Tarde histórica em Angra do Heroísmo. A segunda corrida da Feira de São João reuniu pela primeira vez, em praça, os dois grupos de forcados da terra. Os Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (GFATTT), capitaneados por Adalberto Belerique, e os Amadores do Ramo Grande (GFARG), sob o comando de Filipe Pires, disputaram o prémio para Melhor Pega. O prémio para Melhor Lide Equestre iria ser atribuído a um dos cavaleiros presentes: João Salgueiro, João Moura Jr. e Rui Lopes que substituía João Telles Jr. que se lesionou numa queda aparatosa na primeira corrida. Para lidar: 3 toiros de Rego Botelho (RB) e 3 toiros de Irmãos Toste (IT), média de 459kg.
Abriu praça João Salgueiro, mostrando ao que vinha. O cavaleiro de Valada do Ribatejo iniciou a lide com uma ferragem curta de boa nota, frente a um digno oponente que investia de pronto. Entendendo este nº454 de ferro RB, Salgueiro anda bem na brega, recorrendo ao galope a duas pistas fazendo-se chegar aos tendidos. Após um primeiro ferro curto de grande nível, opta pelo corredor dos tércios e crava mais três bandarilhas, encerrando assim uma lide boa lide. O segundo do seu lote trazia o nº82 e o ferro IT. Novamente o marialva entende o toiro e o público. Crava 3 ferros curtos aos quais se seguiram 4 ferros de bom nível. Apesar da quebra do toiro ao longo da lide, Salgueiro e o cavalo “Opus” souberam andar com ele. Anima a bancada e encerra com um ferro de palmo.
Para João Moura saiu o nº85 IT, voluntarioso empregando-se na investida. Iniciou a lide cravando 2 ferros compridos de forma correcta. No início do segundo momento da lide deixa um bom ferro curto após passagem em falso, que aliás foram uma constante ao longo da lide. Querendo agarrar o público, opta, nos restantes 4 ferros, por citar, esperar pela investida e cravar após cambiada. Toureou o público, esqueceu-se de tourear o toiro. A lide equestre não se resume à cravagem dos ferros, a brega e colocação também são necessárias! Frente ao seu segundo toiro, nº459 RB, esteve mais toureiro. Perante um oponente que por vezes fazia transparecer mansidão, João Moura foi palmilhando através das dificuldades e deixou 5 bons ferros neste “Helado”. Lide regular a encerrar a sua passagem pela Feira de São João.
O infortúnio sofrido pelo jovem cavaleiro da Torrinha trouxe novamente à arena Rui Lopes. Cravou 2 ferros compridos de bom nível ao nº83 IT. Para a cravagem dos curtos, troca de montada, no entanto parece desde início não se entender bem com o vistoso “Capuccino”. Crava 3 ferros, de forma pouco ortodoxa, num toiro que tinha uma saída tardia e parecia procurar as tábuas. Acertadamente opta por ir buscar o “Açúcar” e assim adoça o final da lide com dois ferros curtos de muito bom nível. Nota positiva para o carinho transmitido pelos presentes ao cavaleiro da terra. O seu segundo, e último da tarde, tinha o nº468 e vinha da casa de RB, era codicioso na investida, pena ter quebrado no fim da lide. O terceirense, menos ansioso e mais confiante, iniciou a lide cravando dois compridos e entusiasmando o público. Andou bem na brega e com 5 ferros curtos, dos quais se destaca o último, recria-se e agarra a oportunidade de brilhar perante as suas gentes.
A primeira pega foi consumada ao 5º intento por João Pedro Ávila do GFATTT que teve dificuldades perante um toiro que não humilhava e tirava a cabeça. César Pires do GFARG pegou bem à barbela na 2ª tentativa que fez ao segundo da ordem. Álvaro Dentinho do GFATTT fechou-se de forma poderosa numa grande pega na cara do 3º toiro. Manuel Pires do GFARG, após não ter estado bem na 1ª tentativa ao 4º toiro, fecha-se bem à barbela. José Vicente do GFATTT sofre violento derrote no primeiro intento, vindo-se a fechar à segunda de forma vigorosa aguentando 3 derrotes. A finalizar, Alex Rocha do GFARG mostra vontade e fecha-se numa rija pega à córnea.
Prémio de Melhor lide para João Salgueiro, e Prémio de Melhor Pega para Álvaro Dentinho dos Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
A dirigir, sem problemas, esteve o Sr. José Valadão assessorado pelo Dr. Vielmino Ventura. Nota final para a banda da Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio do Artistas e o seu solista que com grande nível abrilhantaram as lides.
Bruno Bettencourt
Abriu praça João Salgueiro, mostrando ao que vinha. O cavaleiro de Valada do Ribatejo iniciou a lide com uma ferragem curta de boa nota, frente a um digno oponente que investia de pronto. Entendendo este nº454 de ferro RB, Salgueiro anda bem na brega, recorrendo ao galope a duas pistas fazendo-se chegar aos tendidos. Após um primeiro ferro curto de grande nível, opta pelo corredor dos tércios e crava mais três bandarilhas, encerrando assim uma lide boa lide. O segundo do seu lote trazia o nº82 e o ferro IT. Novamente o marialva entende o toiro e o público. Crava 3 ferros curtos aos quais se seguiram 4 ferros de bom nível. Apesar da quebra do toiro ao longo da lide, Salgueiro e o cavalo “Opus” souberam andar com ele. Anima a bancada e encerra com um ferro de palmo.
Para João Moura saiu o nº85 IT, voluntarioso empregando-se na investida. Iniciou a lide cravando 2 ferros compridos de forma correcta. No início do segundo momento da lide deixa um bom ferro curto após passagem em falso, que aliás foram uma constante ao longo da lide. Querendo agarrar o público, opta, nos restantes 4 ferros, por citar, esperar pela investida e cravar após cambiada. Toureou o público, esqueceu-se de tourear o toiro. A lide equestre não se resume à cravagem dos ferros, a brega e colocação também são necessárias! Frente ao seu segundo toiro, nº459 RB, esteve mais toureiro. Perante um oponente que por vezes fazia transparecer mansidão, João Moura foi palmilhando através das dificuldades e deixou 5 bons ferros neste “Helado”. Lide regular a encerrar a sua passagem pela Feira de São João.
O infortúnio sofrido pelo jovem cavaleiro da Torrinha trouxe novamente à arena Rui Lopes. Cravou 2 ferros compridos de bom nível ao nº83 IT. Para a cravagem dos curtos, troca de montada, no entanto parece desde início não se entender bem com o vistoso “Capuccino”. Crava 3 ferros, de forma pouco ortodoxa, num toiro que tinha uma saída tardia e parecia procurar as tábuas. Acertadamente opta por ir buscar o “Açúcar” e assim adoça o final da lide com dois ferros curtos de muito bom nível. Nota positiva para o carinho transmitido pelos presentes ao cavaleiro da terra. O seu segundo, e último da tarde, tinha o nº468 e vinha da casa de RB, era codicioso na investida, pena ter quebrado no fim da lide. O terceirense, menos ansioso e mais confiante, iniciou a lide cravando dois compridos e entusiasmando o público. Andou bem na brega e com 5 ferros curtos, dos quais se destaca o último, recria-se e agarra a oportunidade de brilhar perante as suas gentes.
A primeira pega foi consumada ao 5º intento por João Pedro Ávila do GFATTT que teve dificuldades perante um toiro que não humilhava e tirava a cabeça. César Pires do GFARG pegou bem à barbela na 2ª tentativa que fez ao segundo da ordem. Álvaro Dentinho do GFATTT fechou-se de forma poderosa numa grande pega na cara do 3º toiro. Manuel Pires do GFARG, após não ter estado bem na 1ª tentativa ao 4º toiro, fecha-se bem à barbela. José Vicente do GFATTT sofre violento derrote no primeiro intento, vindo-se a fechar à segunda de forma vigorosa aguentando 3 derrotes. A finalizar, Alex Rocha do GFARG mostra vontade e fecha-se numa rija pega à córnea.
Prémio de Melhor lide para João Salgueiro, e Prémio de Melhor Pega para Álvaro Dentinho dos Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
A dirigir, sem problemas, esteve o Sr. José Valadão assessorado pelo Dr. Vielmino Ventura. Nota final para a banda da Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio do Artistas e o seu solista que com grande nível abrilhantaram as lides.
Bruno Bettencourt
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