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domingo, 16 de setembro de 2007

Noite de Arte...

Os espectadores que ontem, dia 15 de Setembro, se dirigiram à Praça de Toiros Ilha Terceira não saíram defraudados. O espectáculo “Música, Cavalos e Toiros” ofereceu uma noite recheada de arte, movimento e luz, transmitindo o pulsar de toda a beleza da Arte Equestre.
A “Quinta do Malhinha”, centro equestre pertença da família Pamplona, organizou e levou à cena este bonito evento, com entrada gratuita, que esteve integrado nas comemorações do dia da Freguesia do Posto Santo.
Nos quadros apresentados foi possível observar-se demonstrações de alta escola, Dressage, apresentação da raça Árabe, assim como a bela sintonia entre o capote do bandarilheiro Rogério Silva e os movimentos executados pela montada da sua filha Michele.
Se todo o espectáculo, com os seus 12 quadros, foi de qualidade e beleza, alguns pontos altos captaram a atenção e o sentimento dos presentes. A destacar, e por ordem de saída à arena, o quadro “Gerações”, através do qual os presentes tiveram a oportunidade de ver as três gerações toureiras do clã Pamplona, montando descendentes do célebre cavalo-toureiro “Malhinha”. Aos cavaleiros da família, o patriarca Raul, os filhos João Carlos e Teresa e os netos Tiago e João, juntaram-se ainda 3 gerações de actuais e antigas figuras da tauromaquia açoriana: bandarilheiros e forcados.
Em conjunto com a apresentação a solo de Teresa Pamplona (quadro “Amazona”), outro momento grande, pode ainda ser referida a suplesse do bonito “Pas de Deux” apresentado. A agarrar a assistência esteve a “Mística em Movimento”, em que a interacção entre a bailarina Diana Barcelos e os exercícios do cavalo montado pelo cavaleiro Tiago Pamplona, plenos de leveza e graciosidade de movimentos, arrancaram uma das maiores ovações da noite.
Com “Fogo e Luz” o primeiro cavaleiro de alternativa nos Açores, João Carlos Pamplona, executou alguns exercícios associados à lide equestre, ante um oponente que cuspia fogo como investida.
A encerrar a noite “O Cavalo e o Toiro” proporcionou a lide de um novilho da ganadaria de Rego Botelho, pelos irmãos Tiago e João Pamplona. O hastado que se prestou a um bom jogo, foi lidado de forma correcta pelos mais novos do clã. Destaque para a cravagem comprida por parte de Tiago Pamplona, o mais recente cavaleiro de alternativa da “Quinta do Malhinha”. Nos curtos ambos estiveram bem, sem comprometer. A lide foi abrilhantada ao som de “Olé Pamplona!” da autoria de Carlos Alberto Moniz. Leonardo Gonçalves, do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, fechou-se com valentia à terceira tentativa.
A acompanhar o desenrolar da noite, foi ainda possível assistir-se a Flamenco através de um grupo de danças sevilhanas, a Fado e ao Grupo de Baile à Antiga do Posto Santo.
Antes da realização do evento a organização dizia que “O Centro Equestre Terceirense – Quinta do Malhinha pretende, com este espectáculo, demonstrar ao grande público as suas actividades, história e relação com a comunidade.”: compete dizer que os objectivos foram superados com a qualidade e entrega apresentadas por aquela que é a família açoriana com maior tradição na Tauromaquia e lide equestre.
Bruno Bettencourt

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