas de adaptação da Taça Açores de Dressage e critérios de cavalos novos.
Local: Picadeiro ao ar livre.
16h30 - Concurso de Caprinos.
Entrega de troféus.
Local: Picadeiro coberto.
16h30 - Animação da Feira durante o período da tarde pelo Grupo “Só Forró”.
17h00 - Demonstração de Arte Floral.
Local: Pavilhão da SRAF.
17h30 - Provas de Adaptação de Campeonato Regional de Dressage.
Local: Picadeiro ao ar livre.
19h30 - Concurso Júnior de Bovinos Leiteiros- Vitelas da Raça Holstein Frísia, apresentado por crianças até aos 14 anos de idade.
Entrega de Prémios e Troféus.
Local: Picadeiro Coberto.
19h30 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
20h30 - Demonstração de Arte Floral.
Local: Pavilhão da SRAF.
21h30 - Desfile de Moda - Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo.
Local: Palco da Feira.
23h00 - Actuação da Cantora “Mónica Sintra”.
Local: Palco da Feira.
00h30 - Dj Jay Dee.
Local: Palco da Feira
02h00 - Fecho da Feira.
Sábado, 9 de Junho
10h00-13h00 - Entrada de Bovinos Leiteiros.
10h00 - Abertura
10h00 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
10h30 - Concurso de Modelo e Andamentos de Equinos – Machos.
Local: Picadeiro Coberto.
13h30 - Animação Infantil e insufláveis para crianças.
Local: Parque Infantil
14h00 - Demonstração da Preparação de Bovinos Leiteiros para Concurso.
Local: Picadeiro Coberto.
15h00 - Mostra de Vinhos no Stand da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores.
15h30 - Concurso de Queijos Açorianos das Categorias- Queijo Leite Cru e Livre.
Entrega de prémios.
Local: Pavilhão da SRAF.
15h30 - Demonstração de Arte Floral.
Local: Pavilhão da SRAF.
16h00 - Provas da Taça Açores de Dressage.
Local: Picadeiro ao ar livre.
16h30 - Animação da Feira durante o período da tarde pelas Tunas da Universidade dos Açores.
17h00 - Entrega de rosetas aos cavalos premiados em provas de Dressage.
Local: Picadeiro ao ar livre.
17h00 - Demonstração de Máquinas Agrícolas.
Local: Zona de Demonstração Agro-Pecuária.
17h30 - Provas do Campeonato Regional de Dressage- Iniciados e Juniores.
Local: Picadeiro ao ar livre.
18h00 - Concurso de Bovinos da Raça Ramo Grande, Cruzados de Carne e Raça Limousine.
Local: Picadeiro Coberto.
Entrega de troféus.
19h30 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
20h00 - Demonstração de Arte Floral.
Local: Pavilhão da SRAF.
20h30 - Concurso de Bovinos Leiteiros- Vitelas e Novilhas da Raça Holstein Frísia.
Entrega de troféus.
Local: Picadeiro Coberto.
21h30 - Actuação da Banda Filarmónica do Espírito Santo da Casa do Povo de São Bartolomeu de Regatos.
Local: Coreto da Feira.
23h00 - Actuação da Banda “Corvos”.
Local: Palco da Feira.
00h30 - Dj Pika.
Local: Palco da Feira.
02h00 - Fecho da Feira.
Domingo, 10 de Junho
10h00 - Abertura.
10h00 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
10h30 - Animação Infantil e insufláveis para crianças.
Local: Parque Infantil
11h00 - Concurso de Bovinos Leiteiros- Vacas da Raça Holstein- Frísia.
Local: Picadeiro Coberto.
14h00 - Churrasco “Carne dos Açores” com a presença de Sª. Ex.ª O Secretário Regional da Agricultura e Florestas.
Entrega dos Troféus do Concurso de Bovinos Leiteiros – Classe: Vacas da Raça Holstein Frísia.
Entrega de Troféus do Concurso de Queijos Açorianos.
15h30 - Mostra de Vinhos da Experimentação Agrária.
Local: Pavilhão da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
16h00 - Provas da Final da Taça Açores de Dressage.
Local: Picadeiro ao ar livre.
17h00 - Entrega de rosetas aos cavalos premiados em provas de Dressage.
Local: Picadeiro ao ar livre.
17h30 - Final do Campeonato Regional de Dressage- Iniciados e Juniores.
Local: Picadeiro ao ar livre.
18h00 - Desfecho do Concurso de Pavilhões Comerciais.
Entrega de troféus.
Local: Pavilhão da SRAF.
18h30 - Entrega de prémios do 1º Concurso de Desenho Infantil, “Pintar o Rural”.
Local: Pavilhão da SRAF.
19h30 - Demonstração de Rotina de Ordenha.
Local: Junto à exposição de animais.
20h30 - Actuação da Banda Filarmónica Recreio Serretense.
Local: Coreto da Feira.
21h00 - Entrega dos troféus das provas de Desporto Equestre de Dressage.
Local: Pavilhão da SRAF.
22h00 - Actuação de Cantadores ao Desafio - Eliseu, João Ângelo, António Mota e João Leonel “Retornado”.
Local: Palco da Feira.
Actuação do Cantor “Carlos Alberto Moniz”.
Local: Palco da Feira.
00h30 - Encerramento da Feira.

domingo, 3 de junho de 2007

Tourada nos Altares, 28 Maio - Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Vídeo de FGPereira

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Touradas à Corda para os próximos dias

01 de Junho

Rua do Rossio - Santa Cruz
João Cardoso Gaspar

02 de Junho

Outeiro - Conceição
Humberto Filipe

Rua do Rossio - Santa Cruz
Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

03 de Junho

Santa Luzia
Humberto Filipe

04 de Junho

São João de Deus
Humberto Filipe

Foto do Mês - Junho de 2007


Tourada à Corda no Porto das Pipas - Ilha Terceira, primeira metade do Séc. XX

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