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quarta-feira, 28 de março de 2007

Os Bonecos do Bruno

No dia 6 de Março surgiu o blog "Os Bonecos do Bruno", da autoria do bom amigo Bruno Rafael. É uma página de visita obrigatória, onde se poderão contemplar autênticas obras de arte, executadas pelo autor. Além de inúmeras carícaturas alusivas ao desporto motorizado, dando-se destaque aos ralies, poderão ainda ser contempladas alusões à festa dos toiros (como se pode ver no exemplo abaixo, intitulado "Toiro puro"), outra das grandes paixões do autor do blog.

http://bonecosdobruno.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de março de 2007

Feira Taurina Snjoaninas 2007 - Ganadarias - IT

Irmãos Toste
Ferro
Antiguidade: 1995

Sinal de orelhas
Esquerda: Mossa
Direita: Rachada

Divisa
Azul e Amarela


Proprietário: José Manuel Mendes Toste
Morada: Caminho do Meio, nº1 - Cabo da Praia, 9760-107 Praia da Vitória
Entidade exploradora: José Manuel Mendes Toste
Representante: Oldemiro Mendes Toste
Morada: Caminho do Meio, nº1 - Cabo da Praia, 9760-107 Praia da Vitória
Telefone/Fax: 295 512 047 / 919 872 262
Exploração solar do efectivo: Pico do Alpaná, Serra do Cume, Terra Chã, Praia da Vitória
Freguesia/Concelho: Terra Chã - Praia da Vitória
Maioral: José de Castro Toste
Procedência: Paulo Caetano, Lupi e Simão Malta
Encaste actual: Cabral Ascensão e Urquijo
Nota histórica: Fundada em 1995, com vacas adquiridas a Paulo Caetano e sementais das ganadarias de Lupi e Simão Malta.
Observações: Solicitou a sua inscrição na Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide. Sigla do Livro Genealógico: 8.AP.102-PTE
Antiguidade: Encontra-se em fase de prestação de provas de acesso à APCTL
História da ganadaria dos Irmãos Toste: A ganadaria dos Irmãos Toste é a mais jovem ganadaria terceirense que está inscrita na Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide. Ganadaria dos Irmãos Toste pertence a estes dois aficionados terceirenses da freguesia do Cabo da Praia, José Manuel Mendes Toste e Odemiro Mendes Toste.A sua divisa é azul e amarela, o seu ferro é um losango com um T no interior, o gado tem como sinais: na orelha esquerda, uma mossa e na direita a orelha rachada. A sua exploração situa-se no Pico do Alpaná onde pastam os toiros e na Serra do Cume as vacas.Desde míudos que estes aficonados têm gosto pelos toiros, mas nunca pensaram que mais tarde seriam ganaderos.Iniciaram a sua ganaderia comprando duas novilhas ao ganadero Ezequiel Rodrigues e este último emprestou o primeiro semental que tiverem com elas. Em 1991, pelas festas da Praia da Vitória, vieram 8 novilhas da ganadaria do Cavaleiro continental Paulo Caetano, daí nasceram quatro novilhos e 4 vacas e adquiriram, ainda um toiro de ferro Guiomar Moura, ao ganadero Filipe de Sousa que por sua vez tinha comprado a José Albino Fernandes.Assim iniciaram a desenvolveram o gosto pela criação de gado bravo e pela sua ganadaria. Em 1993 adquiriram um toiro de Samuel Lupi, o nº 3 à ganadaria de Rego Botelho.Deram a primeira Tourada à Corda no dia 5 de Junho de 1994, na freguesia da Fonte do Bastardo. Por ano costumam dar 8 a 9 corridas à corda. Em 1995 resolveram que seria inportante pertencerem à Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, só assim teriam o apoio técnico e a protecção que esta associação poderá dar. Para isso tiveram de adquirir 25 vacas-novilhas do ferro Paulo Caetano. Continuaram com o seu semental, o nº 3. Em 1996 lançaram às vacas um toiro de ferro Simão Malta. Estrearam-se na Praça da Ilha Terceira, a 6 de Abril de 1996, num Festival de Beneficência com 3 novilhas que foram toureados pelos cavaleiros Terceirences: João Carlos Pamplona, Pedro Pavão e João Miranda, tiveram excelente apresentação e deram algumas provas de bravura. Estes ganaderos têm como objectivo conseguir criar um toiro que dê boa lide na Praça e sirva para proporcionar umas boas cordas. Tudo isto exige um trabalho árduo, acompanhado de grande expectativa e de grande fé nos produtos que irão resultar do último investimento. A Festa Brava na opinião destes ganaderos é muito exigente e por isso obriga a grandes trabalhos e muito investimento. Pelas Sanjoaninhas de 1997, efectuaram a sua primeira Ferra com a presença do Representante da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, Dr. Vasco Lucas, procedendo à ferra de 10 machos e 5 fêmeas e têm como obrigação prestar provas. Durante três anos terão de dar uma corrida completa. Estão esperançados que a construção da nova Praça de Toiros na cidade da Praia da Vitória proporcione mais oportunidades para poderem correr os seus toiros e para que haja mais espectáculos. Até hoje as sua experiências têm sido recolhidas nas dificuldades. Não esquecem que para obterem um toiro terão de esperar 4 anos, mas as expectativas mantêm-se e acreditam que depois de todo este investimento e do prazer de criar toiros bravos terão hipótese de obterem o fruto dos seus objectivos e atingirem alguns lucros.

Fonte: Associação Regional de Criadores da Tourada à Corda

quarta-feira, 7 de março de 2007

Praça de Santo António - a mais antiga de Portugal.

Apesar de este ser um artigo de 2004, é aqui transcrito porque vale sempre a pena relembrar o ponto a que as coisas chegam. Quem ainda não tinha conhecimento, fica aqui com uma breve resenha do mais antigo "redondel" do país: A Praça de Santo António, na freguesia dos Biscoitos.

"É a primeira Praça de Touros do País, com o primeiro Alvará conhecido, datado de 1885, antes de Setembro, onde se realizaram as primeiras corridas oficiais. A Praça de Toiros de Santo António, no Porto dos Biscoitos, foi fundada por José Cupertino e é hoje propriedade da Sociedade Filarmónica Progresso Biscoitense. Todos os anos se realizam algumas corridas para entretenimento popular, com destaque para o dia da famosa tourada à corda do Porto dos Biscoitos. Actualmente em péssimo estado, é uma relíquia deixada pela fidalguia e pela lavoura terceirenses e é história viva a merecer uma visita... depois de arranjada. Nesta praça actuaram os melhores amadores terceirenses e profissionais continentais de fins do século XIX e só por esse motivo é um verdadeiro museu.

Conquanto o primeiro Alvará de corridas de toiros na Praça de Santo António, na freguesia dos Biscoitos, que resistiu ao tempo, data de 1885, e é assinado pelo Conde Sieuve de Meneses, Par do Reino, vogal do Concelho de Distrito, Secretário do Governador Civil de Angra do Heroísmo, a verdade é que a voz do povo fala de corridas de toiros naquela Praça, em épocas anteriores.O que é oficial é que esta é a primeira praça a possuir um alvará para corridas de toiros em todo o território nacional, apenas existindo a dúvida por tratar-se de uma praça rectangular, e a dúvida existe apenas porque é assim que ela hoje é, apesar de o Alvará do Conde Sieuve de Meneses a apelidar de “redondel”.

Sendo o redondel propriedade de José Cupertino, que também possuía a ermida, reza a história, escrita numa publicação de nome “Borboleta”, que o proprietário do local realizava uma festa em homenagem a Santo António e que esta constava de Missa Cantada, Bodo e Procissão.Em 1884 e 1885 “e certamente enquanto José Cupertino ali viver ou residiu, a festividade era de sua iniciativa.Contígua ao pequeno templo, José Cupertino erguera, primeiro de forma improvisada, um redondel, intitulado de Santo António (nome que ainda hoje se mantém), tendo gasto para a realização da obra a quantia de 360 mil réis. A praça de Santo António foi inaugurada oficialmente no primeiro domingo de Setembro, corria então o dia 6 desse mês, do ano de 1885, com sete toiros das manadas do comendador José Borges Leal Corte.Real, Francisco Ennes Ramalho de Medeiros e Manuel Corvelo & Irmão, tendo os toiros sido farpeados por Eduardo Santos, conhecido por “Varino”, Luís Machado Ávila, a que chamavam os aficionados da época, de “Canário” e José de Sousa, de apelido “Moreno”. Na segunda-feira a seguir, realizou-se novo “divertimento”, com gado de Mateus Borges do Canto, José Borges Barcelos, António Luís Parreira e João de Sousa. Esta iniciativa, segundo tudo indica, terá resultado em pleno, com as bancadas de então repletas de terceirenses provenientes de toda a ilha, com destaque para os angrenses e isto porque, segundo o anúncio que se seguiu, e a pedido do público, mais três espectáculos taurinos ali tiveram lugar. Em dois deles, Francisco Ennes Ramalho de Medeiros foi o “inteligente”, ou director de corrida, tendo o último espectáculo da temporada ocorrido no dia 7 de Outubro, com curro de António Luís Parreira. Os alvarás para as corridas da Praça de Toiros de Santo António eram passados de dois em dois anos, pelo menos aqueles que ainda hoje se encontram expostos na sala da Sociedade Filarmónica Progresso Biscoitense, em conjunto com alguns cartazes da época.

A “APARIÇÃO” E OS PREÇOS
Na corrida de toiros, que teve lugar na Praça de Toiros de Santo António, a 7 de Outubro de 1885, apareceu pela primeira vez em arena aquela que foi apelidada de “a corajosa Maria da Conceição”, que lidou com sucesso e para gáudio dos presentes, um dos toiros e que acabou constituindo um dos grandes atractivos do cartaz. Quanto ao preço dos bilhetes, este divergia da seguinte forma: bancada de sombra e sol, entrada e meia entrada, respectivamente, a $240, $120 e $60 réis. Quanto aos palanques (camarotes), de sombra com ramagem, para famílias e que recebiam como lotação máxima 18 pessoas, o custo era de 3$000 réis, enquanto que os de sol, provavelmente por falta da ramagem, mas com lotação idêntica, o custo fora fixado em 2$500 réis, uma óptima quantia para a época. Mas eram muitas as pessoas que queriam estar presentes nas touradas da Praça de Toiros de Santo António e não faltavam maneiras de as contentar, pelo que houve necessidade de criar espaços para os que, por menores posses, eram aficcionados da festa brava. Assim, os chamados “lugares em pé resguardados por trincheiras”, custavam $70 réis cada. José Cupertino deveria ser ainda um bom empresário e isto porque não se esqueceu de criar espaços de venda para os bilhetes que, para além de se venderam nos Biscoitos e nas freguesias limítrofes, ainda podiam ser adquiridos em Angra do Heroísmo, na Loja Zeferino Augusto da Costa, e por Joaquim Maria Brum e João Vieira Lopes Barbosa, na Agualva, bem como por António Coelho Ribeiro, conhecido por “Pechita”, na freguesia das Lajes. Do que reza a história, sabe-se ainda que nos anos posteriores se terão repetido iniciativas deste género, de forma consistente e sabe-se, já no ano de 1900, sobre a realização de outra corrida com carácter de “espectacular”, que decorreu a 23 de Setembro, com sete toiros de Manuel Maria Brum, e que foi ainda animada, segundo o cartaz da época, por “trabalhos ginásticos da trupe COLORAU”. Ainda, e referente ao ano de 1905, esteve ali a tourear um novilheiro terceirense, de raça negra, o José de Sousa, segundo pode ler-se no livro “Toiros e Toiradas na ilha Terceira, de 1970 e da Autoria de Pedro de Merelin. OS FURIOSOS DA ÉPOCA A 24 de Setembro de 1911, destaca-se um cartaz enorme, onde pode ler-se: “Praça de Santo António – na pitoresca e agradável freguezia dos Biscoitos – Variado espectáculo composto de tauromachia e de alguns números de gymnastica, por ocasião das festas de Santo António do Porto de Santa Cruz – Uma Soberba e arrogante corrida de toiros em que actuam D. José Sieuve de Menezes e João Coelho de Sousa Pacheco – Os 7 furiosos toiros serão lidados pelos denodados bandarilheiros João Delgado (Mazzantini) e José Vicente, coadjuvados por alguns dos nossos melhores amadores”. Refere-se ainda que, haverá um “engraçado intervallo com a Barraca Ambulante”. Mais adiante, no tempo, um outro cartaz aponta para “Alta Novidade – Alguns amadores d’Angra do Heroísmo, prestam-se generosamente a tomar parte no primeiro espectáculo, executando diversos trabalhos de gymnastica, para duas soberbas e arrogantes corridas de toiros, sendo a primeira do afamado e opulento creador sr. João Coelho de Sousa Pacheco e a segunda dos acreditados e laureados lavradores, srs. Manuel Soares Corvelo & Irmão e Felix Machado Barcellos – Os touros serão lidados pelos denodados bandarilheiros João Delgado (Mazzantini), e José Vicente, coadjuvados por alguns dos nossos mais festejados amadores”.

UM BELO PASTO!
Actualmente e apesar de continuarem a realizar-se algumas corridas (vacadas), sendo que no ano passado (2003) ocorreram três, nunca sendo de esquecer a do primeiro domingo de Setembro, dia da famosa tourada do Porto dos Biscoitos, a verdade é que a Praça de Santo António se apresenta totalmente degradada e sem qualquer sinal do seu passado de grande honra. Vítima das ressalgas do mar e do constante vandalismo, para além de alguma incúria, por ventura proveniente do cada vez menor uso que lhe é dado, a Praça de Toiros de Santo António, apesar de reviver todos os anos, pela segunda-feira dos Biscoitos, é hoje uma sombra do passado, onde, em vez de ganadeiros, existiam lavradores e no lugar de grandes matadores estrangeiros, os bandarilheiros que fizeram história na ilha Terceira, faziam as honras da casa em tempo em que os réis mandavam mas era o povo quem fazia a festa. As mudanças e reparações naquela Praça, mais que não seja por constituir património e ser “apenas” a mais antiga de Portugal, justificam um maior cuidado e um olhar mais nobre dos aficcionados, sejam eles dos Biscoitos ou de qualquer outra parte da ilha ou até do País, nem sendo despropositada a visita dos turistas que tanto procuram a pitoresca freguesia do norte da ilha."

in Diário Insular

sexta-feira, 2 de março de 2007

Foto do Mês - Março de 2007

Início da Corrida - Praça de Toiros do Espírito Santo - Angra do Heroísmo, ilha Terceira

Feira Taurina Sanjoaninas 2007 - Ganadarias - ER

Herdeiros de Ezequiel Rodrigues

Ferro

Antiguidade: 1975

Sinal de orelhas

Esquerda: Brincada
Direita: Brincada

Divisa
Verde e Branca

Proprietário: Herdeiros de Ezequiel Vieira Rodrigues
Morada: Rua Pe. Francisco Cruz, nº 82, São Bartolomeu dos Regatos, 9700 - Angra do Heroísmo
Entidade exploradora: Herdeiros de Ezequiel Vieira Rodrigues
Representante: José Manuel Nascimento Silveira Rodrigues
Morada: Rua Pe. Francisco Cruz, nº 82, São Bartolomeu dos Regatos, 9700 - Angra do Heroísmo
Telefone/Fax: 295 332 715 / 962 810 894

Exploração solar do efectivo: Boins, Chambre, Carvão, Pico dos Cedros e LadeirinhasFreguesia/Concelho: Posto Santo, Porto Judeu, São Bartolomeu
Maioral: José Manuel Nascimento Silveira Rodrigues
Procedência: José Manuel Nascimento Silveira Rodrigues e Porto Alto
Encaste actual: Cabral Ascensão e outros
Nota histórica: Formada com vacas e sementais das ganadarias de José Albino Fernandes, Castro Parreira, Rego Botelho e Porto Alto; Ao longo dos ultimos anos, adquiriu sementais das ganadarias de Pinto Barreiros, Moura, Brito Paes, São Marcos e outros.
Observações: Inscrita na Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide. Sigla no Livro Genealógico: 8.AP.083-PTC
Antiguidade: 24/06/1982 (Angra do Heroísmo)

Fonte: Associação Regional de Criadores da Tourada à Corda

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