Praça de Toiros de Thornton, 22 de Outubro de 2007
Festa de Nossa Senhora de Fátima de Thornton
-Cavaleiros-
João Moura
Vasco TabordaJúnior
-Matador-
José Luís Gonçalves
-Novilheiro-
Nuno Casquinha
Toiros de Manuel de Sousa & Filhos (3)
e Manuel da Costa Júnior (3)
Forcados de Mazatlan e do Aposento de Turlock
Director da Corrida - João Gonçalves
Banda de Escalon
Praça cheia
Toiros de ambas as ganadarias a cumprirem com realce para o sexto de Manuel da Costa Júnior.
Todas as corridas de Segunda-feira da Feira de Thornton são sempre muito barulhentas, com falta de respeito pelos artistas e quando chega ao fim por muito boa que tenha sido a corrida ficamos sempre com a sensação de estarmos numa aldeia mexicana com muito barulho a mais para os meus nervos.
Quando vou a uma praça é para ver tourear, tal como quando vou ao teatro é para ver os artistas representarem. Tenho pena que isto continue a acontecer nas nossas praças, o que mostra que nada aprendemos quando vamos à Terceira, Espanha, ou Portugal onde o silêncio impera nas boas praças.
Nessa Segunda-feira todos os caminhos taurinos iam dar a Thornton. Mais uma vez iríamos ver Mestre João Moura, agora enfrentando toiros Sousa e Costa.
Se no Sábado João Moura abriu a Cartilha de Marialva, nesta Corrida abriu a enciclopédia britânica a todo o comprimento, mostrando mais uma vez quem é que manda numa praça em frente de toiros codiciosos e de boa prestação. Quer nos compridos quer nos curtos João Moura deliciou-se e deliciou-nos com o seu toureio inteligente, muito menos moura do que habitualmente faz em Portugal. Toureou mais clássicamente do que na sua terra e isso foi muito apreciado. Todos os seus movimentos fizeram-me pensar nos grandes dançarinos de tangos e valsas. Tudo muito bem sincronizado, levando o toiro sempre interessado no cavalo e cravando à sua medida. Os cavalos devem-se ter apercebido de quem é que estava em cima deles, pois portaram-se maravilhosamente bem, respondendo a todas as manobras do Mestre Moura como se dele fossem. Uma noite para ser recordada, mas o barulho era tanto que muita gente nem se apercebeu como João Moura foi mesmo Mestre.
Vasco Taborda, que já no Sábado tinha dado mostras de estar muito mais cavaleiro do que no ano passado, esteve bem no seu primeiro toiro, cravando com vontade e mostrando-se bem. O seu segundo era mais complicado. Nota-se nele a falta de tourear e como já dissemos muitas vezes a vida destes jovens em Portugal é tramada de dificuldades postas por muitos empresários de praças que não querem dar oportunidades a jovens a não ser que sejam filhos de cavaleiros de grande nome, como toda a gente sabe. É o delírio completo em Portugal e basta ler a imprensa especializada para se compreender como mal vai aquele país que antes era de toiros e agora é de grandes oportunistas. Ponto final parágrafo.
José Luís Gonçalves apanhou um Sousa à sua medida. No capote esteve bem mas foi na muleta que Gonçalves mostrou toda a sua plástica de toureio artista, encaminhando o toiro na flanela como bem desejou. Houve momentos de rara beleza, mas mais uma vez havia muito barulho, muita gente desinteressada. Foi uma faena sempre pela direita, porque o toiro fez-lhe um estranho pela esquerda e o matador não mais quiz arriscar por esse lado. Ficou provado mais uma vez que este método de um toiro só para matador não interessa à festa brava.
Nuno Casquinha apanhou o mais nobre toiro da corrida e pena foi que o toiro não tivesse a fiereza, a pimenta necessária para ser um completo toiro de lide. Nuno Casquinha, quer pela direita quer pela esquerda mostrou que os ensinamentos da Escola de Toureio de Madrid têm dado resultados. Poderemos sempre pensar que se outro matador apanhasse este toiro o que não teria sido. Nuno Casquinha criou ambiente para poder voltar à California e tourear dois toiros em corridas futuras.
Os Forcados de Mazatlan tiveram uma boa pega no seu primeiro toiro (Mário Calderon), para no seu segundo ter pegado à terceira tentativa e carregada (Sergio Cruzado).
O Júnior do Aposento de Turlock fechou-se bem no segundo toiro da noite e Donaldo Mota à segunda tentativa numa pega carregada.
Pena que a praça estivesse muito seca causando muitos problemas a muita boa gente. Água é o que há mais nesta California. Para o ano alguém tem de prestar melhor atenção ao estado da arena.
Está de parabéns a Comissão das Festas de Thornton bem como os ganaderos, artistas e todos aqueles que participaram nesta Feira Taurina que decorreu num nível muito bom para a nossa terra.
E assim se acabou o q’era doce. Até para o ano.
Festa de Nossa Senhora de Fátima de Thornton
-Cavaleiros-
João Moura
Vasco TabordaJúnior
-Matador-
José Luís Gonçalves
-Novilheiro-
Nuno Casquinha
Toiros de Manuel de Sousa & Filhos (3)
e Manuel da Costa Júnior (3)
Forcados de Mazatlan e do Aposento de Turlock
Director da Corrida - João Gonçalves
Banda de Escalon
Praça cheia
Toiros de ambas as ganadarias a cumprirem com realce para o sexto de Manuel da Costa Júnior.
Todas as corridas de Segunda-feira da Feira de Thornton são sempre muito barulhentas, com falta de respeito pelos artistas e quando chega ao fim por muito boa que tenha sido a corrida ficamos sempre com a sensação de estarmos numa aldeia mexicana com muito barulho a mais para os meus nervos.
Quando vou a uma praça é para ver tourear, tal como quando vou ao teatro é para ver os artistas representarem. Tenho pena que isto continue a acontecer nas nossas praças, o que mostra que nada aprendemos quando vamos à Terceira, Espanha, ou Portugal onde o silêncio impera nas boas praças.
Nessa Segunda-feira todos os caminhos taurinos iam dar a Thornton. Mais uma vez iríamos ver Mestre João Moura, agora enfrentando toiros Sousa e Costa.
Se no Sábado João Moura abriu a Cartilha de Marialva, nesta Corrida abriu a enciclopédia britânica a todo o comprimento, mostrando mais uma vez quem é que manda numa praça em frente de toiros codiciosos e de boa prestação. Quer nos compridos quer nos curtos João Moura deliciou-se e deliciou-nos com o seu toureio inteligente, muito menos moura do que habitualmente faz em Portugal. Toureou mais clássicamente do que na sua terra e isso foi muito apreciado. Todos os seus movimentos fizeram-me pensar nos grandes dançarinos de tangos e valsas. Tudo muito bem sincronizado, levando o toiro sempre interessado no cavalo e cravando à sua medida. Os cavalos devem-se ter apercebido de quem é que estava em cima deles, pois portaram-se maravilhosamente bem, respondendo a todas as manobras do Mestre Moura como se dele fossem. Uma noite para ser recordada, mas o barulho era tanto que muita gente nem se apercebeu como João Moura foi mesmo Mestre.
Vasco Taborda, que já no Sábado tinha dado mostras de estar muito mais cavaleiro do que no ano passado, esteve bem no seu primeiro toiro, cravando com vontade e mostrando-se bem. O seu segundo era mais complicado. Nota-se nele a falta de tourear e como já dissemos muitas vezes a vida destes jovens em Portugal é tramada de dificuldades postas por muitos empresários de praças que não querem dar oportunidades a jovens a não ser que sejam filhos de cavaleiros de grande nome, como toda a gente sabe. É o delírio completo em Portugal e basta ler a imprensa especializada para se compreender como mal vai aquele país que antes era de toiros e agora é de grandes oportunistas. Ponto final parágrafo.
José Luís Gonçalves apanhou um Sousa à sua medida. No capote esteve bem mas foi na muleta que Gonçalves mostrou toda a sua plástica de toureio artista, encaminhando o toiro na flanela como bem desejou. Houve momentos de rara beleza, mas mais uma vez havia muito barulho, muita gente desinteressada. Foi uma faena sempre pela direita, porque o toiro fez-lhe um estranho pela esquerda e o matador não mais quiz arriscar por esse lado. Ficou provado mais uma vez que este método de um toiro só para matador não interessa à festa brava.
Nuno Casquinha apanhou o mais nobre toiro da corrida e pena foi que o toiro não tivesse a fiereza, a pimenta necessária para ser um completo toiro de lide. Nuno Casquinha, quer pela direita quer pela esquerda mostrou que os ensinamentos da Escola de Toureio de Madrid têm dado resultados. Poderemos sempre pensar que se outro matador apanhasse este toiro o que não teria sido. Nuno Casquinha criou ambiente para poder voltar à California e tourear dois toiros em corridas futuras.
Os Forcados de Mazatlan tiveram uma boa pega no seu primeiro toiro (Mário Calderon), para no seu segundo ter pegado à terceira tentativa e carregada (Sergio Cruzado).
O Júnior do Aposento de Turlock fechou-se bem no segundo toiro da noite e Donaldo Mota à segunda tentativa numa pega carregada.
Pena que a praça estivesse muito seca causando muitos problemas a muita boa gente. Água é o que há mais nesta California. Para o ano alguém tem de prestar melhor atenção ao estado da arena.
Está de parabéns a Comissão das Festas de Thornton bem como os ganaderos, artistas e todos aqueles que participaram nesta Feira Taurina que decorreu num nível muito bom para a nossa terra.
E assim se acabou o q’era doce. Até para o ano.
José Ávila
Fotos: Portuguese Tribune
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