About

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Touradas à corda na Terceira inspiram documentário

Serão 50 minutos dedicados às touradas à corda na Terceira, com enfoque no aspecto humano – festa e convívio – de uma das manifestações populares mais características da ilha, vistos pela lente de um produtor de cinema e televisão, da Holanda. Arlo Laibowitz, que se encontra em fase de pesquisa de campo, revela que pretende arrancar com a produção do documentário em 2010.

Descobriu os Açores ao acaso, há um ano, enquanto ‘navegava’ na Internet, e interrogou-se sobre o que seriam aquelas nove ilhas no meio do Oceano Atlântico.
A curiosidade levou o produtor de cinema e televisão da Holanda a viajar até São Miguel, Faial e Terceira, onde viria a inspirar-se para o seu novo projecto. Arlo Laibowitz nunca tinha assistido a uma tourada à corda, e, por isso, feitas algumas pesquisas, levantou outra questão.
“O que motiva as pessoas aqui a assistirem a mais de duzentas touradas por ano, numa ilha pequena? Este é um dos aspectos que me fascina, além do significado histórico e cultural da festa”, revela o jovem, ligado aos audiovisuais há uma década, com formação superior na Universidade de Utrecht, cidade onde nasceu. “Aqui [ilha Terceira] atrai-me o Património histórico, sobretudo de Angra, e o carisma das pessoas. Mas só conseguirei explicar melhor os meus sentimentos mais profundos depois de concluído o documentário, não tenho palavras”, acrescenta.
Sentimentos à parte, o desafio de Arlo Laibowitz centra-se, para já, na Terceira, durante alguns dias, em trabalho de pesquisa de campo, tentando assistir e viver a ‘festa brava’ à boa maneira de um aficionado, sem esquecer o famoso “quinto toiro” e, portanto, provar os tradicionais petiscos e iguarias, ao mesmo tempo que vai registando, no seu caderno de anotações, os paladares, as cores, os sons e os cheiros de uma festividade que, confessa, desperta todos os seus sentidos.
“Este trabalho terá, como é óbvio, a minha visão, a visão de um estrangeiro. Quem está de fora, por norma, repara em pormenores que escapam aos que fazem parte de determinada manifestação ou acontecimento”, diz, sobre as experiências únicas e interessantes que espera vivenciar durante a sua estadia na ilha Terceira, no sentido de alargar os seus conhecimentos não só a nível profissional mas também pessoal.
Depois, na Holanda, continua Arlo, dará prosseguimento ao projecto, o qual ainda não está totalmente definido.
“Por agora sei que será um trabalho direccionado para públicos de festivais de cinema e canais de televisão específicos”, resume o produtor ‘freelancer’, de 30 anos de idade, que ao longo da sua carreira já participou em vários projectos audiovisuais nas vertentes de realização, escrita de guiões, edição e imagem.
De acordo com as indicações do seu currículo profissional, ocasionalmente colaborou em instalações artísticas, entre outros trabalhos experimentais em diversas partes do mundo, o que lhe permitiu, a par de estudo e particular interesse, dominar diferentes idiomas, como hebraico e português.
Segundo os planos deste produtor holandês, as filmagens para o documentário deverão arrancar no próximo ano, sem precisar datas e a equipa técnica destacada da Holanda ou dos Açores, ou ambas, que farão parte integrante desse projecto audiovisual, conforme ‘o desenrolar do filme’.
“Ainda é cedo para determinar pormenores técnicos, parcerias ou apoios”, considera Arlo Laibowitz., sublinhando tratar-se de “um trabalho com formato específico”. “Existem, portanto, canais de televisão e técnicos profissionais que dão preferência a esse género de produção, além de que é normal na Holanda investir em filmes e documentários”, conclui.

Fonte: Sónia Bettencourt in A União

1 comentários (Dê a sua opinião):

"Monstro das Tapadas" faleceu faz hoje um ano, tribute video e fotos em:

http://www.mynameisfairplay.com

Site oficial: http://www.64hf.com

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More