Dia 29 de Junho de 2007, o cartaz anunciava um curro da Casa Agrícola José Albino Fernandes para ser lidado por Tiago Pamplona e João Telles Jr., na lide equestre e o matador Lopez Cháves na lide apeada. Na cara dos toiros, Real Grupo de Forcados Amadores de Moura e Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, capitaneados respectivamente por Pedro Acabado e Adalberto Belerique.
A corrida dirigida por José Carlos Valadão, assessorado pelo Dr. Vielmino Ventura, contou com ¾ de praça na assistência, numa tarde, que apesar dos chuviscos antes do início da função, se revelou de sol (ou não estivéssemos nos Açores).
Após cerca de 5 minutos, de uma espera interminável, surge pela porta dos sustos o primeiro da ordem para ser lidado pelo cavaleiro terceirense Tiago Pamplona. O marialva da Quinta do Malhinha deixou boa nota na cravagem dos três ferros compridos com que iniciou a sua lide. Após troca de montada, mostra pouco entendimento quanto à investida do seu oponente, claramente debilitado de força nos membros anteriores e carregando pouco no momento da reunião. O primeiro curto é cravado após duas passagens em falso, originadas por uma abertura em demasia do quarteio, aquando do quiebro efectuado pela montada. Novamente, a falta de força do hastado aliada a uma abertura em demasia por parte do cavaleiro, fazem com que o terceiro curto da tarde seja cravado no pescoço, após o toiro ter escorregado. Este “Ninfeu” com o ferro JAF demonstrou-se voluntarioso na investida, desprovido de crenças, mantendo-se sempre nos médios ao longo da lide. Para a cara o forcado Luís Monge do Grupo de Moura, que após brindar ao Grupo Terceirense se fecha à primeira tentativa sendo muito bem apoiado pelo grupo. Volta para o forcado, o cavaleiro, em atitude correcta, agradeceu os aplausos nos médios.
O segundo da tarde coube em sorte a João Telles Jr. O cavaleiro inicia a sua actuação com um ferro cravado de forma pouco ortodoxa. Após uma brega bem efectuada, crava o primeiro comprido à meia-volta. O jovem da Torrinha deixa dois bons ferros curtos ao estribo, para depois cravar um terceiro ferro algo traseiro. João troca de montada para rematar a lide a este toiro, que tal como o seu antecessor cumpriu, revelando no entanto um défice de força. Para este final estava guardado um par de bandarilhas, sorte sempre do agrado do público, que foi cravado de forma muito aberta, tendo um dos ferros ficado colocado extremamente atrás. A pega foi realizada à primeira tentativa de forma muito eficiente por Jorge Ortins, dos Amadores da Tertúlia Terceirense: após o toiro ter ensarilhado, o forcado advinha-lhe a trajectória sendo levado para fora do grupo, que de pronto interveio, após este se ter fechado.
Para o capote de Lopez Cháves saiu o nº184 da ganadaria da Quinta do Leão. Diante um exemplar que se revelou muito distraído e despegado o diestro procurou aplicar a lide possível recorrendo a Verónicas, sendo desarmado aquando de uma passagem pelo lado esquerdo. Tal como na primeira corrida da Feira, os bandarilheiros estiveram ineficazes na cravagem. Com a muleta, Cháves desenhou duas séries de bom nível, com alguma profundidade e temple, conseguindo agarrar o toiro, que se revelou de má índole quando toureado pela esquerda. O toureiro de Salamanca pisou os terrenos do toiro e demonstrou raça, mandando e templando frente a um toiro desprovido de nobreza. Com uma lide superior, Cháves teve o condão de tornar bom o que era mau.
O quarto da tarde, também para lide apeada, revelou-se melhor que o seu irmão de camada. O matador recebe-o com duas Largas de joelhos, ligadas a uma boa série de Verónicas, arrancando alguns “olés” das bancadas. Pela primeira vez, na feira deste ano, foram cravados mais do que um par de bandarilhas completo. Boa nota para o terceiro par deste segundo tércio. Com a muleta, este “Marco” JAF é recebido de joelhos seguindo-se duas séries de Derechazos bem desenhados. Tal como no seu primeiro, o toureiro pisa terrenos de compromisso, arriscando e trazendo ao de cima tudo o que o adversário tinha para dar. Faz tocar a Banda Sociedade de Instrução e Recreio dos Artistas. Obriga o toiro a humilhar, recorrendo a boa série de Naturais, revelando uma investida traiçoeira do animal, quando citado por este lado. A sua arte chega às bancadas agarrando assim o triunfo pretendido. Volta merecida.
Fazendo jus ao ditado, o 5º da tarde revelou-se como o melhor dos seis provenientes do Tentadero de Santo Antão. Tiago Pamplona decide, de forma acertada, não trocar de montada após a cravagem dos compridos. Inicia a segunda parte da lide com dois ferros traseiros, mercê de um mau cálculo da investida do seu oponente. Recorre a um violino, para depois rematar a lide com um bom ferro de palmo que faz agitar a assistência. Este produto da ganaderia de divisa verde rubra, mostrou que tinha mais para dar, ficando sensação que melhor lide poderia ter sido aplicada. O terceirense César Fonseca, que alinha nos Amadores de Moura, salta a trincheira para pegar à primeira, naquela que seria a pega da tarde. Com brio e galhardia, o forcado fecha-se e aguenta duro derrote, para depois ser bem ajudado pelo resto do grupo. Volta para cavaleiro e forcado.
O mais pesado da tarde, 500kg nº186, saiu em 6º lugar, proporcionado uma lide sem história ao mais novo membro da Dinastia da Torrinha. Após dois ferros compridos, João Jr. Crava dois curtos permitindo toques na montada na saída da sorte. Fazendo uso da imagem de marca de seu pai, crava dois violinos a este exemplar que se demonstrou distraído e com alguns raios de mansidão. O artista encerra a lide com dois ferros de palmo. Marco Sousa da Tertúlia Terceirense fecha-se bem à 3ª tentativa, com um animal que derrotava muito por alto. Nota negativa para a acção do primeiro ajuda aquando da segunda tentativa, tendo contribuído para a sua não consumação. Volta para o forcado.
Desta segunda corrida ficam as lides magistrais de Lopez Cháves, que sem sombra de dúvida foi o triunfador da tarde. Ambos os cavaleiros estiveram regulares sem darem no entanto profundidade artística às suas actuações. Quanto ao gado, esteve regular, notando-se alguma falta de força e de cara em alguns dos exemplares. De salientar o quinto da ordem de seu nome “Nato”, nº 181.
A corrida dirigida por José Carlos Valadão, assessorado pelo Dr. Vielmino Ventura, contou com ¾ de praça na assistência, numa tarde, que apesar dos chuviscos antes do início da função, se revelou de sol (ou não estivéssemos nos Açores).
Após cerca de 5 minutos, de uma espera interminável, surge pela porta dos sustos o primeiro da ordem para ser lidado pelo cavaleiro terceirense Tiago Pamplona. O marialva da Quinta do Malhinha deixou boa nota na cravagem dos três ferros compridos com que iniciou a sua lide. Após troca de montada, mostra pouco entendimento quanto à investida do seu oponente, claramente debilitado de força nos membros anteriores e carregando pouco no momento da reunião. O primeiro curto é cravado após duas passagens em falso, originadas por uma abertura em demasia do quarteio, aquando do quiebro efectuado pela montada. Novamente, a falta de força do hastado aliada a uma abertura em demasia por parte do cavaleiro, fazem com que o terceiro curto da tarde seja cravado no pescoço, após o toiro ter escorregado. Este “Ninfeu” com o ferro JAF demonstrou-se voluntarioso na investida, desprovido de crenças, mantendo-se sempre nos médios ao longo da lide. Para a cara o forcado Luís Monge do Grupo de Moura, que após brindar ao Grupo Terceirense se fecha à primeira tentativa sendo muito bem apoiado pelo grupo. Volta para o forcado, o cavaleiro, em atitude correcta, agradeceu os aplausos nos médios.
O segundo da tarde coube em sorte a João Telles Jr. O cavaleiro inicia a sua actuação com um ferro cravado de forma pouco ortodoxa. Após uma brega bem efectuada, crava o primeiro comprido à meia-volta. O jovem da Torrinha deixa dois bons ferros curtos ao estribo, para depois cravar um terceiro ferro algo traseiro. João troca de montada para rematar a lide a este toiro, que tal como o seu antecessor cumpriu, revelando no entanto um défice de força. Para este final estava guardado um par de bandarilhas, sorte sempre do agrado do público, que foi cravado de forma muito aberta, tendo um dos ferros ficado colocado extremamente atrás. A pega foi realizada à primeira tentativa de forma muito eficiente por Jorge Ortins, dos Amadores da Tertúlia Terceirense: após o toiro ter ensarilhado, o forcado advinha-lhe a trajectória sendo levado para fora do grupo, que de pronto interveio, após este se ter fechado.
Para o capote de Lopez Cháves saiu o nº184 da ganadaria da Quinta do Leão. Diante um exemplar que se revelou muito distraído e despegado o diestro procurou aplicar a lide possível recorrendo a Verónicas, sendo desarmado aquando de uma passagem pelo lado esquerdo. Tal como na primeira corrida da Feira, os bandarilheiros estiveram ineficazes na cravagem. Com a muleta, Cháves desenhou duas séries de bom nível, com alguma profundidade e temple, conseguindo agarrar o toiro, que se revelou de má índole quando toureado pela esquerda. O toureiro de Salamanca pisou os terrenos do toiro e demonstrou raça, mandando e templando frente a um toiro desprovido de nobreza. Com uma lide superior, Cháves teve o condão de tornar bom o que era mau.
O quarto da tarde, também para lide apeada, revelou-se melhor que o seu irmão de camada. O matador recebe-o com duas Largas de joelhos, ligadas a uma boa série de Verónicas, arrancando alguns “olés” das bancadas. Pela primeira vez, na feira deste ano, foram cravados mais do que um par de bandarilhas completo. Boa nota para o terceiro par deste segundo tércio. Com a muleta, este “Marco” JAF é recebido de joelhos seguindo-se duas séries de Derechazos bem desenhados. Tal como no seu primeiro, o toureiro pisa terrenos de compromisso, arriscando e trazendo ao de cima tudo o que o adversário tinha para dar. Faz tocar a Banda Sociedade de Instrução e Recreio dos Artistas. Obriga o toiro a humilhar, recorrendo a boa série de Naturais, revelando uma investida traiçoeira do animal, quando citado por este lado. A sua arte chega às bancadas agarrando assim o triunfo pretendido. Volta merecida.
Fazendo jus ao ditado, o 5º da tarde revelou-se como o melhor dos seis provenientes do Tentadero de Santo Antão. Tiago Pamplona decide, de forma acertada, não trocar de montada após a cravagem dos compridos. Inicia a segunda parte da lide com dois ferros traseiros, mercê de um mau cálculo da investida do seu oponente. Recorre a um violino, para depois rematar a lide com um bom ferro de palmo que faz agitar a assistência. Este produto da ganaderia de divisa verde rubra, mostrou que tinha mais para dar, ficando sensação que melhor lide poderia ter sido aplicada. O terceirense César Fonseca, que alinha nos Amadores de Moura, salta a trincheira para pegar à primeira, naquela que seria a pega da tarde. Com brio e galhardia, o forcado fecha-se e aguenta duro derrote, para depois ser bem ajudado pelo resto do grupo. Volta para cavaleiro e forcado.
O mais pesado da tarde, 500kg nº186, saiu em 6º lugar, proporcionado uma lide sem história ao mais novo membro da Dinastia da Torrinha. Após dois ferros compridos, João Jr. Crava dois curtos permitindo toques na montada na saída da sorte. Fazendo uso da imagem de marca de seu pai, crava dois violinos a este exemplar que se demonstrou distraído e com alguns raios de mansidão. O artista encerra a lide com dois ferros de palmo. Marco Sousa da Tertúlia Terceirense fecha-se bem à 3ª tentativa, com um animal que derrotava muito por alto. Nota negativa para a acção do primeiro ajuda aquando da segunda tentativa, tendo contribuído para a sua não consumação. Volta para o forcado.
Desta segunda corrida ficam as lides magistrais de Lopez Cháves, que sem sombra de dúvida foi o triunfador da tarde. Ambos os cavaleiros estiveram regulares sem darem no entanto profundidade artística às suas actuações. Quanto ao gado, esteve regular, notando-se alguma falta de força e de cara em alguns dos exemplares. De salientar o quinto da ordem de seu nome “Nato”, nº 181.
Bruno Bettencourt
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