Previsto para o passado dia 29 de Setembro e adiado pela intensa chuva caída na zona, o festival de Queijas realizou-se este Sábado, dia 20 de Outubro, por ocasião das Festas Anuais e a favor da Paróquia de S.Miguel, com cerca de ¼ de assistência do público, num espectáculo que decorreu a muito bom ritmo. Seis novilhos da Casa Agrícola da Avó para Joaquim Bastinhas, Pedro Salvador, Tiago Pamplona, Marcos Tenório, Duarte Pinto e João Pamplona e para três grupos de forcados: Amadores de Agualva-Cacém, Amadores do Redondo e Aposento do Alandroal.
Joaquim Bastinhas viu-se frente a um novilho fracote de mãos e que não deu grande jogo. Cravou dois compridos regulares e aquando a mudança de montada, uma situação que poderia ter sido grave mas felizmente sem consequências aconteceu. O novilho saiu atrás do cavalo e saiu do recinto da arena para o exterior da praça desmontável. O cavaleiro conseguiu segurar o novilho próximo da saída da porta dos cavalos e vários elementos dos três grupos de forcados saíram para “pegar” o novilho e trazê-lo novamente para arena. Assim foi, felizmente ninguém se magoou e a lide prosseguiu na ferragem curta, regular, com sortes a quarteio, boa brega, numa lide discreta.
O novilho de Pedro Salvador saiu com mais ganas que o primeiro, faltou por vezes no momento da reunião e não tinha muito andamento. O cavaleiro recebeu-o embutido na garupa do cavalo, esteve com garra mas o desentendimento com as montadas não deixou que actuasse da forma como certamente mais desejaria.
Tiago Pamplona deixou bem os compridos à tira. Consciente do seu papel dentro da arena, o jovem cavaleiro preparou bem os terrenos, andou determinado no momento da reunião, cravou a quarteio e rematou as sortes acertadamente.
Duarte Pinto viu-se frente ao mais complicado novilho da tarde. Desde cedo a adiantar-se e a defender-se, com dificuldade para se fixar, que lhe dificultou muito o labor. Mas Duarte não se deixou intimidar e determinado foi analisando cada vez melhor o novilho e com garra bregou bem, procurou mudar-lhe os terrenos e conseguiu dois valorosos ferros. Pediu mais um ao director de corrida, sendo-lhe este recusado injustamente. Saiu com mérito.
Marcos Tenório apesar do azar que lhe aconteceu no início da temporada tem vindo a mostrar-se em muito boa forma. Depois da noite vitoriosa no Campo Pequeno mais uma vez o cavaleiro de Campo Maior se mostrou em forma. Bem nos compridos, foi nos curtos que levou mais emoção às bancadas. Procurou tirar o novilho das tábuas, bregou bem, cravou com poder e rematou correctamente as sortes. Deixou ainda dois ferrinhos de palmo que agradaram bastante.
Uma surpresa foi João Pamplona. Andou valente, mostrou-se bem consciente do que estava a fazer e grande maturidade. O jovem cavaleiro amador cravou por terrenos de dentro, mexeu o toiro para terrenos mais convenientes e mostrou bons momentos, sem faltar o remate das sortes. Deixou ainda dois palminhos por terrenos de compromisso, terminando a sua actuação a um bom nível.
Na forcadagem os três grupos tiveram postura, concretizando as seis pegas à primeira tentativa. Estiveram Mário Aldeagas e Pedro Espinheira (cabo) pelos Amadores de Agualva-Cacém; Nuno Oliveira em tarde de despedida e Luís Catita pelos Amadores do Redondo; e Fábio Fitas e Mário Pinto pelo Aposento do Alandroal.
O espectáculo foi dirigido pelo Sr. Pedro Reinhardt.
Crónica e foto: Patrícia Costa ( http://www.tourobravo.com/)
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