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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda com novos corpos gerentes

A Associação Regional de Criadores de Toiros da Tourada à Corda (ARCTTC) elegeu novos corpos gerentes no passado dia 8 de Janeiro.
 
Esta associação, que reúne ganadarias com origem em diversas ilhas dos Açores, foi fundada a 2 de Junho de 2000 e a sua constituição foi publicada no Jornal Oficial III Série nº12 de 30-06-2000.
Neste momento conta, nos seus associados, ganaderos de toiros da Tourada à Corda oriundos da Ilha Terceira, S. Jorge, Pico e Graciosa. Os principais objectivos da ARCTTT são: a promoção da seleção de ganadarias de toiros da tourada à corda, estudar e adotar as medidas apropriadas aos problemas relacionados com a produção e comercialização dos toiros à corda, prestar uma eficiente colaboração, quer no aspeto técnico como consultivo, participar na redação e cumprimento dos regulamentos que digam respeito a assuntos relacionados com a tourada à corda.
 
A lista eleita tem a seguinte constituição:
 
Direção
Presidente: Laura Corvelo de Sousa (Ganadaria Francisco Sousa)
Secretária: Mariana Rego Botelho (Ganadaria Rego Botelho)
Tesoureira: Susana Fernandes Ferreira (Ganadaria Casa Agrícola José Albino Fernandes)
 
Assembleia-Geral
Presidente: Carlos João Ávila (Ganadaria Manuel Ataíde Silva – Ilha Graciosa) 
1 º Secretário: Manuel Borba Gaspar (Ganadaria João Quinteiro Pai)
2º Secretário: José Manuel Rodrigues (Ganadaria Herdeiros Ezequiel Rodrigues)
 
Conselho Fiscal
Presidente: João Borba Gaspar (Ganadaria João Gaspar)
1 º Secretário: António Lúcio Ferreira (Ganadaria António Lúcio Ferreira)
2º Secretário: Manuel João Rocha (Ganadaria Manuel João Rocha)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pónei da Terceira reconhecido como raça

A quarta raça de cavalos em Portugal é terceirense. O Pónei da Terceira foi finalmente reconhecido como raça autóctone. Para trás ficam 14 anos de trabalho.
"É a quarta raça do país, é uma raça açoriana, mas acima de tudo é uma raça da ilha Terceira", salientou, Artur Machado, investigador do Centro de Biotecnologia dos Açores, que liderou o processo, numa conferência de imprensa na Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.
O pedido de reconhecimento da raça ocorreu há cerca de dois anos, mas o trabalho de recuperação dos animais com as caraterísticas do Pónei da Terceira foi iniciado há 14 anos.
Segundo Artur Machado, numa primeira fase foi feito um levantamento dos animais existentes na ilha, depois foi selecionado um grupo de animais que correspondiam às caraterísticas típicas do Pónei da Terceira e antes de ser pedido o reconhecimento houve um aumento do efetivo.
Atualmente existem, pelas contas do investigador, 118 Póneis da Terceira, sendo que só na Universidade dos Açores estão 54 e seis foram exportados para o continente, numa tentativa de divulgação da raça.
O que distingue o Pónei da Terceira como raça é o facto de se assemelhar morfologicamente a um cavalo, mas ter a dimensão de um pónei.
Para Artur Machado, "é o cavalo ideal para o ensino de equitação para as classes mais jovens", mais precisamente entre os 6 e os 10 anos."Um dos nossos primeiros objetivos é tentar arranjar um profissional que possa realmente explorar a qualidade da equitação desses animais ", revelou, salientando que em dezembro de 2013 os póneis da Terceira alcançaram vários prémios numa competição nacional.
Exportação para a EuropaSegundo o investigador da Universidade dos Açores, há também interesse na aquisição destes póneis na Europa, mas ainda é cedo para avançar com a exportação.
"Há interesse, haveria possibilidade, mas temos ainda de criar uma maior sustentabilidade do ponto de vista genético do próprio efetivo", frisou, considerando que é preciso primeiro "consolidar a produção na ilha".
Por sua vez, Paulo Caetano Ferreira, presidente da Associação de Criadores e Amigos do Pónei da Terceira, salientou que é uma "honra" para a ilha Terceira ter uma das quatro raças de cavalos de Portugal, destacando também a importância económica.
"Estes póneis têm valores muito altos no mercado europeu. Quando for possível exportá-los, vendê-los, com certeza se há-de fazer algum dinheiro aqui na região", frisou.
Para Artur Machado, mais do que garantir a sustentabilidade da raça, este reconhecimento vem também salvaguardar um património transmitido por gerações anteriores. "É preciso não esquecer que este cavalo fez parte do quotidiano dos terceirenses. Era ele que trabalhava as terras, era ele que trazia o peixe à cidade, era ele que servia de transporte. Foi um animal que teve uma participação ativa no desenvolvimento da ilha", sublinhou.
 
Fonte e foto: Diário Insular

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Encerramento do III Fórum Mundial da Cultura Taurina

A meio da manhã de domingo, dois filósofos, um cirurgião e um jornalista reuniram-se numa última mesa redonda, comentando o discurso de José Tomás, quando recebeu o prémio Paquiro no palácio da Bolsa, em Madrid e que veio a resultar na publicação de um livro intitulado Diálogo com Navegante, toiro que colheu o matador em Aguascalientes, no México em 2010.
 
Rogélio Perez Cano, cirurgião particular de José Tomás e director da fundação com o nome do toureiro, assistiu à cornada daquela tarde e pôde testemunhar que tudo o que Tomás referiu naquele discurso é de uma integral verdade e corresponde a uma visão mais transcendental de um toureio com o toiro que quase lhe tirou a vida. “Os valores do valor”, tema desta mesa redonda, assentam assim como uma luva ao navegante e ao seu lidador.
Araceli Alonso, pensadora francesa na Universidade da Sorbonne, que também participa nesta publicação, chamou a atenção para a referência de solidariedade que o toureiro fez ao destinar o valor do prémio a duas instituições que acudem a carenciados de comida. Ainda e mais uma vez o valor dos toureiros transformado em ajuda humanitária.
 
Francis Wolff, inglês de nascimento, também filósofo, mas a viver e trabalhar em Paris, quis centrar a sua intervenção no facto do Tomás considerar que no decorrer do seu diálogo com o toiro que o feriu ter transformado o seu desagrado inicial em compreensão pelo que lhe aconteceu. “Tomás ultrapassou a simples descrição dos factos para um patamar de os tentar entender, como seja o de justificar o acto da colhida como o saldo de uma factura pendente que todos os toureiros e toiros têm entre si”.
 
Paco Aguado, jornalista taurino e profundo conhecedor do tema, moderou com maestria esta mesa redenda, ele que no livro que mencionamos também aduziu um texto entitulado “Verdades sobre a arena”. O interessante deste livro resulta das reflexões que os vários colaboradores fazem das partes do discurso do matador madrileno, naquela tarde que deveria ser apenas tarde de prémios e nada mais e se converteu por fim em tema de conversa que chega agora a um forúm mundial.
 
O último acto deste encontro, que assim diz adeus a esta ilha - que segundo as palavras de Miguel Sousa Tavares - “é um pedaço de lua caida na imensidão deste mar” foi a leitura das conclusões deste III Fórum, onde se cruzaram sensibilidades opiniões e onde se procurou dar um passo à frente em prol da consolidação e das raizes dos povos dos paises onde existe o gosto comum pela tauromaquia.
 
Conclusões do III Fórum Mundial da Cultura Taurina
Desde a Ilha Terceira, capital taurina do Atlântico, os congressistas, participantes e organizadores do III Fórum Mundial da Cultura Taurina, uma vez concluídas as três jornadas de debate sobre a transcendência da tauromaquia na sociedade do século XXI, chegamos às seguintes conclusões:
 
Que a festa dos toiros se sustém sobre a base de valores essenciais que, embora possam ter perdido vigência na chamada era da globalização, seguem oferecendo vivos exemplos de ética e autenticidade.
 
Contra o doutrinamento do politicamente correto, a tauromaquia mantém-se como um experiência de beleza, paixão e inteligência que deveria ganhar espaço como modelo de comportamento para uma sociedade que vai perdendo as suas referências essenciais.
Os valores humanos, ecológicos, culturais, sociais, económicos, educativos e éticos que afloram de maneira evidente nos distintos ritos taurinos representam por si mesmos uma lição de vida, uma perfeita guia alternativa à deriva desumanizadora dos difíceis tempos actuais.
 
É por tanto, obrigação das gentes do toiro, tanto profissionais como aficionados, difundir com orgulho todos os valores deste legado cultural de séculos com uma atitude positiva e sem complexos, reivindicando-os entre os indiferentes e frente aos seus opositores como argumentos incontestáveis que desmontam as manipuladas campanhas que buscam a desaparição da festa.
 
É assim que, numa frase de um dos palestrantes desta edição, como indígenas da Terceira e de todos os países taurinos, muitos milhões de pessoas em todo o mundo necessitamos do toiro, esse animal admirável, para seguir sentindo-nos vivos.
 
Com esse mesmo afã, com o que se passou a designar como o espírito dos Açores, os organizadores deste Fórum Mundial da Cultura Taurina voltam a incitá-los para dentro de dois anos, em Angra do Heroísmo, centro geográfico do universo taurino, continuar a alimentar esta nossa irmanada paixão com mais trabalho e novas reflexões.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Documentário "Ce monsieur"

Aqui ficam as imagens do documentário "Ce monsieur" da autoria de Michel Dumas, sobre a encerrona de José Tomás em Nimes a 16 de Setembro de 2012. Neste momento, as mesmas imagens estão a ser mostradas aos participantes do III Forum Mundial da Cultura Taurina que se está a realizar na Ilha Terceira, Açores.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Os protagonistas da arena falaram durante a tarde deste segundo dia

Os matadores de toiros José Luís Bote, El Fundi e Cristina Sanchez, assim como vários forcados portugueses, dividiram as atenções da plateia neste segundo dia do III Fórum da Cultura Taurina que se realiza na Ilha Terceira, Açores.
 
Tanto uns como outros recordaram os exemplos múltiplos de valores que a tauromaquia lhes trouxe, tanto no plano profissional com principalmente no plano pessoal.
Os toureiros espanhois subiram ao palco, depois da exibição do filme “Tú Solo”, de Teo Escamilla, rodado sobre os primeiros tempos da Escola Taurina de Madrid, por onde aliás passaram os palestrantes, abordando o tema “dos Valores Educativos do Toureio, na Infância e Adolescência”.
Bote y Fundi, recentemente empossados como directores da escola, disseram da necessidade de passar aos jovens alunos os valores que então receberam e que muito lhes serviram ao longo da vida. Pela sua parte, Cristina Sanchez reafirmou que “o entusiasmo e o esforço que implica querer ser toureiro, também são fundamentais para aplicar em outras forma de vida e não só na arena. Por isso a escola de toureio de Madrid foi para ela não só um centro de aprendizagem profissional, mas ajudou-a e muito a preparar-se para o mundo”. E concluiu: “O querer ser toureiro é outra história, pois é uma profissão muito diferente de todas as outras. Mas realidade, nós os toureiros, somos uns priviligiados, por termos podido viver e sentir tantas emoções.graças ao toureio. Ele exige-te muito, mas também te dá tudo, quando te entregas”.
 
Na primeira mesa redonda da tarde, abordou-se o tema da Solidariedade na arena, com a participação de Simão Comenda, João Simões, Fernando Potier e Adalberto Belarique, o único que está no activo, como cabo do grupo da Tertúlia Terceirense.
Foram eloquentes os vários exemplos relatados por estes veteranos, vinculados a um companheirismo inviolável, como código de conduta entre os forcados portugueses.
“Quanto mais passa o tempo, mais me orgulho de ter sido forcado, fazendo parte desta familia, que reconhece os valores da ajuda, do amparo e da amizade, como parte essencial para o que pretendem fazer, que é divertirem-se a pegar os toiros, com arte e alegria”.
 
João Simões, antigo cabo do Grupo do Aposento da Moita, relatou vários incidentes que teve durante a sua passagem pelo grupo, explicando de que forma a solidariedade entre todos foi importante para os ultrapassar, realçando o recente acidente do forcado Nuno Mata, que ficou tetraplégico. O movimento que se gerou à sua volta, é uma lição de vida para todos.
 
Fernando Potier, que dirige agora os destinos da Associação Nacional dos Grupos de Forcados, afirmou que, “No caso particular dos forcados o essencial é ser humilde, porque o grupo está e estará sempre acima do individuo. Por isto, os forcados pensam mais nos outros do que em si próprios, actuam em muitas acções benéficas”.
 
Finalmente, Adalberto Belarique, explanou à assistencia a recente digressão do grupo por terras das Américas e os muitos casos que ali se deram que evidenciam a forma como ser solidário é sempre mais importante que ser heroi individual.
“A pega é, também ela, um acto solidário com oito homens que, ajudando-se uns aos outros, alcançam a imobilização do toiro de uma forma artística, que demonstra destreza e valor colectivo”

A real situação económica da festa brava – 2º dia de Fórum

Os trabalhos deste segundo dia iniciaram-se com uma conferência sobre os Valores Económicos da Tauromaquia pelo professor Juan Medina, professor de teoria económica da Universidade da Extremadura – Badajoz.
Sob o tema “Os Valores Sociais da Festa dos Toiros”, os participantes escutaram, seguidamente, intervenções de três entidades portugueses e de um espanhol, Alejandro Pizarroso, catedrático da Faculdade de Ciências da Informação Complutense de Madrid que, com o seu verbo fácil, prendeu a atenção do auditório e que foi aliás o primeiro a usar da palavra. “ O que nos reune aqui? É certo que vivemos este espectáculo como a mais belas das artes! Mas isso é pouco. Não temos tido a capacidade para romper este círculo fechado. Porém, se queremos sobreviver socialmente, necessitamos de avançar com profissionalismo para entrar nos grandes areópagos que hoje comandam o mundo”. Com efeito, se somos já hoje uma minoria, isso exige que façamos esforços conjuntos para justificarmos a nossa permanência. “O primeiro protagonista da festa é o toureiro, porque é o que cria arte. O segundo é o toiro, produto do homem, posto ao seu serviço e que morre na arena por esta causa. O terceiro é o público, que é quem paga. O quarto são os meios de comunicação, que relatam os momentos e nos convidam a adivinhar o resto”. Controverso, filósofo e pensador, deixou um traço sobre o tema, acrescentado com os oradores seguintes.
Miguel Sousa Tavares, advogado e escritor confessou-se bom aluno por estar neste forúm e sobretudo pela oportunidade de estar neste território “bocado de lua caído no meio do mar”. “Eu aceito discutir sobre qualquer assunto, mas não aqueles que se põem num plano de superioridade e que não pretendem trocar ideias, mas apenas vencer. Apesar da minha ignorância, o que sei é que há muitos séculos que esta forma de espectáculo inspiram os povos. A palavra proibir é a palavra mais perigosa do dicionário”. Sousa Tavares mostrou o lado do espectador não especialista, exaltou o fascínio da corrida, mas sobretudo derramou o perfume do seu modo de escrever, lendo as primeiras páginas do seu livro Rio das Flores, onde descreve as emoções do protagonista do romance, ao ver a sua primeira corrida em Sevilha.
Hélder Milheiro, licenciado em filosofia e membro da comissão executiva da Prótoiro, abordou seguidamente este tema pelo angulo da perceção, realidade e comunicação do valor social da festa. Recorrendo-se aos resultados de uma sondagem efectuada em Portugal, 86% dos inquiridos são contra a proibição da festa. 32% são aficionados; 20% são indiferentes e só 11% são absolutamente contra. É necessário criar, comunicar e gerir a marca tauromaquia às escalas nacionais, senão nos meios generalistas, por oposição ao que é politicamente incorreto, então usando os conteúdos de informação da net e da sua capacidade de difusão. Uma abordagem moderna desta problemática poderá quebrar o ciclo de isolamento de que nos queixamos.
O professor Marco Gomes, do Agrupamento de Escolas de Alter do Chão, falou do projecto que abraçou em comunhão com os alunos da sua escola, quando lhes perguntou daquilo que eles gostavam. Como havia gosto pela tauromaquia, por estarem numa região com raízes, criou-se um clube taurino da escola que tem proporcionado uma escola de vida, através de visitas, palestras e outras actividades. Divulgar a cultura taurina; incutir espirito de respeito; Fomentar o gosto pela actividade em grupo; Valorizar o espirito de solidariedade; incentivar a leitura e a escrita. Com estes objectivos, em senso lato, a tauromaquia serve o valor social da festa e sobretudo é uma semente que permite fazer, ou não, fazer novos e futuros aficionados.
A sessão da tarde deste segundo dia de trabalhos iciou-se com uma mesa redonda sobre os valores da solidariedade na festa dos toiros, antigos forcados. E quem melhor do que os forcados para falarem de solidariedade?
O moderador Maurício Vale, introduziu o tema.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

América do Sul e França em destaque no primeiro dia de Fórum

Os valores integradores da festa nas Américas e a luta dos toureiros em França centraram as atenções dos assistentes a este primeiro dia do fórum realizado na ilha Terceira, nos Açores.
 
Uma mesa redonda onde participaram os represantantes do Equador, Colômbia e México. Santiago Aguilar, jornalista equatoriano foi empolgante ao descrever a luta dos aficionados do seu país, cujas raizes se encontram nas comunidades indigenas: “Das quinhentas ganadarias que existem no Equador, trezentas pertencem a estas comunidades, à frente das quais está um maioral designado naquele país como Chagra.
Mas a demagogia politica daquele país, considera, erradamente, o toureio como um costume imposto e mantido contra a cultura tradicional equatoriana, conclui Aguilar.
 
Por sua parte, Victor Diusabá, falou da permanência dos toiros na Colômbia como um acto de fé, assegurando que esta actividade tem estado, desde sempre, unida com a história do país. Por isso o encerramento da praça de toiros de Santamaria, na capital , Bogotá, ordenada pelo municipio é um grave atentado aos taurinos e ao cultural daquele país. A praça foi sempre um termómetro politico e social na capital onde governo e opositores iam medir a sua popularidade. Agora tudo depende do Tribunal Constitucional, sobre quem vai recair a decisão de validar, ou não a decisão do presidente da cidade.
 
Concluiu esta ronda dos aficionados americanos, António Labra, também ele jornalista e escritor azeteca. Fez uma extensa descrição histórica sobre a evolução do toureio mexicano, por onde trespassaram os nomes dos toureiros mais importantes daquele país.
 
No último acto do dia foi efectuada a projecção do fime “El combate de la Esperanza”, que relata a luta dos toureiros franceses, nos anos setenta, para se imporem no seus país, abrindo caminho que estaba muito ocupado pelos toureiros espanhois, com a presença do seu realizador Jacques Boyer e do matador francês Richard Milian, acompanhados do jornalista Vincent Bourg “Zocato”.
 
Um colóquio animado e muito natural, com referências a Simon Casas, Roberto Piles e os irmãos Montcouquiol. Estes foram os percussores para a óptima situação actual dos toureiros e do toureio em França.

Os valores ecológicos e culturais da ganadaria brava

Os benefícios ecológicos da criação do toiro de lide, na Ilha Terceira e a evolução da bravura como valor cultural, foram profundamente dissecados na sessão que decorreu na parte da manhã do primeiro dia do III Fórum Mundial da Cultura taurina, que se celebra entre hoje e próximo domingo nos Açores.
No auditório da localidade de Praia da Vitória, vários especialistas locais, ligados aos ensino superior, insistiram em realçar a natureza peculiar destas ilhas, desertas há cinco séculos, onde o fenómeno da povoação humana foi um desafio com a introdução do toiro bravo, logo nos seus inícios.
 
Segundo Eduardo Dias, biólogo e professor da Universidade dos Açores, “a introdução do toiro bravo perturbou sensivelmente a paisagem dominante, mas alterou para melhor a flora desta ilha”. Também Paulo Henrique Silva, etnógrafo e director do SIARAM, falando sobre a vida natural dos Açores, assegurou que, desde há 500 anos que o toiro bravo defende zonas muito importantes da Terceira, uma das partes da Europa de maior riqueza médio ambiental.
O historiador Maduro Dias, retomou uma frase do orador anterior e reafirmou-se “como indígena desta ilha, que necessita de toiros para viver”, centrando esta afirmação na história da identificação dos terceirenses com as ganadarias de bravo e com a tauromaquia, tanto na sua vida diária, como no ritmo do trabalho e do lazer, o que faz com que quase todos se considerem “uns seres privilegiados”.
Finalmente, Pedro Correia, a propósito do seu trabalho de tese em Ciências Agrárias, dissertou sobre a sustentabilidade da criação do toiro bravo nos Açores, fazendo uma evolução histórica das ganadarias terceirenses e dos seus encastes.
 
Estas comunicações foram antecedidas de uma sessão solene de abertura dos trabalhos deste forúm, onde participaram Nuno Lopes, Director Regional da Cultura, em representação do Governo rRgional e também representantes da Câmaras de Angra do Heroismo e Praia da Vitória.
No discurso de abertura deste Forum, o presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, Arlindo Teles, assegurou que esta organização mantem a mesma ambição de há cinco anos, isto é, ajudar a festa, pesem embora as actuais dificuldades politicas e sociais.
Para Teles, este III Forum sobre a defesa dos valores da tauromaquia, “mais que uma reinvidicação da nossa cultura é uma afirmação da nossa identidade”.
 
O biólogo espanhol Fernando Gil Cabrera fechou as jornadas desta manhã, abordando o tema dos Valores Culturais da Criação do Toiro e sua Evolução Fisiológica”.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Gincanas à Portuguesa - resultados

A Associação Açoreana da Criadores de Cavalos, levou a efeito no passado dia 12 de Janeiro, mais uma jornada de Gincanas Tradicionais Portuguesas. O evento realizou-se uma vez mais no Hipódromo do Posto Santo. Aqui ficam os resultados:
Class.
Nome
Montada
Centro
Propriétario
Tempo
Pontos
Rui Correia
Duque
 
Rui Correia
4:03:03
12
Mark Barcelos
Gaucho
C.E.Q.M.
Nuno Pontes
4:27:00
10
Nuno Pontes
Gaucho
C.E.Q.M.
Nuno Pontes
04:28:0
8
Rui Lopes
Violino II
C.E.I.
Rui Lopes
05:35:0
6
Karen Pettifer
Capanga
C.E.Q.M.
Karen Pettifer
07:09:7
4

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

III Fórum Mundial da Cultura Taurina


“Os valores da tauromaquia” serão desta vez o argumento catalisador do Fórum Mundial da Cultura Taurina, que se consolida ao alcançar já a sua terceira edição, e que se celebrará entre os dias 23 e 26 do presente mês de Janeiro na Ilha Terceira.
 
Organizado pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense, com o apoio do Governo Regional dos Açores e de outras instituições locais, o Fórum contará desta vez com a participação de mais de cinquenta personalidades de diferentes países e de vários campos da cultura que farão “fincapé” na defesa dos valores que a tauromaquia aporta à sociedade actual.
A ecologia e as especificidades culturais da ganaderia de bravo, a integração da Festa dos Toiros na América, o esforço, a solidariedade e a coragem dos toureiros ou os contributos sociais e educativos deste espectáculo serão os temas a tratar ao longo de três intensas jornadas de conferências e mesas redondas, nas quais também se inclui a projecção de vários filmes e documentários ilustrativos.
 
Um dos actos mais atractivos terá lugar no sábado dia 25, com a exibição do filme “Tú solo”, protagonizado pelos alunos da Escola Taurina de Madrid dos primórdios dos anos oitenta, ao que se seguirá um colóquio entre os matadores de toiros El Fundi, José Luis Bote (recentemente nomeados directores dessa Escola) e Cristina Sánchez, que dialogarão sobre os valores educativos do toureio entre a infância e a adolescência.
Uma mesa redonda com prestigiados forcados abordará o dia anterior o valor da solidariedade na arena, assim como no domingo encerrará as jornadas um debate acerca do livro “Diálogo con Navegante”, um profundo ensaio sobre o toureio inspirado nas palavras de José Tomás e com a rúbrica de vários autores, no qual estará presente, entre outros, o filósofo francês Francis Wolff.
 
Neste III Fórum Mundial da Cultura Taurina destacam-se também as conferências de Juan Medina e Fernando Gil Cabrera sobre “Os valores económicos da tauromaquia” e “Os valores culturais da criação do toiro bravo e a sua evolução genética”, respectivamente. A luta dos toureiros franceses dos anos setenta, a ecologia do toiro bravo nos Açores e um recital poético-flamenco sobre a figura de Juan Belmonte são alguns outros destaques de um programa que voltará a centrar a atenção do mundo dos toiros nos Açores em mais um inverno.
 
Durante estes quatro dias, e em distintos espaços, a Ilha Terceira viverá uma intensa actividade taurina, como já sucedeu nas duas primeiras edições do Fórum, organizadas em 2009 e 2012, que se dedicaram a analisar o futuro da tauromaquia a nível mundial e a difusão e a promoção da Festa nos meios de comunicação e nas redes sociais.
O período de inscrições no III Fórum Mundial da Cultura Taurina já está aberto. Para qualquer informação os interessados podem dirigir-se ao seguinte correio electrónico: forumculturataurina@gmail.com .

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