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quarta-feira, 11 de março de 2009

A Tirania do Belo

O Engº Rodrigo Almeida, criador de Cavalo Lusitano, procura a diminuição do hiato entre a criação do cavalo e a sua utilização.
A funcionalidade, utilização em modalidades equestres, e a evolução da criação do Lusitano, em vez de contrapostas, caminham juntas. A incessante busca de opiniões técnicas, experiências de criação distintas, confirmação em provas do valor dos animais, numa humildade pouco comum, resulta num blogue muito formativo que desde aqui incitamos a descobrirem.

Em entrevista a Francisco Cancella de Abreu, Rodrigo procurou uma visão informada acerca de temas críticos da criação do “nosso” cavalo. São opiniões de um peso pesado da Equitação: o homem que despoletou o bichinho da modalidade de Ensino em Portugal. Um defensor incansável da perfeição e melhoramento do Lusitano. Consultor da Fundação Alter Real. Generosamente, Rodrigo Almeida faculta-nos a controversa entrevista:

http://pitamarissa.wordpress.com/grande-entrevista-francisco-cancella-abreu/

Não raras vezes se ouve que o cavalo revela muito do seu criador, ou que, o criador faz um cavalo projectando o seu conceito estético e funcional. Ora esta ideia de que a criação cavalar é algo muito pessoal e personalizada deve ser desconstruída. Em todas as raças de animais, o cavalo incluído, há objectivos que se prevêem alcançar, há padrões a respeitar, o Lusitano não deveria ser a excepção. Há que orientar a criação do Lusitano de forma criar, tanto comercialmente como atleticamente, uma raça sólida e fiável.
Talvez seja possível, no futuro, um Lusitano ser comercializado a preços elevados por ser bom e não por pertencer a uma linhagem específica.

Vamos desinstalar-nos? É o repto que vos lanço.

Mónica Bugalho Vieira
Foto: D.R.

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