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sábado, 24 de maio de 2025

João Pamplona e os 40 forcados - Crónica do Festival Taurino, primeiro da temporada


Não é uma das histórias das "Mil e uma noites", mas resume a história da noite de sexta-feira, dia 23 de Maio.

Arrancou a temporada taurina 2025 nos redondéis açorianos! A cavalo, Tiago Pamplona, João Pamplona e Diogo Oliveira que se estreou em terras açorianas. Novilhos de Rego Botelho (RB), Casa Agrícola José Albino Fernandes (JAF), Herdeiros de Ezequiel Rodrigues (ER), João Gaspar (JG) e Ribeiro da Silva (RS). Pegas a cargo do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (GFATTT)

Com a divisa verde negra e ferro JG, o nº27 foi recebido por Tiago Pamplona. O novilho foi perdendo o ímpeto com o desenrolar da lide, parando-se nas reuniões. O Cavaleiro aproveitou para rodar e colocar montadas novas em praça. Esteve regular diante do oponente, procurando despertar o interesse do mesmo e dando-lhe a primazia nos terrenos. Terminou com dois ferros de palmo. O nº282 de JAF era interessado e ia à luta. O que parecia ter em vontade, faltava-lhe em força e, após duas quedas na arena, começou a defender-se, acabando por transmitir pouco. Tiago foi-lhe medindo as investidas e foi dando vantagens. Ainda que condicionado pela fraqueza do hastado, brindou a assistência com uma lide correcta.

Bregas cingidas, sempre ligado ao novilho, remates vistosos e a fazer eco nas bancadas. Assim esteve João Pamplona com o bom exemplar nº71 de RB. O novilho respondeu bem à contenda, investia com a cauda levantada e o mais novo dos Pamplona fez esquecer que ainda não tinha toureado esta temporada. Uma boa lide, ao seu estilo, que se iniciou com um ferro à porta gaiola”, terminando com um ferro curto a consentir a investida. Se com ganas começou, com ganas terminou. Uma lide triunfal diante de outro bom exemplar, desta feita o nº458 de ER. Foi codicioso o novilho e assim o foi o Cavaleiro. Lide do agrado da assistência: bregas justas, trazendo o exemplar da divisa verde e branca embebido na garupa, culminando em cravagens correctas. Após a cravagem do quarto ferro curto, a montada escorregou na cara do toiro e caiu no entanto, não houve nenhum percalço e João Pamplona continuou a lide, terminando sob forte ovação.

Diogo Oliveira havia de ter pela frente o exemplar menos colaborante. O nº 26 de RS era desligado e mostrava mais interesse no que acontecia fora da arena. O Cavaleiro mostrou algum desacerto no inicio da lide. Com o desenrolar da mesma corrigiu as velocidades e foi palmilhando terreno até conseguir sacar alguma água de um poço que parecia seco a princípio. O seu segundo exemplar exigia que lhe tocassem nas teclas certas. Apesar de pequeno em termos de esqueleto, era muito bem desenhado o nº457 de ER. Oliveira desenhou uma lide em crescendo, mostrando entendimento em relação ao oponente. Tirou partido deste e esteve vistoso nas bregas. Com o cavalo estrela desenhou sortes vistosas e com recortes de classicismo. Destaque para os terceiro e quinto ferros curtos. Encerrou com um violino, saindo em patamar de triunfo.

Em ano de mudança de Cabo, os Amadores da Tertúlia mostraram o grande momento de vitalidade e renovação que o grupo está a viver. Em praça estiveram fardados 40 forcados e, quem não soubesse, não conseguia perceber quem pertencia ao grupo juvenil e quem faz parte do grupo “sénior”. Seis formações com um misto de ambas as gerações actuais e seis forcados “dos novos” para a cara. Se referi vitalidade e renovação, agora acrescento outra palavra: qualidade! Tomás Costa deu o mote com uma boa pega à primeira, sendo muito bem ajudado pelo grupo. Eduardo Rico corrigiu-se e, à terceira, consumou com uma boa pega, plena de atitude. Heitor Dias fechou-se à primeira, sem dificuldade. Tomás Cunha resolveu, à segunda, com uma boa pega enquanto que Francisco Ramos se encaixou à primeira, aguentando a viagem na cabeça do novilho. Diogo Rocha fechou o espectáculo com uma pega bem executada à primeira tentativa.

O Festival Taurino, organizado pelo GFATTT e promovido pela da Escola de Equitação e Toureio Terceirense – Quinta do Malhinha foi dirigido, com exigência, por Ricardo Costa que contou com a assessoria de Vielmino Ventura.

Abrilhantou, com eficiência, a Banda da Sociedade Musical e Recreio da Terra-Chã.

Antes do inicio das cortesias, aconteceu um minuto de silêncio em memória de José Álvaro Moules “Xinxas”, antigo elemento do GFATTT recentemente falecido.

Bruno Bettencourt
Foto: Paulo Gil

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Início da temporada 2025


 

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