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sábado, 23 de dezembro de 2006

Boas Festas e Feliz Natal


Templado - A estrela de Cavalia

Em 1993, um majestoso garanhão Puro-Sangue Lusitano de ferro Delgado (França) e de seu nome Templado, saltou para a ribalta no famoso espectáculo equestre francês Crinières d’Or (Crinas d’Oiro). No dia da sua estreia arrebatou todas as atenções do espectáculo, continuando a fazê-lo onde quer que vá.
Bonito e poderoso, com longas crinas ondulantes, este cavalo possui uma imagem que normalmente apenas é atribuída a personagens dos contos de fada. A sua aura irradia magia quando dança ao redor da arena, executando movimentos, tão graciosos como a Levada ou uma vénia, aos sinais silenciosos do seu equitador.
De acordo com os equitadores de renome Frédéric Pignon e Magali Delgado, Templado não só é um excelente executante como também é um professor excepcional.
Nascido em 1985 na Coudelaria da família Delgado, no sudoeste de França, o poldro filho de Perdigon VI foi vendido, como de costume. No entanto a família Delgado tem como política receber de volta todos os animais vendidos e cujos donos estejam descontentes, e assim alguns anos após a sua venda, o Templado foi devolvido. O cavalo com que estes se depararam era extremamente desconfiado, temendo a presença do homem. Era bastante violento, resistindo a qualquer tentativa de treino não manifestando qualquer tipo de abertura à amizade.
Passaram vários anos até que Pignon conseguisse por fim ganhar a confiança de Templado. No livro “Templado: A Star at Liberty” o equitador explica: Ele era extremamente rebelde. Via a sua liberdade como algo demasiado importante para ser sacrificada numa relação hierárquica codificada … ele não me perdoava nada. O mínimo erro, o mínimo passo em falso da minha parte, e ele imediatamente erguia uma barreira fazendo-me compreender que eu tinha desperdiçado uma oportunidade.

Conhecido em quase todo o mundo, este luminoso garanhão branco PSL, já actuou em França, Alemanha, Holanda, Itália, Espanha e Suécia. Neste momento Templado é a estrela do aclamado espectáculo Cavalia que está em tournée nos Estados Unidos e Canadá.

Cavalia - A simbiose Homem-Cavalo




Cavalia é um espectáculo teatral franco-canadiano onde se pode encontrar a simbiose perfeita entre homem e cavalo. Neste espectáculo pode assistir-se a um total de 36 cavalos, na sua maior parte completamente livres de arreios, actuando com os seus companheiros humanos, como se de um jogo se tratasse. Em Cavalia presencia-se o companheirismo homem equino na sua forma mais pura, sem freios ou chicotes. Puros Sangue Lusitano brancos galopam ao longo de um palco de 45 metros de lado enquanto os equitadores lhe indicam, apenas por gestos subtis, aquilo que têm de fazer. De acordo com o especialista André Dallaire, este treino é baseado “numa relação de confiança e não de dominância”.
Entre os artistas de quatro patas, podemos encontrar Puros Sangue Lusitano (a raça presente em maior número), Quartos de Milha, Percherons e Belgas. A audiência sente a relação profunda que existe entre homem e animal, principalmente quando o treinador Frederic Pignon persegue e é perseguidos por dois dos seus garanhões PSL Templado e Aetes.
Nesta grande produção podem ser ainda encontrados, para além das estrela equinas, acrobatas, contorcionistas, músicos ao vivo e cantores, assim como um cenário de sonho projectado na cortina de fundo. Os efeitos especiais incluem orvalho e folhas que caiem sobre a audiência.

Poderá encontrar toda a informação em http://www.cavalia.net
















segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Toureio de Capote VI

Revolera
É uma das formas mais vistosas de rematar uma série de Verónicas. A sua execução é semelhante à Larga. Com o toiro embebido no engano e após um início de execução semelhante à Verónica, o toureiro solta a mão que se encontra do lado da entrada do hastado, procurando que o Capote se abra por completo, contornando a seu corpo. Quando o capote se encontra na zona posterior do diestro, este efectua uma troca de mãos evitando assim uma interrupção no trajecto do capote, permitindo finalizar o remate no lado contrário do corpo.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Toureio de Capote V

Larga
Remate vistoso no toureio de Capote, a Larga é executada apenas com uma mão segurando o Capote. Este lance possui diversas variantes, podendo ser executado de pé ou de joelhos. Este é um passe especialmente utilizado com toiros que possuam uma saída muito larga e desprendida e com aqueles que tendem a ganhar muito terreno após cada capotazo. Coma a Larga, o diestro toureia com o extremo do capote, afastando a trajectória inicial da investida.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Foto do Mês - Dezembro de 2006

Tourada à Corda - Cinco Ribeiras, Angra do Heroísmo, finais séc. XIX

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Toureio de Capote IV

A Chicuelina

Depois da Verónica, a Chicuelina é o lance de Capote executado com mais frequência, por matadores e novilheiros, na actualidade. Esta sorte realiza-se citando o toiro de frente, com os braços abertos e ligeiramente avançados. O cite deve ser feito a uma distância que permita ao diestro, após o arranque do toiro, marcar o sentido da viagem com um movimento simultâneo de pés e ancas. Quando o toiro passa perto do corpo do toureiro, este, roda meia-volta no sentido contrário fazendo com que o capote envolva o seu corpo. Diz-se que a Chicuelina foi criada por Manuel Jiménez Moreno "Chicuelo" (1919-1951), tendo aí a origem da sua designação. "Chicuelo" executou este lance pela primeira vez em Valência, Espanha, a 9 de Abril de 1922. No entanto a verdadeira origem do passe está nos espéctáculos de toureio cómico (designado por bufo, em Espanha) tendo sido o seu real inventor Rafael Dutrús "Llapisera", afirmando-se que Manuel Jiménez Moreno apenas o apresentou ao toureio a sério.


Os três tempos da Chicuelina

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Toureio de Capote III


A Meia Verónica

Este remate é utilizado normalmente para finalizar uma série de Verónicas. O toureiro, após um cite inicial igual à Verónica, junta ambas as mãos recolhendo o Capote junto à anca, obrigando o touro a contorná-lo pelo lado onde é recolhido o Capote.





quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Toureio de Capote II

Verónica

A imagem de Verónica segurando em suas mãos o pano em que ficou impresso o rosto de Jesus Cristo, deu o nome a este lance, fundamental no toureio de capote. Este é o passe mais frequente na recepção do toiro.

O toureiro, com o capote seguro com as duas mãos, cita o animal adiantando o capote e a perna correspondente ao lado da viagem. Após a passagem do astado, a perna contrária é adiantada, colocando-se assim para uma nova verónica.

Toureio de Capote I

O toureiro (Bandarilheiro, Novilheiro ou Matador) serve-se do Capote para receber o toiro, tanto em lances artísticos como de brega, ou seja, sortes que permitam movimentar o animal, pará-lo, fixá-lo ou colocá-lo em sorte.
O Capote

É elaborado com um tecido de fibras sintéticas muito robustas. A rigidez característica é conferida através de vários banhos de goma. Normalmente a parte que se oferece ao toiro é de cor fúcsia e o interior amarelo. Na antiguidade tinha uma grande variedade de cores.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

O Traje de Luces


O Traje de Luces é envergado pelos toureiros a pé (Matadores, Novilheiros e Bandarilheiros), tendo esta designação origem nos efeitos luminosos produzidos pela refracção da luz nas lantejoulas que os adornam. Até ao séc. XVII eram confeccionados apenas em cetim, sendo desde então e até aos nossos dias elaborados em seda e adornados com ouro e prata; sendo que o ouro apenas é utilizado pelos Matadores e Novilheiros, enquanto que a prata e seda são exclusivas dos Bandarilheiros.
A referida designação abrange toda a indumentária do toureiro desde a cabeça até ao calçado.


Sobre a cabeça é utilizada a Montera, uma espécie de chapéu confeccionado a partir de fibras semelhantes a cabelo que são enroladas numa espécie de cordel. Até ao século XIX utilizava-se também um chapéu de três bicos (semelhante ao que se observa nas gravura de Napoleão), começando-se a usar exclusivamente a Montera desde então. Na zona da nuca é utilizada a Coleta (também conhecida por Castañeta), designação castelhana para cabelo apanhado em “rabo-de-cavalo”, um costume que teve origem no séc. XVII persistindo até hoje como objecto onde se apoia a Montera, sendo postiças as utilizadas actualmente. No caso de brindar a faena o interveniente deixa a Montera nas mãos do homenageado ou no caso da lide ter sido brindada ao público esta é deixada sobre o solo na arena (de preferência com a boca voltada para baixo), sendo recolhida apenas no final da função. De referir ainda que durante as Cortesias (Paseíllo em España) a Montera é transportada na mão, no caso de ser primeira actuação do toureiro na Praça em causa, ou na cabeça para o caso de já ter actuado no ruedo em que se encontra.

Vestido na parte superior do corpo trás uma Camisa de cor branca adornada de folhos na zona peitoral. Ao pescoço é atado uma faixa de tecido, Corbatín, normalmente de cor preta ou da cor do tecido utilizado no traje, à laia de gravata. Por cima da camisa é posto o Chaleco, uma espécie de colete e a Chaquetilha, uma jaqueta curta bordada a ouro prata e seda. A Chaquetilha é uma peça da indumentária demasiado rija, pelo que possui aberturas na zona das axilas para facilitar o movimento de braços do toureiro. Sobre os ombros encontram-se as Ombreras das quais pendem borlas como adorno, os Machos. Na parte inferior do corpo é utilizada a Taleguilla, um calção justo que chega até abaixo do joelho e que é atado na parte inferior com Machos que ficam pendentes como adorno. Debaixo deste calção utilizam-se Meias de seda cor-de-rosa e sobre estas umas meias de algodão branco que facilitam os movimentos da Taleguilla sobre o corpo. Por último, as Sapatilhas, calçado de cor preta sem tacão, adornadas com um laço na parte superior, possuindo uma sola especial anti-derrapante.

Completa o traje o Capote de Paseo que embora mais pequeno e leve possui a mesma forma do capote de brega. È um dos elementos mais luxuosos do traje sendo apenas utilizado no momento das Cortesias (Paseíllo em Espanha). Sendo verdadeiras obras de arte, estes capotes são normalmente bordados a ouro e fios de seda, sendo adornados com imagens religiosas.

sábado, 4 de novembro de 2006

Breve História da Festa Brava

Embora as de que dispomos, na maioria inéditas, se confinem ao âmbito terceirense, como o próprio título indica, não resistimos a uma breve história sobre aspectos vários da Festa Brava.
Socorrer-nos-emos, para tanto, da História da Tauromaquia, de Jaime Duarte Almeida, e de célebres aficionados das artes em apreço e que são nomes fulgentes da constelação literária peninsular.
Assevera Leopoldo Nunes que a valorização ou a formação de aficionados não se faz somente com a citação das regras do toureiro, de escolas, de épocas, de estilos, de técnicas clássicas ou renovadoras. Na tauromaquia há uma exigência de cultura, de espírito de moral e de arte, sem a força da qual a luta entre o homem e o outro apenas será uma disputa de primazias físicas e não afirmativa artística. Expressão cultural que se torna difícil obter no panorama tauromáquico, onde há mais instinto do que sensibilidade, mais emoções do que arte. “Não se pode amar uma expressão sem previamente a sentir” e ”só se pode amar e defender o que se compreende”.
A sensibilidade é um dom comum a todos os seres racionais, qualquer que seja a sua classe social ou o nível de instituição e de cultura; muita gente, todavia, sente e não entende; emocionam-se mas não sabe avaliar nem julgar. Isto sucede, de resto, com tidas as manifestações artísticas.
A lide tauromáquica obedece, como todas as outras artes, a um conjunto de regras clássicas, sujeitas a movimentos de renovação e até de aperfeiçoamento. A par da receptividade que a sensibilidade proporcione, impõe-se que o aficionado se sirva do intelecto e da cultura para compreender e julgar da imutabilidade do que é clássico e do valor das iniciativas renovadoras. Tem de possuir uma cultora, pois só deste modo se diferenciará dos que, movendo-se apenas por instinto, buscam emoções – só emoções! – ou para denunciar preferência por uma artista. Vero aficionado é, portanto, o que sente como os demais espectadores e sobre eles leva a vantagem de compreender, julgar e decidir.
O brilhante redactor de O Século, demonstrando que são bastantes e notáveis os valores artísticos estéticos e emocionais no domínio tauromáquico, observa: “Nenhum outro espectáculo público os tem em tão elevado número, variedade e riqueza, talvez porque a corrida de touros, assentado na luta dura e violenta do homem com a fera, torna mais difíceis as criações de beleza e de arte. Esses valores artísticos, estéticos e emocionais surgem a todo o momento na arena, porque a Arte é um conjunto de preceitos para bem dizer ou fazer qualquer coisa e a estética nessa teoria, segundo a qual o sentimento do belo é sensação e não ideia. É pela estética, portanto, e não pela arte, salvo um ou outro caso, que as pessoas se manifestam: pela sensibilidade e não pela inteligência ou cultura, pelo conhecimento das técnicas e não dos estilos”.
O verdadeiro aficionado não é somente o que se emociona com o perigo e o dramatismo das situações, mas o que após o surto emocional, ou dentro dele sente o valor e a expressão do labor artístico.
È para o toureiro e não para os toureiros que a inteligência, a sensibilidade, o poder de observação, a capacidade de avaliação e o entusiasmo dos aficionados devem voltar-se. Na formação de aficionados devemos dispensar os criadores ídolos. É breve a passagem do Homem pala Terra; é curta, por isso, a projecção artística do toureiro. Eterno será o toureiro, como manifestação de arte. Só a arte subsiste e adquire, com o tempo, mais forte e dominadora expressão.
No toureiro estão representadas todas as expressões artísticas e “a corrida de touros é fundamentalmente um espectáculo gerador de emoções”.
Dizia Edgar Quinet que a corrida de touros era, para os peninsulares, não somente um espectáculo, mas sim uma instituição nacional. Oliveira Martins, por seu turno, afirmava: “As touradas não morrem e se morressem é que se tinha mais uma fibra da alma popular”.
Quantos estrangeiros – Hemingway, por exemplo – se apaixonaram por este espectáculo fascinante, rico de cor e de excitação, onde a música empresta tons festivos a um ambiente de tragédia, considerado por Ramalho Ortigão como festa ímpar no mundo.

Pedro de Merelim

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Foto do Mês - Novembro de 2006

Tourada à corda - São Bento, Angra do Heroísmo, início do séc. XX

Touradas à corda - 2006 e 1906


Neste dia em que é publicado, no matutino angrense "Diário Insular", um artigo do Sr. J. H. Toste Pimpão intitulado " Balanço das touradas à corda/2006 – 262 espectáculos este ano", ficamos a saber que desde 1996 o número de touradas tem sofrido um aumento substancial. Comparando os anos de 1996 (183 espectáculos) e 2006 (262 espectáculos) houve um aumento de 43% no número de manifestações taurinas, percentagem bastante considerável. Será importante reflectir se o aumento constatado vem beneficiar a qualidade do espectáculo (que inegavelmente o é!).
Como curiosidade, fazendo um paralelismo entre 2006 e o ano de 1906, os dados estatísticos relatam:
- Nesse ano de 1906 realizaram-se 20 touradas à corda na ilha Terceira. Destacou-se a freguesia de São Mateus com 4 eventos tauromáquicos. A freguesia do Raminho e o lugar das Duas Cruzes acolheram 2 touradas, enquanto que São Pedro, Vale de Linhares, Rua D. Carlos, Porto Judeu, Ribeirinha, Fontinhas, Doze Ribeiras, Santa Bárbara, São Sebastião, Sítio da Cruz, Serreta, Pesqueiro, São Carlos e Lajes realizaram 1 tourada cada.

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Feira Nacional do Cavalo - Feira Internacional do Cavalo Lusitano (Golegã)

Realiza-se uma vez mais na Vila da Golegã (Distrito de Santarém) a XXXI Feira Nacional do Cavalo e VIII Feira Internacional do Cavalo Lusitano de 3 a 5 e de 8 a 12 de Novembro 2006. Aqui fica o programa do evento, assim como contactos da organização:




SEXTA-FEIRA, 3 de Novembro

QUINTA DE SANTO ANTÓNIO
Durante o dia - Concurso Completo de Atrelagem - Prova A - Ensino

EQUUSPOLIS
Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia

SÁBADO, 4 de Novembro

LARGO DO ARNEIRO (Picadeiro Central)
Manhã - Partida do Concurso de Resistência Equestre
Manhã - Concurso de Saltos de Obstáculos - Prova de Escolas
Manhã - Concurso de Saltos de Obstáculos - 1ª Prova
Manhã - Gincana a Cavalo para Jovens
Tarde - Concurso de Saltos de Obstáculos - 2ª Prova
Noite - Concurso de Saltos de Obstáculos - 3ª Prova

QUINTA DA LABRUJA
Tarde - Concurso Completo de Atrelagem - Prova B – Maratona

EQUUSPOLIS
Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia

DOMINGO, 5 de Novembro

QUINTA DE SANTO ANTÓNIO
Manhã - Concurso Completo de Atrelagem - Prova C - Maneabilidade (Cones)

LARGO DO ARNEIRO (Picadeiro Central)
Manhã - Concurso de Saltos de Obstáculos - Prova de Escolas
Manhã - Concurso de Saltos de Obstáculos - 4ª Prova
Manhã - Gincana a Cavalo para Jovens
Tarde - Concurso de Saltos de Obstáculos - 5ª Prova
Tarde - Concurso de Saltos de Obstáculos - 6ª Prova

EQUUSPOLIS
Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia

QUARTA-FEIRA, 8 De Novembro

QUINTA DE SANTO ANTÓNIO
Manhã - Concurso de Dressage Nacional - Prova P2, E2 e M2
Tarde - Concurso de Dressage Nacional - Prova C2

PICADEIRO LUSITANUS
Final da Tarde - Apresentação de Coudelarias de Sócios

LARGO DO ARNEIRO (Picadeiro Central)
Tarde - Troféu Nacional de Ferradores
Tarde - Final do Campeonato Nacional de Derby (1ª mão)
Noite - Ensino - Prova livre com música - Nível Internacional

EQUUSPOLIS
Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia

QUINTA-FEIRA, 9 De Novembro

EQUUSPOLIS
Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia
Manhã - Jornadas Agrotejo / Agromais
Tarde - Encontro "Panorama Equestre Nacional" - Avaliação, Debate e Perspectiva

QUINTA DE SANTO ANTÓNIO
Manhã - Concurso de Dressage Nacional – Prova P3, E3 e M3
Tarde - Concurso de Dressage Nacional - Prova C3 e São Jorge
Tarde - Prova B de Equitação à Portuguesa

PICADEIRO LUSITANUS
Final da Tarde - Apresentação de Coudelarias de Sócios

LARGO DO ARNEIRO (Picadeiro Central)
Tarde - Final do Campeonato Nacional de Derby (2ª mão)
17:00 às 22:00 - Admissão e Controlo Veterinário dos Animais ao Concurso Modelo e Andamentos
Noite - Apresentação dos Alunos do Curso de Técnico de Gestão Equina da Escola Profissional de Alter do Chão
Noite - Prova A de Equitação à Portuguesa + 3 melhores da Prova B

SEXTA-FEIRA, 10 De Novembro

EQUUSPOLIS
Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia
Manhã - Jornadas Agrotejo / Agromais

QUINTA DE SANTO ANTÓNIO
Manhã - Final do Campeonato de Equitação de Trabalho - Ensino

PICADEIRO LUSITANUS
Final da Tarde - Apresentação de Coudelarias de Sócios

LARGO DO ARNEIRO (Picadeiro Central)
XLVII Concurso Nacional Oficial de Apresentação do Cavalo de Sela – Feira Nacional do Cavalo
VIII Concurso Nacional Oficial de Apresentação do Cavalo de Sela – Feira Internacional do Cavalo Lusitano
Manhã - 3 anos, apresentados à mão
Tarde - 4 anos, apresentados montados
Noite - Espectáculo da Escola Portuguesa de Arte Equestre
Noite - Exibição da Charanga da Guarda Nacional Republicana
Noite - Horseballl - Meias Finais da Taça de Portugal

SÁBADO, 11 De Novembro - dia de São Martinho

QUINTA DE SANTO ANTÓNIO
Tarde - Final do Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho - Maneabilidade

LARGO DO ARNEIRO (Picadeiro Central)
Final da Manhã – Concurso de Elegância de Atrelagem
Noite - Espectáculo Equestre do Centro Equestre da Lezíria Grande
Noite - Apresentação Nacional Oficial da Castanha Assada
Noite - Horseball – Final da Taça de Portugal
Noite - Concurso da melhor Água Pé
Noite - Cavalhadas – Prova de Perícia e Destreza

EQUUSPOLIS
Exposição de Pintura, Escultura e Fotografia

DOMINGO, 12 De Novembro

LARGO DO ARNEIRO (Picadeiro Central)
Tarde - Final do Campeonato Nacional de Equitação de Trabalho - Velocidade
Tarde - Recepção às Amazonas e Cavaleiros - Apresentação e desfile de Condutores de Atrelagem, Amazona e Cavaleiros (Traje Português de Equitação)
Final da Tarde - Homenagem ao Director do Serviço Nacional Coudélico, Dr. João Costa Ferreira
Final da Tarde - "Ares" da Equitação Goleganense, Ribatejana e Portuguesa, pelo Cavaleiro Tauromáquico Eng. Manuel Sabino Duarte (Veca)
Final da Tarde - Cerimónia Oficial da Distribuição de Prémios da Feira de São Martinho, XXXI Feira Nacional do Cavalo e IX Feira Internacional do Cavalo Lusitano
Final da Tarde - Entrega do prémio Campeões de Raça

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NORMAS E PROCEDIMENTOS:
Aviso!! Matricula obrigatória e seguro a adquirir no Secretariado FNC para poder circular nos acessos e espaços da Feira, com carros de cavalos. Qualquer cavaleiro ou condutor de atrelagens estão sujeitos ao controle da Comissão de Bem-Estar Animal (FNC). Solicite o Plano Rodoviário (em vigor durante a Feira). Tente deixar a viatura nos Parques à entrada da Golegã e utilize o sistema "Transfer", gratuito. Na Manga da Feira, a circulação de Cavalos e Atrelagens só poderá ser feita no sentido obrigatório indicado pela sinalização vertical. Proibido inverter o sentido de marcha.
Atenção!! O Picadeiro Central só poderá ser utilizado por Amazonas e Cavaleiros trajados a rigor. A Direcção da FNC reserva-se o direito de retirar, através das Forças de Segurança, todos aqueles que indiciem níveis de alcoolémia e/ou não respeitem as regras e optem por práticas que ponham em risco pessoas, bens ou a integridade física dos animais.

Contacto:
Secretariado da Feira Nacional do Cavalo
Tel: +351249976302
Fax: +351249977114
Morada:
Largo Marquês de Pombal (Arneiro)
2150 Golegã

domingo, 29 de outubro de 2006

O Rabo Torto (o Cão de Fila da Terceira)


Nem que seja pelo simples facto de ter dado nome a este blog, importa falar aqui de uma raça canina infelizmente já desaparecida: O Cão de Fila da Terceira (vulgarmente conhecido como Rabo Torto).
Segundo uma descrição do Dr. Leite Pacheco de 1903, depois da introdução do gado bravo na ilha Terceira, tornou-se indispensável a selecção de uma raça canina que dispusesse de extraordinária força física, boas aptidões olfactivas e que fosse instintivamente dominadora com o gado. Uma raça com tais características seria a ideal para o auxílio dos pastores quando tivessem que manejar o gado nas criações do interior da ilha, marcadas por superfícies acidentadas que tornavam ainda mais árduo o trabalho dos homens do mato.
O cão de fila da Terceira terá resultado de cruzamentos, aleatórios ou não, entre os animais trazidos para a ilha pelos primeiros povoadores e pelos espanhóis, essencialmente canídeos do género dogue, que levaram ao aparecimento de um tipo de animais de elevado grau de apuramento com caracteres físicos distintos de qualquer outra raça.

À laia de estalão da raça, poder-se-á afirmar que estes animais eram caracterizados por: um corpo rectangular, articulações fortes, altura de 60 cm, pescoço curto, cabeça quadrada, boca bem rasgada, guarnecida de dentes fortes, lábio superior pendente, pelagem geralmente amarela em diferentes gradações, algumas vezes malhada de branco, raramente fulva. A cauda do legítimo fila da Terceira apresentava uma irregularidade na disposição dos primeiros coccígeos conferindo-lhe uma forma de S, facto de onde advém a designação: Rabo Torto. A todos os caracteres morfológicos juntavam-se ainda as características de um verdadeiro cão de fila: a docilidade, a lealdade e obediência que em quaisquer circunstâncias devotava ao dono. Ao contrário de outras raças que não dão ouvidos à voz do dono, o fila da Terceira “… só pega no gado quando a isso é mandado, e larga imediatamente a presa, à voz e muitas vezes a um simples aceno de mão conhecida.”
A ilustrar, mesmo que ao de leve, as suas características de lealdade e obediência de verdadeiro fila, aqui fica um relato do autor acima referido:
“Era em 1873 – brilhante festa tauromáquica, afamadíssimos touros do Morgado João Borges do Canto da Silveira. Praça de S. João, em Angra, à cunha – 6.° touro, preto, morzelo - corpulento como já não há, de muito sentido e de muito pé, com querença depois de passar ao segundo estado e então difícil de lidar; ainda assim recebe castigo.
Toca a recolher, salta à praça o pastor com o seu fila – o Maroto – agregado, homens de trabalho e cabrestos vacas – para a retirada do bicho, que se embrulha com as vacas e, parecendo segui-las para o curro, prestes reponta. Dista três metros do pastor (maioral) Francisco Ferreira Machado, que lhe vira as costas, para se escapar pela trincheira. Mas está longe. A meia distância o touro vai pulverizá-lo. Há um momento de ansiedade geral, precursora de uma grande catástrofe.
De soslaio, o Ferreira vê o touro sobre si e despede em brado aflitivo, estridente, em último arranco:
- Pega, Maroto!
Antes de findar aquele grito angustioso, já o valente cão, de um salto instantâneo, imperceptível, como impelido por intensíssima força magnética, estava pendurado na orelha do touro, obrigando-o, a pouco e pouco, a curvar a cerviz, até rojar pela terra de ventas ofegantes e em breve cobertas de baba ensanguentada, bramindo, de raiva e dor, deplorando, em rugidos prolongados e penetrantes, a sua impotência, perante a extraordinária força do invencível molosso!
Nesta ocasião, que lindo, que admirável, que sublime quadro!...
Um delírio indescritível, aclamações estrondosíssimas, gritos, lágrimas, risos convulsos, agitações frenéticas de milhares de lenços, aplausos estrepitantes, como seria nos anfiteatros da antiga Roma dos Césares. Na arena – um homem de braços cruzados, o Ferreira, encostado à trincheira, a dois passos, um touro robustíssimo, dominado pelo vigor incrível de um pequeno animal: mais além o grupo de vacas, esperando a chegada do companheiro. Simplesmente arrebatador.
Á voz terminante do pastor: - Larga, Maroto – desfaz-se em um momento o quadro, volta ligeiro o terrível mastim para junto do dono, e o touro, como que aviltado pelo severo castigo, lá segue, humilde e cabisbaixo, os cabrestos e entra vencido e convencido no touril!
– Só visto!”
Infelizmente o desaparecimento desta nobre raça é um facto, não existindo na ilha Terceira (e que se saiba em mais nenhuma parte do mundo) um único cão que possua, completamente, os distintivos puros desta raça.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Foto do Mês - Outubro de 2006

Cortesias - Praça de Toiros de S. João, Ilha Terceira

rabotorto.blogspot.com


Agora nasce mais um blog! Um blog que estará associado, essencialmente, a aspectos ligados à Festa Brava, mas não só. Este será um espaço sem obrigações e sem pretensões. Não se pretende que seja um local onde se encontrem grandes opiniões, críticas ou notícias (embora também possam aparecer). Aqui encontrar-se-á apenas aquilo que no momento surgir e for oportuno escrever. Fica a promessa de este espaço ser actualizado com frequência. Se tal não se cumprir, a sua existência e permanência não se justificará.

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