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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Corrida Concurso: Gaspar, Grave, Ribeiro e Vicente

Concurso de Ganadarias na Feira de S. João, é sinónimo de praça cheia. Vitor Ribeiro, Rui Lopes e Jacobo Botero, Rego Botelho (RB), Casa Agrícola José Albino Fernandes (JAF), Murteira Grave (MG), Partido de Resinha (PR), Varela Crujo (VC) e João Gaspar (JG), Amadores de Coruche (GFAC), Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (GFATTT) e Amadores do Ramo Grande (GFARG). Assim era composto o cartel deste dia de competição.
 
Abriu praça o cavaleiro de Almada. Vítor Ribeiro teve pela frente um exemplar (PR, nº12, 460Kg) que prestou um bom jogo. O toiro empregou-se e colaborou, no entanto ia-se adiantando e atravessava-se no momento da reunião. O cavaleiro cumpriu a cravagem da ordem de forma desembaraçada e com sortes frontais, como é seu timbre. Andou acertado na brega. O segundo do seu lote (JAF, nº343, 420Kg) revelou-se distraído de início. No entanto, após as primeiras cravagens, o toiro “despertou”. A maestria de Ribeiro veio ao de cima e colocou no toiro aquilo que por vezes ele parecia não ter. Com um poderoso galope a duas pistas, terminou aquela que foi uma grande lide, sempre em crescendo.
Rui Lopes andou diligente diante de um bonito exemplar (MG, nº39, 540Kg) que, apesar de se entregar, aos poucos foi decrescendo de comportamento. O toiro foi-se refugiando na sombra, tendo ganho alguma querença na zona dos tércios. O cavaleiro terceirense entendeu-o e foi-lhe mexendo com os terrenos. Esteve bem na brega, rubricando assim uma lide agradável. O segundo do seu lote (VC, nº133, 470Kg) foi o toiro que menos serviu na corrida. Foi perdendo mobilidade e como consequência, foi encurtecendo a investida. Saia ao cite, mas obrigou Lopes a dose reforçada de trabalho. O cavaleiro, uma vez mais, andou sóbrio e correcto, rubricando uma lide que não conseguiu romper para o triunfo.
Da primeira lide de Jacobo Botero, pouco há a considerar. Teve pela frente um exemplar (RB, nº100, 535Kg) que foi cumprindo o que lhe era pedido (e que não era muito). O jovem Rojoneador andou desacertado. Abreviou a lide depois de ter estado pobre nas cravagens. Quase nem deu para perceber o comportamento do toiro. Encerrou a corrida diante de um exemplar muito em tipo do encaste murube existente na ganadaria de origem (JG, nº147, 520Kg). O toiro empregou-se na luta, ficando a sensação que merecia outro tipo de lide. Botero andou novamente num patamar inferior, à semelhança das suas anteriores prestações nesta Feira. Alguma dificuldade com as montadas e pouca noção de terrenos, fizeram-se notar.
Nas pegas, abriu o Cabo Amorim Ribeiro Lopes do GFAC, de forma correcta, à primeira. Também por Coruche pegou à primeira, João Peseiro. O GFATTT fez saltar José Vicente que resolveu ao primeiro intento de forma rija. Tomás Ortins, também à mesma tentativa, executou boa pega. O GFARG Teve na cara do seu primeiro toiro, Manuel Pires, que efectuou de pronto uma valente pega. Fechou a tarde Luis Valadão que resolveu à segunda tentativa.
Dirigiu Carlos João Ávila, assessorado pelo Dr. José Paulo Lima. Abrilhantou, a banda da Sociedade Filarmónica Recreio dos Lavradores da Ribeirinha.
O júri deliberou:
Melhor toiro: “Guapo”, nº147, ganadaria João Gaspar, lidado em 6º lugar
Melhor Apresentação: “Atencioso”, nº 39, ganadaria Murteira Grave, lidado em 2º lugar
Melhor Lide a Cavalo: Vitor Ribeiro, lide efectuada ao 4º toiro
Melhor Pega: José Vicente (GFATTT), pega efectuada ao 2º toiro

 
Bruno Bettencourt

1 comentários (Dê a sua opinião):

Jacobo Botero parece-me que não tem qualidade suficiente para integrar aquela que se diz ser a melhor Feira Taurina de Portugal. Naquela que é a melhor Feira Taurina do País parece-me justo e importante que se conheça o Jurí que avalia o espetáculo, afinal quem não tem medo não teme...
Saudações Taurinas António Teixeira

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