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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Amadores do Ramo Grande - despedida do Cabo Filipe Pires

O Cabo do Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande, Filipe Pires, irá despedir-se no dia em que o grupo comemora 10 anos de existência, 7 de Agosto de 2017. 

O mesmo emitiu o seguinte comunicado: 

"Chegou a Hora…

Ao longo de dez anos comandei com enorme prazer e orgulho um fabuloso grupo de homens. Ano após ano, crescendo e atingindo diferentes objetivos por nós traçados, por vezes mesmo, até alguns sonhos por nós idealizados. Passei os melhores momentos da minha vida…
Nunca é fácil “dizer adeus”, mas julgo que é o momento oportuno. Foi uma decisão consciente e com a segurança de deixar um sucessor à altura, por isso em conjunto com os meus amigos, decidi que a 7 de agosto de 2017 passo a chefia do grupo ao Manuel Pires. Forcado no qual confio tamanha responsabilidade. No entanto, estarei sempre com o grupo e prestando-lhe todo o apoio necessário.
Agradeço a todos que me ajudaram ao longo destes dez anos de aventura que foram fantásticos…
Vou disfrutar das corridas que ainda restam e tenho grande expectativa e esperança num futuro risonho para o GFRG.

Obrigado sempre GFARG 
 O Cabo Filipe Pires"

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Festival de Capinhas - Hoje às 18h30!


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Espectáculo Misto de sabor agradável – 2ª da Feira de São João


Decorreu em ritmo agradável aquela que foi a segunda corrida da Feira de São João 2017. A Monumental “Ilha Terceira”, com as bancadas bem compostas, acolheu o espectáculo misto com Marcos Bastinhas, Álvaro Lorenzo e Ginés Marin. Dois toiros da Casa Agrícola José Albino Fernandes (JAF) para a lide equestre e quatro de Falé Filipe (FF) para o toureio a pé.

Marcos Bastinhas recebeu o primeiro da tarde (JAF, nº431, 522Kg), uma estampa que revelou muito boas condições de lide, empregando-se e indo a galope com bravura. O Cavaleiro de Elvas superou as suas prestações do dia anterior. Lide séria e emotiva, com um toureio mais pausado, sem recorrer a adornos desnecessários. Lidou praticamente sempre com a mesma montada durante toda a lide, rubricando cravagens poderosas nos curtos, dando sempre vantagens ao oponente. O seu segundo toiro (JAF, nº426, 474Kg) também cumpriu e mostrou-se lutador. A lide aqui resultou em menor plano, com cravagens bastante irregulares resultantes de quarteios mal medidos após batidas ao pitón contrário. Fechou com um violino que chegou bem às bancadas.

Álvaro Lorenzo provou o oponente (FF, nº46, 472Kg) com o Capote, para depois dar lugar ao tércio de Bandarilhas onde se destacou João Pedro Silva. Com a Muleta foi encaminhando o oponente que, apesar de muito brusco pela esquerda, se foi entregando à lide com alguma nobreza. Uma lide de entrega onde se mostrou trabalhador, baseando a contenda na mão direita, mostrando profundidade e bons pormenores artísticos. Posteriormente haveria de lidar aquele que foi o melhor exemplar da tarde (FF, nº29, 494Kg). Este, entregou-se com recorrido durante toda a lide e sem nunca parar de investir. Houvesse mais tempo de lide no regulamento e mais investida haveria. O Matador tirou partido destas condições e foi passeando a flanela vermelha por ambos os lados. A cada passe, o temple e a profundidade iam aumentando, assistindo-se a belos momentos de arte e ofício. Terminou, adornando-se por Luquecinas e fazendo vibrar a assistência. Lorenzo mostrou muito boas maneiras nesta sua passagem pela ilha Terceira.

Com Ginés Marin vinha a expectativa alimentada pelo grande momento que atravessa na sua carreira. O seu primeiro oponente (FF, nº16, 476Kg) empregava-se, mas a falta de força condicionou-lhe a forma de investir e consequentemente o desenrolar da lide. O ofício iniciou-se com uma vistosa série de Verónicas. No tércio de bandarilhas, destacou-se Gonçalo Toste. Com a Muleta foi corrigindo a altura da mão, de forma a auxiliar o exemplar de Falé Filipe e assim evitar que este caísse por terra. A faena desenrolou-se por ambos os lados e ao longo da zona de sombra, terminando à porta dos curros. Marin mostrou-se um toureiro de recursos, capaz de contornar as dificuldades que lhe são colocadas e ao mesmo tempo conseguir sacar o que de bom o toiro tinha. Falta de força também tinha o exemplar com que fechou a corrida (FF, nº2, 487Kg). Apesar disso, entregou-se com nobreza, superando as condicionantes físicas. Com a mão esquerda, o Matador foi expondo quietude em cada uma das viagens. Citou por ambos os lados e arrimou-se, mas sem nunca conseguir romper para uma lide plena de triunfo.

As duas pegas da tarde ficaram a cargo do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (GFATTT). Francisco Matos pegou à segunda com uma primeira ajuda de grande nível por parte de Fernando “Mangueira”. A segunda da tarde ficou a cargo de Helénio Melo que se fechou com valentia ao segundo intento, fazendo assim a sua despedida, ao fim de 25 anos de forcado!!
Uma nota para este que é um dos forcados históricos do GFATT, um dos mais rijos da geração que nos últimos anos tem entregue a jaqueta. Com todo o mérito, o seu percurso ficará registado na galeria dos maiores forcados desta ilha!

Mário Martins dirigiu a corrida, sendo assessorado por José Paulo Lima. Abrilhantou a Banda da Sociedade Filarmónica da Serreta.

Bruno Bettencourt
Foto: André Pimentel

Rego Botelho, Pamplona e Vila Franca – 1ª da Feira de S. João

Começou a Feira de S. João 2017! Começou com o emblemático Concurso de Ganadarias no dia do santo que lhe dá o nome. Uma praça cheia assistiu a uma tarde de toiros que decorreu num ritmo muito agradável. Em disputa os prémios para Melhor Toiro, Melhor Apresentação, Melhor Lide e para Melhor Grupo de Forcados, prémio que vem substituir (e bem!) o até agora Prémio para Melhor Pega.

O primeiro da tarde ostentava o ferro de Murteira Grave (nº50, 492Kg). Este “cinqueño” era muito harmonioso, mas ficou-se por aí a qualidade demonstrada. A início parecia ter problemas de visão, mas os problemas eram bem maiores do que isso. Virou a cara à luta e por três vezes o toiro se deitou na arena. Este comportamento invulgar deixa a desconfiança da existência de alguma debilidade física. Manuel Telles Bastos nada pode fazer. Iniciou com três curtos e ainda cravou um curto após tentar sacar água daquele poço vazio.

O exemplar de Rego Botelho (nº66 532Kg) haveria de apagar a imagem do toiro anterior. Saiu alegre e com som a mostrar muita codícia. Não se ressentiu dos castigos e arrancava-se de largo aos cites, empregando-se até ao final da lide. Aliado a tudo isto, o trapio e a bonita presença física deste exemplar. Marcos Bastinhas esperou-o na porta dos curros e mostrou querer agarrar o triunfo, e a assistência, logo de início. Uma lide em crescendo que transpirou a “marca Bastinhas” por todos os poros. O Cavaleiro de Elvas deu sempre vantagens ao oponente, no entanto algumas das sortes pecam pelas passagens em falso e pelas cravagens aliviadas. Encerrou com um bom par de bandarilhas.

Da Casa Agrícola José Albino Fernandes (nº416, 493Kg) saiu um exemplar harmonioso e bastante em tipo da ganadaria. O toiro investiu sempre sem complicar. No final da lide foi ficando curto de investida, tapando-se, no entanto sem nunca complicar. João Pamplona recebeu-o com um bom ferro à “Porta Gaiola”, mostrando que também ele ali estava por mérito próprio. Lide onde a ligação com o público foi crescendo e, ferro após ferro, o perfume do triunfo foi-se fazendo sentir. Esteve lidador, a mexer com o toiro e não se limitando a cravar.

O exemplar jorgense de Álvaro Amarante (nº155, 403Kg) marcou a estreia da ganadaria da ilha do dragão nesta Feira. Era bonito e muito “bem desenhado” apesar de ter menos volume. Trazia ímpeto e, apesar de ter perdido algum fogo com o desenrolar da lide, cumpriu e mostrou bons modos, mas foi-se defendendo por alto no decorrer da lide. Aqui, Manuel Telles Bastos já conseguiu mostrar algum do toureio que traz dentro de si. Andou ligado ao hastado e, apesar de algum desacerto na cravagem, acabou por realizar uma boa lide onde se destacam os 3º e 4º ferros curtos, cravados como mandam os cânones da cavalaria portuguesa.

O exemplar de João Gaspar (nº30, 526Kg) encheu os olhos à assistência. Bonito e volumoso. Revelou bom andamento e entrega durante o desenrolar da lide. No final da lide foi-se parando e mostrando o andamento típico do encaste murube, ao qual pertence. Marcos Bastinhas montou um vistoso Palomino e procurou dar espectáculo com adornos à boa maneira espanhola. Tentou agarrar o público através das piruetas e dos câmbios em cima dos terrenos do toiro. Faltou o fundamental: cravou e não lidou!

Era de Francisco Sousa (nº16, 419Kg) o último da tarde. Saiu alegre e com pata, mostrando codícia na investida. A meio da lide deu alguns sinais de perda de ímpeto, encurtecendo a investida, no entanto, despertou novamente e voltou a entrar na luta com a bravura inicial. João Pamplona tirou partido das condições do toiro da divisa verde e lilás. Indo em crescendo, foi galvanizando as bancadas. Esteve bem na escolha de terrenos, lidando a gosto. O seu 4º ferro foi o melhor da tarde! Muito bem esteve o mais novo cavaleiro da Quinta do Malhinha!

Como já foi referido, este ano esteve em disputa o prémio para “Melhor Grupo”, destacando assim todo o desempenho dos forcados ao logo da corrida. Pelos Amadores de Vila Franca estiveram na cara: Márcio Francisco, que aguentou a viagem ensarilhada do toiro e se fechou à primeira, Francisco Farinha, que à segunda aguentou um derrote muito alto e se fechou com querer, e Rui Godinho, numa boa pega à primeira, sem dificuldade. Pelos Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, pegaram: Luís Cunha, à terceira, após duas tentativas em que sentiu dificuldade em medir a investida do toiro, João Silva (a dobrar Carlos Vieira que saiu lesionado) com querer a fechar-se com valentia e com preciosa ajuda do grupo e, por fim, Luís Sousa numa grande pega à segunda tentativa.

Uma nota final apenas para referir um aspecto que foi por demais evidente nesta corrida: se até há algum tempo era pontual o uso de ferramentas auxiliares, hoje parece ter-se generalizado o uso de gamarras e serretas. Nesta corrida concurso, não chega a uma mão cheia o nº de montadas que não tinha pelo menos uma gamarra. As qualidades de equitador dos intervenientes são conhecidas de todos, mas usar e abusar de “travões auxiliares” tira-lhes todo o brio.

A corrida foi dirigida por Rogério Silva, assessorado por Vielmino Ventura. Abrilhantou a Banda da Sociedade Filarmónica Espírito Santo da Agualva.

Foram distribuídos assim os prémios:

- Melhor toiro: “Bandeirote”, nº 66, 532kg, Rego Botelho
- Melhor apresentação: “Bandeirote”, nº 66, 532kg, Rego Botelho
- Melhor lide: João Pamplona
- Melhor grupo de forcados: Amadores de Vila Franca de Xira

Bruno Bettencourt
Foto: António Valinho

sábado, 24 de junho de 2017

Feira de São João 2017 - Começa hoje!!


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