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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A Ferragem

Em tauromaquia o termo Ferragem é atribuido às hastes de madeira, de diferentes tamanhos, ornamentadas com papel de seda e flores, tendo numa das pontas um arpão que se crava no toiro.

Segundo o Regulamento do Espectáculo Tauromáquico (Decreto Regulamentar nº. 62/91 de 29 de Novembro) em vigor, podem ser utilizados os seguintes tipos de ferragem:

Bandarilha - deve medir 70 cm de comprimento, ser enfeitadas com papel de seda de variadas cores e rematadas com um ferro de 8 cm, com um arpão de 4 cm de comprimento e 2 cm de largura;

Ferro Comprido - Deve medir 140 cm de comprimento e possuir decoração e arpão idêntico ao da Bandarilha. Este deve partir de modo a que uma haste de 35 cm fique presa ao touro e o restante na mão do cavaleiro;

Ferro curto - Deve medir 80 cm de comprimento e possuir decoração e arpão idêntico ao da Bandarilha.

O regulamento estipula que as bandarilhas a colocar a duas mãos pelo cavaleiro devem medir 90 cm de comprimento.
Na lide de Garraios e Vacas a ferragem tem as mesmas dimensões excepto o arpão, o qual não pode exceder 3 cm de comprimento por 1 de largura.

É ainda usual a utilização de ferros de palmo ou palmitos, com cerca de 25 cm de comprimento.
As dimensões da ferragem em Espanha é distinta de Portugal. Nos Estados Unidos da América o arpão é substituido por um "velcro" que se fixa a uma almofada previamente colocada sobre o morrilho do toiro.
O fabrico das Bandarilhas compete ao embolador de serviço sendo distribuídas aos moços de espadas após inspecção por parte do Director de Corrida.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Corrida de Toiros de Thornton - Crónica

Praça de Toiros de Thornton, 22 de Outubro de 2007
Festa de Nossa Senhora de Fátima de Thornton
-Cavaleiros-
João Moura
Vasco TabordaJúnior
-Matador-
José Luís Gonçalves
-Novilheiro-
Nuno Casquinha
Toiros de Manuel de Sousa & Filhos (3)
e Manuel da Costa Júnior (3)
Forcados de Mazatlan e do Aposento de Turlock
Director da Corrida - João Gonçalves
Banda de Escalon
Praça cheia
Toiros de ambas as ganadarias a cumprirem com realce para o sexto de Manuel da Costa Júnior.

Todas as corridas de Segunda-feira da Feira de Thornton são sempre muito barulhentas, com falta de respeito pelos artistas e quando chega ao fim por muito boa que tenha sido a corrida ficamos sempre com a sensação de estarmos numa aldeia mexicana com muito barulho a mais para os meus nervos.
Quando vou a uma praça é para ver tourear, tal como quando vou ao teatro é para ver os artistas representarem. Tenho pena que isto continue a acontecer nas nossas praças, o que mostra que nada aprendemos quando vamos à Terceira, Espanha, ou Portugal onde o silêncio impera nas boas praças.
Nessa Segunda-feira todos os caminhos taurinos iam dar a Thornton. Mais uma vez iríamos ver Mestre João Moura, agora enfrentando toiros Sousa e Costa.
Se no Sábado João Moura abriu a Cartilha de Marialva, nesta Corrida abriu a enciclopédia britânica a todo o comprimento, mostrando mais uma vez quem é que manda numa praça em frente de toiros codiciosos e de boa prestação. Quer nos compridos quer nos curtos João Moura deliciou-se e deliciou-nos com o seu toureio inteligente, muito menos moura do que habitualmente faz em Portugal. Toureou mais clássicamente do que na sua terra e isso foi muito apreciado. Todos os seus movimentos fizeram-me pensar nos grandes dançarinos de tangos e valsas. Tudo muito bem sincronizado, levando o toiro sempre interessado no cavalo e cravando à sua medida. Os cavalos devem-se ter apercebido de quem é que estava em cima deles, pois portaram-se maravilhosamente bem, respondendo a todas as manobras do Mestre Moura como se dele fossem. Uma noite para ser recordada, mas o barulho era tanto que muita gente nem se apercebeu como João Moura foi mesmo Mestre.
Vasco Taborda, que já no Sábado tinha dado mostras de estar muito mais cavaleiro do que no ano passado, esteve bem no seu primeiro toiro, cravando com vontade e mostrando-se bem. O seu segundo era mais complicado. Nota-se nele a falta de tourear e como já dissemos muitas vezes a vida destes jovens em Portugal é tramada de dificuldades postas por muitos empresários de praças que não querem dar oportunidades a jovens a não ser que sejam filhos de cavaleiros de grande nome, como toda a gente sabe. É o delírio completo em Portugal e basta ler a imprensa especializada para se compreender como mal vai aquele país que antes era de toiros e agora é de grandes oportunistas. Ponto final parágrafo.
José Luís Gonçalves apanhou um Sousa à sua medida. No capote esteve bem mas foi na muleta que Gonçalves mostrou toda a sua plástica de toureio artista, encaminhando o toiro na flanela como bem desejou. Houve momentos de rara beleza, mas mais uma vez havia muito barulho, muita gente desinteressada. Foi uma faena sempre pela direita, porque o toiro fez-lhe um estranho pela esquerda e o matador não mais quiz arriscar por esse lado. Ficou provado mais uma vez que este método de um toiro só para matador não interessa à festa brava.
Nuno Casquinha apanhou o mais nobre toiro da corrida e pena foi que o toiro não tivesse a fiereza, a pimenta necessária para ser um completo toiro de lide. Nuno Casquinha, quer pela direita quer pela esquerda mostrou que os ensinamentos da Escola de Toureio de Madrid têm dado resultados. Poderemos sempre pensar que se outro matador apanhasse este toiro o que não teria sido. Nuno Casquinha criou ambiente para poder voltar à California e tourear dois toiros em corridas futuras.
Os Forcados de Mazatlan tiveram uma boa pega no seu primeiro toiro (Mário Calderon), para no seu segundo ter pegado à terceira tentativa e carregada (Sergio Cruzado).
O Júnior do Aposento de Turlock fechou-se bem no segundo toiro da noite e Donaldo Mota à segunda tentativa numa pega carregada.
Pena que a praça estivesse muito seca causando muitos problemas a muita boa gente. Água é o que há mais nesta California. Para o ano alguém tem de prestar melhor atenção ao estado da arena.
Está de parabéns a Comissão das Festas de Thornton bem como os ganaderos, artistas e todos aqueles que participaram nesta Feira Taurina que decorreu num nível muito bom para a nossa terra.
E assim se acabou o q’era doce. Até para o ano.

José Ávila
Fotos: Portuguese Tribune

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Tourada à Corda em números

Após o término da época taurina na ilha Terceira, já lá vai mais de um mês, importa agora olhar para os números daquela que é a manifestação taurina característica do povo ilhéu, a Tourada à Corda. Neste ano de 2007 realizaram-se 257 touradas no período compreendido entre os dias 1 de Maio e 15 de Outubro. A estatística revela que a ganadaria de Humberto Filipe foi a que mais animais emprestou aos arraiais da ilha Terceira, num total de 65 espectáculos. Analisando os números por concelho verifica-se que Angra do Heroísmo acolheu 149 espectáculos enquanto que na Praia da Vitória foram contabilizados 108. Os dados indicam que apesar do decréscimo verificado em relação aos últimos dois anos, o ano de 2007 regista um crescimento de 8% quando comparado com o ano 2000.

(clique no gráfico para uma melhor visualização)

** Neste gráfico estão contabilizadas as touradas com curros parciais e as vacadas
(clique no gráfico para uma melhor visualização)


(clique no gráfico para uma melhor visualização)

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

"Magazine Tauromáquico" homenageado

O programa da RTP-Açores "Magazine Tauromáquico" será homenageado esta noite em Angra do Heroísmo, no âmbito da Gala de Outono do canal de televisão açoriano. Serão entregues distinções a todos quantos contribuiram para aquele que é o programa taurino mais antigo da televisão portuguesa. O "Magazine Tauromáquico" completou no passado mês de Maio 20 anos de emissão sob a coordenação do realizador e aficcionado Carlos João Ávila. Muitos foram aqueles que deram o seu contributo a este programa quinzenal, destacando-se a presença do crítico tauromáquico, recentemente desaparecido, Ricardo Jorge. Nestes últimos anos de emissão, a apresentação tem estado a cargo do crítico Mário Rodrigues.
O espectáculo que terá lugar no Centro Cultural e de Congressos da cidade Património Mundial tem início marcado para as 21h30 e contará com a presença de diversos artistas locais. A entrada é gratuita.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Tourada à Corda no Raminho - anos 60

Imagens de uma Tourada à Corda realizada no Raminho, na década de 60
Edição de
César Costa

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Gado Bravo com parque temático na ilha Terceira

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo anunciou que pretende, em cooperação com o governo e privados, construir quatro parques temáticos no concelho.
Um parque lúdico, prometido pelo actual presidente em campanha eleitoral, um parque dedicado à espeleologia, um parque que engloba a lide e o maneio do gado bravo e, por último, uma parque que mostre a flora endémica.
Segundo José Pedro Cardoso, presidente da autarquia angrense, esta é uma “aposta forte no âmbito” da animação turística do concelho.
O autarca garante que o concelho tem condições, algumas naturais, para desenvolver estes projectos e responder a algumas lacunas da ilha em relação à animação dos visitantes.
O responsável autárquico adiantou ainda que estes empreendimentos serão executados até ao final do mandato e contarão com a colaboração e comparticipação financeira de privados, instituições de utilidade pública, do governo regional e da autarquia.
José Pedro Cardoso adiantou ainda que os projectos e as localizações serão apresentados publicamente no início do próximo ano.
Para o autarca não é importante quem teve a ideia ou apresentou os parques, o fundamental é que o concelho de Angra do Heroísmo passe a ter os quatro parques e outra capacidade de resposta em termos de animação. “Trata-se de potencializar os nossos recursos. Alguns naturais” – explica.
O parque lúdico não deverá fugir à ideia lançada por José Pedro Cardoso na campanha eleitoral, será vocacionado para o entretenimento e, em princípio, a parte lúdica será ligada às actividades aquáticas. Quanto à parte cultural será abordada, de “forma superficial e integrada nas actividades propostas”. É entendimento da autarquia que o conhecimento profundo da história e da cultura da ilha deverá ser mostrado entidades avalizadas na matéria.
O parque, que abrangerá áreas relacionadas com "os endemismos da ilha e com a evolução da agricultura, desde o tempo dos primeiros povoadores até aos nossos dias", para além de outros focos de interesse da vida comunitária, já foi anunciado pelo o secretário regional da Economia, Duarte Ponte. Na ocasião, o governante informou que a infra-estrutura de animação turística seria num terreno de 30 mil metros quadrados.
A localização do parque espeleológico não deverá fugir ao centro da ilha e a autarquia deverá contar com a colaboração “Os Montanheiros”, contudo, José Pedro Cardoso não confirma a informação.
Por último, o parque temático sobre a cultura tauromáquica da ilha deverá localizar-se na zona da Caldeira Guilherme Moniz e deverá mostrar aos visitantes a lide e o maneio do Gado Bravo.


Fonte: A União

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Foto do Mês - Novembro de 2007

Par de Bandarilhas - Praça de Toiros de São João, Angra do Heroísmo, 1927

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