Dia 30 de Junho, terceira corrida da Feira de São João de 2007, anunciados: José Luis Gonçalves, El Cid e Eduardo Gallo, para lidar um curro da ganaderia de Rego Botelho (linha Jandilla). A corrida, dirigida por Raul Pamplona e pelo Dr. Vielmino Ventura, registou cerca de ¾ de praça.
A abrir a tarde, José Luís Gonçalves recebeu o nº438 com lances de Verónica encadeados com alguns Parons esteticamente bem desenhados. Após o segundo tércio, em que finalmente nesta feira se presenciou a bom desempenho dos bandarilheiros, o matador
português senta-se no estribo para iniciar a faena de muleta com passes por alto. O matador não consegui impor-se, da forma desejada, a este “Deglamador”, que por vezes se demonstrava áspero na investida. Apesar de procurar desenhar alguns passes, o diestro não se encontrou. Demorou em demasia entre cada lance, puxou o toiro para os médios, de forma a justificar o seu fraco desempenho com o vento que se fazia sentir naquela zona do redondel. Melhor actuação se esperava e mais toiro havia para trabalhar.
No segundo do seu rol, o triunfador da Feira de 2006 mostra-se mais sereno e toureiro. Recebe o nº444 por Verónicas de fino recorte, para na muleta desenhar séries de Derechazos de artista. Recorre à mão esquerda conseguindo arrancar alguma emoção das bancadas, através dos Naturais aplicados ao seu adversário. Numa lide que foi crescendo, o toureiro chega ao público redimindo-se da sua primeira actuação. Volta e aplausos.
Para El Cid saiu o “Fulminante”, 445kg de nobreza e bravura. Sem dúvida o melhor dos 6
produtos das pastagens da Caldeira. Se bom era o toiro, melhor foi o matador sevilhano. Inicia a lide com uma série de Verónicas de grande nível, fazendo soar os primeiros “olés” nos tendidos. Com a muleta toureia a seu belo prazer. Entende o toiro, coloca-se no terreno de forma precisa, manda, templa e remata. Toureia pela direita conseguindo transmitir profundidade e sentimento na sua arte. Por Naturais conduz a fera de forma graciosa, por aquele que se revelou ser o seu lado de investida menos franca. Com este bom exemplar da divisa azul e branca, o matador completa uma lide redonda que faz render a assistência. Ovação e volta para El Cid.
Na sua segunda saída à arena angrense, Manuel Jesus “El Cid”, recebe o “Trovão” com bonitas Verónicas. Nota positiva para os subalternos que deixaram in su sitio três pares de bandarilhas de elevado nível. Na muleta o toureiro faz uso de ambas as mãos com maestria. Saca lances bem ligados, fazendo vir ao de cima aquilo que de melhor o toiro tinha para oferecer. Entrega-se, e quando se pensa que pretende terminar a lide, traça nova série de Derechazos de bonita estampa, aproveitando as últimas gotas de sumo que o animal possuía. Faz vibrar os espectadores que lhe concedem volta sob forte ovação.
Eduardo Gallo aplica uma lide sem história ao primeiro do seu lote, nº435, 425Kg. A uma lide iniciada com lances de capote, praticamente inexistentes, o toureiro demonstra pouca confiança
e dificuldade diante as boas condições do toiro. Lanceia quase sempre pela direita recorrendo por uma vez à mão esquerda. Apesar de uma boa série de Derechazos com que iniciou o terceiro tércio, limita-se a fazer passar o oponente pela flanela com passes desligados. Termina esta primeira lide de forma prematura deixando a nítida sensação de falta de tacto diante um toiro que muito mais tinha para ser lidado.
No seu segundo, o de Salamanca, arrimou-se um pouco mais, demonstrando no entanto pouca serenidade. Inicia com boas Verónicas a lide ao nº450 “Lagerado”. Com a muleta desenha séries pela direita que pediam para ser um pouco mais templadas. Não entende bem a investida do toiro chegando a sofrer toques do hastado em ambas as mãos, mercê de uma má posição destas. Pedia-se um desenho das sortes mais cingidas e com a mão mais por baixo. Uma vez mais não dá a lide merecida ao toiro. Este Gallo não deixa história, levando na bagagem os assobios de protesto de quem pagou o bilhete para a corrida.
El Cid triunfa de forma inquestionável, naquela que foi uma das tardes mais esperadas na Feira das Sanjoaninas. Nota positiva, uma vez mais para o “Fulminante” da Casa de Rego Botelho.
A abrir a tarde, José Luís Gonçalves recebeu o nº438 com lances de Verónica encadeados com alguns Parons esteticamente bem desenhados. Após o segundo tércio, em que finalmente nesta feira se presenciou a bom desempenho dos bandarilheiros, o matador
português senta-se no estribo para iniciar a faena de muleta com passes por alto. O matador não consegui impor-se, da forma desejada, a este “Deglamador”, que por vezes se demonstrava áspero na investida. Apesar de procurar desenhar alguns passes, o diestro não se encontrou. Demorou em demasia entre cada lance, puxou o toiro para os médios, de forma a justificar o seu fraco desempenho com o vento que se fazia sentir naquela zona do redondel. Melhor actuação se esperava e mais toiro havia para trabalhar.No segundo do seu rol, o triunfador da Feira de 2006 mostra-se mais sereno e toureiro. Recebe o nº444 por Verónicas de fino recorte, para na muleta desenhar séries de Derechazos de artista. Recorre à mão esquerda conseguindo arrancar alguma emoção das bancadas, através dos Naturais aplicados ao seu adversário. Numa lide que foi crescendo, o toureiro chega ao público redimindo-se da sua primeira actuação. Volta e aplausos.
Para El Cid saiu o “Fulminante”, 445kg de nobreza e bravura. Sem dúvida o melhor dos 6
produtos das pastagens da Caldeira. Se bom era o toiro, melhor foi o matador sevilhano. Inicia a lide com uma série de Verónicas de grande nível, fazendo soar os primeiros “olés” nos tendidos. Com a muleta toureia a seu belo prazer. Entende o toiro, coloca-se no terreno de forma precisa, manda, templa e remata. Toureia pela direita conseguindo transmitir profundidade e sentimento na sua arte. Por Naturais conduz a fera de forma graciosa, por aquele que se revelou ser o seu lado de investida menos franca. Com este bom exemplar da divisa azul e branca, o matador completa uma lide redonda que faz render a assistência. Ovação e volta para El Cid.Na sua segunda saída à arena angrense, Manuel Jesus “El Cid”, recebe o “Trovão” com bonitas Verónicas. Nota positiva para os subalternos que deixaram in su sitio três pares de bandarilhas de elevado nível. Na muleta o toureiro faz uso de ambas as mãos com maestria. Saca lances bem ligados, fazendo vir ao de cima aquilo que de melhor o toiro tinha para oferecer. Entrega-se, e quando se pensa que pretende terminar a lide, traça nova série de Derechazos de bonita estampa, aproveitando as últimas gotas de sumo que o animal possuía. Faz vibrar os espectadores que lhe concedem volta sob forte ovação.
Eduardo Gallo aplica uma lide sem história ao primeiro do seu lote, nº435, 425Kg. A uma lide iniciada com lances de capote, praticamente inexistentes, o toureiro demonstra pouca confiança
e dificuldade diante as boas condições do toiro. Lanceia quase sempre pela direita recorrendo por uma vez à mão esquerda. Apesar de uma boa série de Derechazos com que iniciou o terceiro tércio, limita-se a fazer passar o oponente pela flanela com passes desligados. Termina esta primeira lide de forma prematura deixando a nítida sensação de falta de tacto diante um toiro que muito mais tinha para ser lidado.No seu segundo, o de Salamanca, arrimou-se um pouco mais, demonstrando no entanto pouca serenidade. Inicia com boas Verónicas a lide ao nº450 “Lagerado”. Com a muleta desenha séries pela direita que pediam para ser um pouco mais templadas. Não entende bem a investida do toiro chegando a sofrer toques do hastado em ambas as mãos, mercê de uma má posição destas. Pedia-se um desenho das sortes mais cingidas e com a mão mais por baixo. Uma vez mais não dá a lide merecida ao toiro. Este Gallo não deixa história, levando na bagagem os assobios de protesto de quem pagou o bilhete para a corrida.
El Cid triunfa de forma inquestionável, naquela que foi uma das tardes mais esperadas na Feira das Sanjoaninas. Nota positiva, uma vez mais para o “Fulminante” da Casa de Rego Botelho.
Bruno Bettencourt
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