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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Morreu o fenómeno "Elisa"

"Vítima de cancro, morreu o famoso toiro nº 38 (da Casa Agrícola JAF) que, pelas suas invulgares características e únicas em toda a história da raça brava, foi apelidada e conhecida mundialmente por "ELISA" ou "MARIE ELISE", como lhe chamou um turista francês ao aproximar-se da gaiola, numa tourada em Vale de Linhares, pedindo para a ver e tirar-lhe fotografias.
Nasceu a 22/3/1997 e morreu a 3/2/2012. Foi dos toiros que deu mais corridas (71), sendo a primeira corda em 3/9/2000 na Vila Nova e curiosamente a última em Setembro passado na mesma freguesia.
Nos seus tempos áureos foi a loucura da aficion terceirense (que o diga o elemento feminino com os seus frenéticos gritos de paixão quando ela (?) se aproximava dos balcões), enchendo os arraiais até às costuras.
Imune à sexualidade, mas sempre saudável, serena, de expressão e pose únicas; respeitável e respeitadora, vivendo sempre lado a lado com os toiros, estes nunca a "chatearam", nem ela a eles: amigos, amigos; amores à parte!...
Vendo-se impossibilitada de ter "bebés", incumbiu os irmãos, principalmente o 35 e o 42 (este ainda hoje na honrosa missão de reproduzir), de lhes "fazer" sobrinhos e é vê-los por esses arraiais taurinos com o semblante da tia "ELISA".
Por ser um fenómeno raro (afrodita), extraordinário e maravilhoso, no dizer do médico veterinário Dr. Vielmino Ventura e, por outro lado, de excepcional bravura (ou não fosse filha do zarolho, mas famoso e bravo 314 e da maluca vaca 212), além de outras e únicas características, contamos oportunamente vir a lume, através deste jornal, com depoimentos pelo menos duma parte da inacabável e curiosa história e vida deste inigualável animal que deixa a festa dos toiros bastante mais pobre com o seu desaparecimento."
José Henrique Pimpão in Diário Insular
Fotos: Samuel Fagundes

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