Angra do Heroísmo, no dia 4 de Agosto, acolheu pelo terceiro ano consecutivo o Festival Internacional dos Açores de Escolas Taurinas. O espectáculo, que estava integrado no programa das Festas da Praia 2007, marcou o regresso das Corridas de Praça às festas maiores do concelho da Praia da Vitória. Numa tarde em que o sol primou pela sua presença, a afluência de público ficou-se pelo ¼ de praça, que ainda assim proporcionou um grande ambiente.
Rui Lopes, cavaleiro praticante da Escola de Toureio do Centro Equestre “O Ilhéu”, mostrou, em ambas as lides, que a sua evolução tem sido constante e que as boas exibições conseguidas na ilha de São Jorge não foram obra do acaso. Sempre muito bem montado, lidou o nº 62 da ganadaria de João Cardoso Gaspar (JG) de forma crescente, apesar dos toques sofridos nas montadas, fruto do sentido que o hastado revelava nas investidas. Nota de realce para o quarto ferro curto, cravado em terreno de compromisso, junto à porta dos curros. Ao segundo do seu lote ministra uma boa lide. Aproveitando as boas condições do novilho nº59 JG e a preciosa colaboração do veterano “Açúcar” deixa, no alto do morrilho, ferros curtos de muito boa nota.
El Fini, da Escuela Taurina de Badajoz, recebeu o nº136 da ganadaria de Rego Botelho (linha Jandila) com uma boa série de Verónicas. Nas bandarilhas, realce para o terceiro par que cravou “de violino”. Frente ao bom exemplar que tinha pela frente demonstrou pouca tranquilidade. Na retina deixa duas séries de Derechazos, em que após corrigir a posição da mão, consegue lidar com alguma profundidade e temple.
André Rocha, da Escola Taurina de Vila Franca de Xira, que se encontrava a substituir Manuel Dias Gomes, mostrou notas de alguma maturidade, frente a um muito bom exemplar de ferro RB. O novilheiro mostra arte no 2º e 3º par de bandarilhas, para depois desenhar, com a muleta, bonitas passagens tanto pelo lado direito como pelo esquerdo. Antes de colocar o novilho para a simulação da estocada, tem ainda tempo para, com temple e sentido, rubricar vistosas Manoletinas.
O Centre Français de Tauromaquie de Nïmes fez-se representar pelo pequeno Mathieu Jullion. Se pequeno é em estatura e idade, grande se mostrou a bandarilhar o nº 442 de RB. Com a muleta mostrou empenho, proporcionando alguns momentos de fino recorte. Apesar do pequeno percalço sofrido quando foi desarmado e tocado pelo novilho, nunca baixou os braços e revelou verdadeira alma toureira.
Paço Velásquez, aluno da Escola de Toureio da Golegã e finalista do concurso de Campo Pequeno “À Procura de Novos Talentos”, recebeu mais um bom exemplar da divisa azul e branca com bonitas Verónicas. Na muleta demonstrou alguma intranquilidade e pouca capacidade de decisão frente a um excelente novilho que tinha todas as condições para que fosse desenhada uma grande lide. Ainda assim, consegue momentos de bom toureio, destacando-se uma boa série de Naturais.
Na forcadagem, o Grupo de Forcados Juvenis da Tertúlia Tauromáquica Terceirense esteve poderoso em ambas as pegas efectuadas à 1ª tentativa. Sem dúvida o título de pega da tarde vai para Michael Machado que, na pega ao primeiro da tarde, se fecha com valentia e não sai da cara do novilho apesar dos violentos derrotes sofridos.
Neste que foi um espectáculo muito agradável, nota de grande relevo para o lote que veio das pastagens da Casa de Rego Botelho. Dos novilhos lidados a cavalo, ambos de João Cardoso Gaspar, a referir o bom jogo proporcionado pelo segundo, 4º da tarde. Por fim uma palavra para a ausência de público. É certo que à mesma hora se realizavam 4 touradas à corda, tão do agrado do povo terceirense e talvez a hora da corrida devesse ter sido ponderada, no entanto foi flagrante a falta de interesse de uma terra que cada vez mais se quer afirmar como bastião da aficion nacional.
Dirigiu o espectáculo, sem dificuldades, Raúl Pamplona que foi acessorado pelo Dr. Vielmino Ventura.
Bruno Bettencourt
Rui Lopes, cavaleiro praticante da Escola de Toureio do Centro Equestre “O Ilhéu”, mostrou, em ambas as lides, que a sua evolução tem sido constante e que as boas exibições conseguidas na ilha de São Jorge não foram obra do acaso. Sempre muito bem montado, lidou o nº 62 da ganadaria de João Cardoso Gaspar (JG) de forma crescente, apesar dos toques sofridos nas montadas, fruto do sentido que o hastado revelava nas investidas. Nota de realce para o quarto ferro curto, cravado em terreno de compromisso, junto à porta dos curros. Ao segundo do seu lote ministra uma boa lide. Aproveitando as boas condições do novilho nº59 JG e a preciosa colaboração do veterano “Açúcar” deixa, no alto do morrilho, ferros curtos de muito boa nota.
El Fini, da Escuela Taurina de Badajoz, recebeu o nº136 da ganadaria de Rego Botelho (linha Jandila) com uma boa série de Verónicas. Nas bandarilhas, realce para o terceiro par que cravou “de violino”. Frente ao bom exemplar que tinha pela frente demonstrou pouca tranquilidade. Na retina deixa duas séries de Derechazos, em que após corrigir a posição da mão, consegue lidar com alguma profundidade e temple.
André Rocha, da Escola Taurina de Vila Franca de Xira, que se encontrava a substituir Manuel Dias Gomes, mostrou notas de alguma maturidade, frente a um muito bom exemplar de ferro RB. O novilheiro mostra arte no 2º e 3º par de bandarilhas, para depois desenhar, com a muleta, bonitas passagens tanto pelo lado direito como pelo esquerdo. Antes de colocar o novilho para a simulação da estocada, tem ainda tempo para, com temple e sentido, rubricar vistosas Manoletinas.
O Centre Français de Tauromaquie de Nïmes fez-se representar pelo pequeno Mathieu Jullion. Se pequeno é em estatura e idade, grande se mostrou a bandarilhar o nº 442 de RB. Com a muleta mostrou empenho, proporcionando alguns momentos de fino recorte. Apesar do pequeno percalço sofrido quando foi desarmado e tocado pelo novilho, nunca baixou os braços e revelou verdadeira alma toureira.
Paço Velásquez, aluno da Escola de Toureio da Golegã e finalista do concurso de Campo Pequeno “À Procura de Novos Talentos”, recebeu mais um bom exemplar da divisa azul e branca com bonitas Verónicas. Na muleta demonstrou alguma intranquilidade e pouca capacidade de decisão frente a um excelente novilho que tinha todas as condições para que fosse desenhada uma grande lide. Ainda assim, consegue momentos de bom toureio, destacando-se uma boa série de Naturais.
Na forcadagem, o Grupo de Forcados Juvenis da Tertúlia Tauromáquica Terceirense esteve poderoso em ambas as pegas efectuadas à 1ª tentativa. Sem dúvida o título de pega da tarde vai para Michael Machado que, na pega ao primeiro da tarde, se fecha com valentia e não sai da cara do novilho apesar dos violentos derrotes sofridos.
Neste que foi um espectáculo muito agradável, nota de grande relevo para o lote que veio das pastagens da Casa de Rego Botelho. Dos novilhos lidados a cavalo, ambos de João Cardoso Gaspar, a referir o bom jogo proporcionado pelo segundo, 4º da tarde. Por fim uma palavra para a ausência de público. É certo que à mesma hora se realizavam 4 touradas à corda, tão do agrado do povo terceirense e talvez a hora da corrida devesse ter sido ponderada, no entanto foi flagrante a falta de interesse de uma terra que cada vez mais se quer afirmar como bastião da aficion nacional.
Dirigiu o espectáculo, sem dificuldades, Raúl Pamplona que foi acessorado pelo Dr. Vielmino Ventura.
Bruno Bettencourt
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