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sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Possíveis origens da festa ...

O Toiro é um dos animais associados ao culto sincrético Helénico e Romano de Mitra, no qual a morte do “toiro astral”, a tauroctonia, desempenhava um papel tão central como a Crucificação para os Cristãos contemporâneos. A tauroctonia era representada em cada Mitraeum (local de culto). Alguns historiadores, apesar da existência de alguma controvérsia, sugerem uma ligação directa entre os rituais do Mitraísmo e o aparecimento das touradas na Ibéria e sul de França, onde a lenda de São Saturnino Bispo de Toulouse e do seu protegido em Pamplona, São Firmino, está inegavelmente ligadas ao toiro através da forma como foram martirizados. O então bispo de Toulouse foi amarrado pelos pés sendo arrastado por um toiro até à morte. No local onde o animal parou a sua corrida, foi erguida a igreja de Notre-Dame du Taur (Nossa Senhora do Toiro) ainda existente. As vidas dos referidos mártires foram situadas pela hagiografia Cristã, no séc. III d.C., que foi também o século no qual o Mitraísmo foi praticado de forma mais evidente.

O Salto no Toiro


Esta era uma figura acrobática executada sobre os cornos e garupa do toiro. Através de abundantes provas arqueológicas, é possível afirmar-se que este desporto ou cerimónia, envolvendo toiros e acrobatas, era já praticado na Creta antiga. Recorrendo à lenda de Teseus, pode concluir-se que os acrobatas eram prisioneiros ou vítimas a sacrificar, cuja capacidade atlética e noção de tempo ditavam a diferença entre uma morte violenta e a aclamação popular pelos habitantes de Knossos.
Um episódio semelhante foi trazido pela primeira vez para o cinema em 1951, através do filme Quo Vadis, no qual é executado por Nuno Salvação Barreto, fundador do Grupo de Forcados Amadores de Lisboa e uma das maiores figuras da história da forcadagem.

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