Com a divisa verde negra e ferro
JG, o nº27 foi recebido por Tiago Pamplona. O novilho foi perdendo o ímpeto com
o desenrolar da lide, parando-se nas reuniões. O Cavaleiro aproveitou para
rodar e colocar montadas novas em praça. Esteve regular diante do oponente,
procurando despertar o interesse do mesmo e dando-lhe a primazia nos terrenos.
Terminou com dois ferros de palmo. O nº282 de JAF era interessado e ia à luta.
O que parecia ter em vontade, faltava-lhe em força e, após duas quedas na
arena, começou a defender-se, acabando por transmitir pouco. Tiago foi-lhe
medindo as investidas e foi dando vantagens. Ainda que condicionado pela fraqueza
do hastado, brindou a assistência com uma lide correcta.
Bregas cingidas, sempre ligado ao
novilho, remates vistosos e a fazer eco nas bancadas. Assim esteve João
Pamplona com o bom exemplar nº71 de RB. O novilho respondeu bem à contenda, investia com a cauda levantada e o
mais novo dos Pamplona fez esquecer que ainda não tinha toureado esta temporada.
Uma boa lide, ao seu estilo, que se iniciou com um ferro à porta gaiola”,
terminando com um ferro curto a consentir a investida. Se com ganas começou,
com ganas terminou. Uma lide triunfal diante de outro bom exemplar, desta feita
o nº458 de ER. Foi codicioso o novilho e assim o foi o Cavaleiro. Lide do
agrado da assistência: bregas justas, trazendo o exemplar da divisa verde e
branca embebido na garupa, culminando em cravagens correctas. Após a cravagem
do quarto ferro curto, a montada escorregou na cara do toiro e caiu no entanto,
não houve nenhum percalço e João Pamplona continuou a lide, terminando sob
forte ovação.
Diogo Oliveira havia de ter pela frente
o exemplar menos colaborante. O nº 26 de RS era desligado e mostrava mais
interesse no que acontecia fora da arena. O Cavaleiro mostrou algum desacerto
no inicio da lide. Com o desenrolar da mesma corrigiu as velocidades e foi
palmilhando terreno até conseguir sacar alguma água de um poço que parecia seco
a princípio. O seu segundo exemplar exigia que lhe tocassem nas teclas certas.
Apesar de pequeno em termos de esqueleto, era muito bem desenhado o nº457 de
ER. Oliveira desenhou uma lide em crescendo, mostrando entendimento em relação
ao oponente. Tirou partido deste e esteve vistoso nas bregas. Com o cavalo
estrela desenhou sortes vistosas e com recortes de classicismo. Destaque para
os terceiro e quinto ferros curtos. Encerrou com um violino, saindo em patamar
de triunfo.
Em ano de mudança de Cabo, os Amadores
da Tertúlia mostraram o grande momento de vitalidade e renovação que o grupo
está a viver. Em praça estiveram fardados 40 forcados e, quem não soubesse, não
conseguia perceber quem pertencia ao grupo juvenil e quem faz parte do grupo “sénior”.
Seis formações com um misto de ambas as gerações actuais e seis forcados “dos
novos” para a cara. Se referi vitalidade e renovação, agora acrescento outra
palavra: qualidade! Tomás Costa deu o mote com uma boa pega à primeira, sendo
muito bem ajudado pelo grupo. Eduardo Rico corrigiu-se e, à terceira, consumou
com uma boa pega, plena de atitude. Heitor Dias fechou-se à primeira, sem dificuldade.
Tomás Cunha resolveu, à segunda, com uma boa pega enquanto que Francisco Ramos
se encaixou à primeira, aguentando a viagem na cabeça do novilho. Diogo Rocha
fechou o espectáculo com uma pega bem executada à primeira tentativa.
O Festival Taurino, organizado
pelo GFATTT e promovido pela da Escola de Equitação e Toureio Terceirense –
Quinta do Malhinha foi dirigido, com exigência, por Ricardo Costa que contou com
a assessoria de Vielmino Ventura.
Abrilhantou, com eficiência, a
Banda da Sociedade Musical e Recreio da Terra-Chã.
Antes do inicio das cortesias,
aconteceu um minuto de silêncio em memória de José Álvaro Moules “Xinxas”,
antigo elemento do GFATTT recentemente falecido.
Bruno Bettencourt
Foto: Paulo Gil